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Revista M&T - Ed.220 - Fevereiro 2018
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Gestão de Frotas

O futuro da manutenção

Cada vez mais difundida, a tecnologia digital avança em ritmo acelerado, com ênfase para o que está online, interligado e focado em resultados
Por Relton Henrique Cesar

Imagine um cenário no qual uma máquina de construção informa espontaneamente – e com precisão do horário – um problema técnico que vai ocorrer dentro de algumas semanas. Imagine além: o próprio equipamento aciona o distribuidor autorizado de fábrica sobre o problema e, de quebra, já programa o atendimento para correção.

Embora pareça algo demasiadamente futurista, este é o cenário que surge como uma tendência crível já para a próxima década na área de manutenção de equipamentos móveis de construção. E isso, graças a dois conceitos que se tornam cada vez mais influentes no mundo contemporâneo: Big Data (dados massivos) e Internet of Things (Internet das Coisas).

CONCEITOS

O chamado Big Data é uma ideia que originalmente nasceu voltada para a área de tecnologia de informação, mas que vêm sendo amplamente difundida nos últimos anos, já abrangendo uma série de outros setores.

Resumidamente, o conceito compreende em seu bojo a análise de uma enorme quantidade de dados, identificando padrões e dispersões e permitindo realizar a previsão de comportamentos. Toda vez que um equipamento é ligado, por exemplo, uma grande quantidade de informações é gerada em cada sensor, componente, interruptor etc.

A análise e combinação desses dados podem proporcionar padrões de operação e previsibilidade de falhas. Combinadas, essas informações podem ser interpretadas para oferecer benefícios ao equipamento, com impacto direto em sua vida útil, como diminuição de desgastes, redução do consumo de combustível e paradas não programadas.

Assim como o Big Data, o conceito de IoT também se popularizou nos últimos anos. A se considerar suas potencialidades, a tendência é de que no futuro tudo esteja conectado, desde um simples laptop ou smartphone passando por eletrodomésticos como geladeiras até objetos mais complexos, como máquinas pesadas. Pense, por exemplo, em uma pá carregadeira fazendo um pedido cada vez que necessitar de peças de reposição, conectada simultaneamente ao distribuidor e à conta bancária do proprietário. Não está longe.

Mais que isso, quando essa tecnologia evoluir, uma máquina ou mesmo uma frota inteira poderão acionar o comboio de abastecimento cada vez que


Imagine um cenário no qual uma máquina de construção informa espontaneamente – e com precisão do horário – um problema técnico que vai ocorrer dentro de algumas semanas. Imagine além: o próprio equipamento aciona o distribuidor autorizado de fábrica sobre o problema e, de quebra, já programa o atendimento para correção.

Embora pareça algo demasiadamente futurista, este é o cenário que surge como uma tendência crível já para a próxima década na área de manutenção de equipamentos móveis de construção. E isso, graças a dois conceitos que se tornam cada vez mais influentes no mundo contemporâneo: Big Data (dados massivos) e Internet of Things (Internet das Coisas).

CONCEITOS

O chamado Big Data é uma ideia que originalmente nasceu voltada para a área de tecnologia de informação, mas que vêm sendo amplamente difundida nos últimos anos, já abrangendo uma série de outros setores.

Resumidamente, o conceito compreende em seu bojo a análise de uma enorme quantidade de dados, identificando padrões e dispersões e permitindo realizar a previsão de comportamentos. Toda vez que um equipamento é ligado, por exemplo, uma grande quantidade de informações é gerada em cada sensor, componente, interruptor etc.

A análise e combinação desses dados podem proporcionar padrões de operação e previsibilidade de falhas. Combinadas, essas informações podem ser interpretadas para oferecer benefícios ao equipamento, com impacto direto em sua vida útil, como diminuição de desgastes, redução do consumo de combustível e paradas não programadas.

Assim como o Big Data, o conceito de IoT também se popularizou nos últimos anos. A se considerar suas potencialidades, a tendência é de que no futuro tudo esteja conectado, desde um simples laptop ou smartphone passando por eletrodomésticos como geladeiras até objetos mais complexos, como máquinas pesadas. Pense, por exemplo, em uma pá carregadeira fazendo um pedido cada vez que necessitar de peças de reposição, conectada simultaneamente ao distribuidor e à conta bancária do proprietário. Não está longe.

Mais que isso, quando essa tecnologia evoluir, uma máquina ou mesmo uma frota inteira poderão acionar o comboio de abastecimento cada vez que o combustível entrar na reserva ou uma revisão precisar ser realizada. Usando esse conceito, é possível até mesmo imaginar uma operação inteiramente realizada de forma autônoma. Um cenário de automação completa se aproxima, com máquinas se movimentando com uso de GPS, conectadas entre si e a caminhões, esteiras transportadoras e usinas, assim como a fornecedores e clientes.

ACELERAÇÃO

A tecnologia avança em ritmo acelerado e de forma cada vez mais difundida, com ênfase para o que está online, instantâneo, interligado e focado em resultados.

Assim, é preciso se manter atualizado e alerta sobre as tendências que surgem com a integração online dos equipamentos e operações, preparando-se para o futuro. E isso inclui a manutenção. Muitas das ferramentas que serão usadas para esses objetivos já existem hoje. Na Case Construction Equipment, por exemplo, os sistemas de telemetria e coleta de dados dos equipamentos via internet já estão na ativa há algum tempo. Isso permite que um cliente controle sua frota mesmo a quilômetros de distância.

Também há projetos sendo conduzidos internamente para que, em pouco tempo, a empresa utilize tais tecnologias para aumentar sua eficiência operacional e a de seus clientes. Um exemplo disso é o protótipo de trator autônomo demonstrado pela Case IH na feira Agrishow de 2017 (e prontamente detalhado na edição no 213 de M&T).

A vinda dos autônomos, aliás, sejam carros, caminhões ou máquinas pesadas, trará mudanças profundas no mercado como o conhecemos hoje, tanto para venda quanto para operação e manutenção.

As novas empresas prestadoras de serviços têm se tornado cada vez mais comuns e maiores. Gigantes como Uber e Airbnb gerenciam frotas e locações sem possuir quaisquer veículos ou apartamentos. Nessa linha, estima-se que, em alguns anos, a maioria das pessoas não terá mais carros e utilizará somente serviços de transporte autônomos.

Com relação ao mercado de máquinas, especificamente, ao invés de equipamentos de construção, possivelmente as negociações envolverão volumes como “metros cúbicos por hora” ou mesmo distâncias em “quilômetros rodados”. Seja como for, a manutenção inevitavelmente será cobrada quanto à disponibilidade da frota, deixando de ser parametrizada em horas de mecânicos. Ou seja, em tal contexto, a fábrica de equipamentos será uma parte integrante e corresponsável direta pela produtividade de seus clientes. A ver.

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