Recentemente, o secretário-geral do CECE (Committee for European Construction Equipment), Riccardo Viaggi, destacou as contribuições do setor de máquinas de construção para reduzir as emissões de CO2 na Europa. Apesar de as emissões das máquinas constituírem com uma fracção de apenas 0,5% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE), a busca por um desenvolvimento mais sustentável tornou-se um desafio para os próximos anos, diz ele.
Para o secretário, compreender o potencial de descarbonização oferecido pelas modernas tecnologias exige a migração de uma abordagem centrada exclusivamente na máquina para uma visão mais ampla, considerando todo o ciclo de vida dos ativos. “Isso inclui a avaliação da eficiência não só das máquinas, mas também da operação, dos processos e das fontes de energia”, avalia.
De fato, a seleção da fo
Recentemente, o secretário-geral do CECE (Committee for European Construction Equipment), Riccardo Viaggi, destacou as contribuições do setor de máquinas de construção para reduzir as emissões de CO2 na Europa. Apesar de as emissões das máquinas constituírem com uma fracção de apenas 0,5% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE), a busca por um desenvolvimento mais sustentável tornou-se um desafio para os próximos anos, diz ele.
Para o secretário, compreender o potencial de descarbonização oferecido pelas modernas tecnologias exige a migração de uma abordagem centrada exclusivamente na máquina para uma visão mais ampla, considerando todo o ciclo de vida dos ativos. “Isso inclui a avaliação da eficiência não só das máquinas, mas também da operação, dos processos e das fontes de energia”, avalia.
De fato, a seleção da fonte energética desempenha um papel fundamental na descarbonização. Atualmente, acentua Viaggi, as tecnologias disponíveis incluem combustíveis sintéticos, biocombustíveis, células de combustível a hidrogênio, baterias e motores elétricos, todos com diferentes desafios em tamanho, custos, infraestrutura e eficiência. A respectiva contribuição para a descarbonização, diz ele, deve ser avaliada com base na extração, produção, distribuição e armazenamento de cada uma delas.
Outra métrica importante é a densidade energética, tanto em volume como massa, um fator crítico para a viabilidade de concepção, dimensionamento e utilização dos sistemas de armazenamento. “À medida que a densidade diminui, a dimensão dos componentes para armazenamento de energia tende a aumentar ou, inversamente, a capacidade de utilização da máquina a cair”, ressalta o secretário.
Levando-se em conta esses desafios, também é necessário considerar uma gama mais ampla de fontes de energia. Nesse caso, a solução poderia ser um motor de combustão interna com combustível de alta densidade e emissões nulas.
Nesse sentido, uma operação intermitente em áreas urbanas com baixo consumo de energia pode ser realizada por máquinas elétricas a bateria, enquanto tarefas com elevado consumo e funcionamento contínuo em locais confinados podem utilizar motores de combustão interna com combustíveis de alta densidade, incluindo biocombustíveis e combustíveis sintéticos (que têm densidade próxima ao diesel, acima de 30 MJ/l), podendo-se ainda usar eletricidade caso haja uma subestação no local.
Além disso, instalações para produção de eletricidade e redes de distribuição de alta potência são recursos cruciais para suportar o carregamento de baterias. “Esses fatores devem ser industrializados para garantir uma implementação mais rápida de máquinas com emissões baixas ou nulas, oferecendo soluções rentáveis para as atividades”, observa Viaggi. Boa leitura.
Silvimar Fernandes Reis
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