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Revista M&T - Ed.277 - Setembro 2023
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EDITORIAL

O futuro do trabalho

Com o ritmo rápido de mudanças tecnológicas, a manufatura precisará aprimorar, requalificar e reciclar continuamente a força de trabalho, expandindo a base de recrutamento, aumentando a qualificação e oferecendo planos de carreira

Artigo da AEM (Association of Equipament Manufacturers) lista aspectos que as OEMs precisam entender sobre a crise de mão de obra nos EUA, que valem a reflexão também aqui no Brasil. Assinado por Julie Davis, diretora sênior da AEM, o texto aponta que não são necessários “poderes místicos” para se prever as tendências no alinhamento da gestão de talentos às estratégias comerciais.

“Muitos desses fatores têm sido relevantes há algum tempo”, diz. “Alguns foram acelerados pela pandemia e pelos acontecimentos que se seguiram. Tudo, porém, requer estratégia, recursos e ações ponderadas.”

A especialista cita a persistente escassez de mão de obra, com taxas de ocupação em constante declínio para homens entre 25 e 54 anos, o que já ocorre desde os anos 80. Segundo ela, a diminuição da força de trabalho é influenciada por fatores como a transição da geração de “baby boomers” para a de “millenials”, que está prestes a se tornar a geração mais rica da história (o que deve ocorrer até 2030).

A proporção de empregos disponíveis também continua a ser desequilibrada. Contribuindo para a discrepância de habilidades, atualmente a porcentagem de empregos que não requerem diploma universitário nos EUA é equivalente a 6,8 milhões de pessoas.

Além disso, a taxa de natalidade começou a se reduzir no país desde 1970, estabelecendo recordes negativos tanto em 2020 como em 2021. Nesse quadro, os fabricantes que não sentirem urgência em mudar a forma como recrutam e mantêm seus funcionários certamente terão de ser mais criativos no futuro. “Certamente, quem abraçar os benefícios da diversidade estará entre os primeiros vencedores”, observa a diretora.

De acordo com estudo recente da Deloitte, apenas 29% da força de trabalho da manufatura nos EUA é composta por mul


Artigo da AEM (Association of Equipament Manufacturers) lista aspectos que as OEMs precisam entender sobre a crise de mão de obra nos EUA, que valem a reflexão também aqui no Brasil. Assinado por Julie Davis, diretora sênior da AEM, o texto aponta que não são necessários “poderes místicos” para se prever as tendências no alinhamento da gestão de talentos às estratégias comerciais.

“Muitos desses fatores têm sido relevantes há algum tempo”, diz. “Alguns foram acelerados pela pandemia e pelos acontecimentos que se seguiram. Tudo, porém, requer estratégia, recursos e ações ponderadas.”

A especialista cita a persistente escassez de mão de obra, com taxas de ocupação em constante declínio para homens entre 25 e 54 anos, o que já ocorre desde os anos 80. Segundo ela, a diminuição da força de trabalho é influenciada por fatores como a transição da geração de “baby boomers” para a de “millenials”, que está prestes a se tornar a geração mais rica da história (o que deve ocorrer até 2030).

A proporção de empregos disponíveis também continua a ser desequilibrada. Contribuindo para a discrepância de habilidades, atualmente a porcentagem de empregos que não requerem diploma universitário nos EUA é equivalente a 6,8 milhões de pessoas.

Além disso, a taxa de natalidade começou a se reduzir no país desde 1970, estabelecendo recordes negativos tanto em 2020 como em 2021. Nesse quadro, os fabricantes que não sentirem urgência em mudar a forma como recrutam e mantêm seus funcionários certamente terão de ser mais criativos no futuro. “Certamente, quem abraçar os benefícios da diversidade estará entre os primeiros vencedores”, observa a diretora.

De acordo com estudo recente da Deloitte, apenas 29% da força de trabalho da manufatura nos EUA é composta por mulheres, que representam 47% da população ativa total daquele país. Se os fabricantes aumentassem essa representação para 35%, seria possível um incremento de 800 mil trabalhadores, preenchendo o volume médio permanente de vagas oferecidas na indústria.

“É extremamente importante passar do acordo passivo para uma ação direcionada”, aponta Davis.

A manufatura também conta com uma mão de obra envelhecida, o que exige estratégias para preparar o setor não apenas para sobreviver à próxima década de aposentadorias em massa, mas também para o longo prazo. Nesse sentido, o maior desafio é estabelecer processos que garantam a transferência do conhecimento.

Finalmente, é crucial reter os detentores de conhecimento, passando de empregos em tempo integral para opções com maior flexibilidade.

Com o ritmo rápido de mudanças tecnológicas, a manufatura precisará aprimorar, requalificar e reciclar continuamente a força de trabalho, expandindo a base de recrutamento, aumentando a qualificação e oferecendo planos de carreira.

“Não há como negar que o desenvolvimento da força de trabalho está se tornando o ‘novo normal’ – e não é difícil de entender o porquê”, reflete a especialista. Boa leitura.


Silvimar Fernandes Reis
Presidente do Conselho Editorial

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