A evolução dos sistemas de gerenciamento de frotas tem sido rápida no Brasil. Seu primeiro produto – os dados de localização – há tempos já é acessível a quem disponha de um celular e acesso à internet. Todavia, essa oferta inicial vem se diversificando, com os provedores de serviços de rastreamento e monitoramento posicionando-se como hub digital para uma vasta gama de informações e recursos destinados à gestão dos ativos.
Paralelamente, a atuação se expandiu para os mais diversos tipos de frotas, nas quais já constam caminhões, máquinas da Linha Amarela, equipamentos agrícolas e de mineração, além de implementos e outros tipos de soluções.
Em ritmo acelerado, esses sistemas seguem incorporando novas funcionalidades a seus serviços. É o caso da recente tecnologia DVR que, por meio de câmeras, permite acompanhar o comportamento de co
A evolução dos sistemas de gerenciamento de frotas tem sido rápida no Brasil. Seu primeiro produto – os dados de localização – há tempos já é acessível a quem disponha de um celular e acesso à internet. Todavia, essa oferta inicial vem se diversificando, com os provedores de serviços de rastreamento e monitoramento posicionando-se como hub digital para uma vasta gama de informações e recursos destinados à gestão dos ativos.
Paralelamente, a atuação se expandiu para os mais diversos tipos de frotas, nas quais já constam caminhões, máquinas da Linha Amarela, equipamentos agrícolas e de mineração, além de implementos e outros tipos de soluções.
Em ritmo acelerado, esses sistemas seguem incorporando novas funcionalidades a seus serviços. É o caso da recente tecnologia DVR que, por meio de câmeras, permite acompanhar o comportamento de condutores e operadores. “Entre outras coisas, é possível ver se um motorista está mexendo no celular, adormeceu, está fumando ou olhando para os lados”, exemplifica Daniel Fonseca, gestor comercial e de projetos da SatLight, empresa de Varginha (MG) que está incluindo o DVR veicular em seu pacote de serviços.
A localização, como ressalta Fonseca, talvez ainda seja a mais relevante dentre as informações disponibilizadas pelos sistemas de gestão de frotas. Mas agora esse recurso já pode vir acompanhado por vários outros dados, igualmente valiosos, como os referentes à velocidade dos veículos, que reduzem tanto os riscos de acidentes quanto os custos (geralmente elevados) com pneus, combustíveis e freios. “Também é possível reduzir riscos e custos obtendo-se informações sobre freadas, acelerações bruscas ou mesmo curvas muito acentuadas”, lembra o gestor.
Tecnologia integrada expande funcionalidade da telemetria com dados sobre consumo, abastecimento, velocidade, manutenção e comportamento do condutor
Além do registro dessas ocorrências, o pacote completo da SatLight fornece dados sobre consumo médio de combustível e programações de manutenção preventiva – como troca de óleo –, dentre outras informações. A solução permite ainda que cada veículo ou equipamento tenha seu condutor identificado com precisão – para a correta atribuição da responsabilidade por condução indevida ou multas, por exemplo – e que o abastecimento nos postos seja feito com as quantidades de combustível previamente estabelecidas.
INTEGRAÇÃO
É fato que a telemetria, ao permitir agregar à localização informações referentes à operação e manutenção dos veículos, contribuiu decisivamente para a consolidação dos sistemas de monitoramento e rastreamento como ferramentas cruciais na gestão de frotas.
Porém, embora continue importante, a telemetria isoladamente já não é mais suficiente para a gestão eficaz de uma frota, argumenta Vinícius Callegari, diretor comercial da GaussFleet: “É preciso contextualizar as informações que a telemetria oferece, mostrando, por exemplo, onde o equipamento está operando e, principalmente, se realmente está fazendo o que foi planejado”, ressalta.
Novas soluções buscam contextualizar as informações que a telemetria oferece
Para isso, o sistema da GaussFleet, detalha Callegari, integra os dados telemétricos a recursos de IoT e geoprocessamento, possibilitando, entre outras coisas, a obtenção on-line de informações sobre taxa de utilização e disponibilidade de cada equipamento. “A telemetria indica o que um equipamento está fazendo, enquanto o geoprocessamento mostra onde está operando”, explica o diretor. “Com as informações provenientes de um planejamento prévio, igualmente integrado à plataforma, é possível saber se a máquina ou veículo está realmente executando o que deveria fazer.”
Disponível para a gestão das máquinas e equipamentos de logística interna em plantas de siderurgia, mineração e construção civil – incluindo Linha Amarela e caminhões –, a plataforma também integra, no caso de frotas terceirizadas, as regras dos contratos, informando o valor a ser pago com base no que foi negociado previamente. Disponibiliza ainda informações mais corriqueiras, porém imprescindíveis à gestão da frota, como consumo de combustível, informações de segurança e de manutenção preventiva, dados do horímetro, temperatura de arrefecimento, entre outras.
De acordo com Callegari, dados colhidos em campo pela GaussFleet indicam que o sistema pode incrementar em até 10% a produtividade, reduzir em até 15% o valor dos contratos e diminuir em até 10% os custos com manutenção. Também incrementa a eficiência da gestão, ao disponibilizar automaticamente informações estratégicas, às quais confere maior confiabilidade ao eliminar erros do controle manual. “De fato, um de nossos clientes reduziu de cinco para uma pessoa a equipe responsável pelo lançamento e fechamento das medições”, ele assegura.
MONITORAMENTO
Atuando com atividades ultrassensíveis de içamento pesado, a Terex conta em seu portfólio com a plataforma de telemática T-Link, que oferece informações sobre status, operação e localização de seus guindastes de torre e RT (Rough Terrain, para terrenos acidentados). “Tudo é feito em tempo real”, observa Ricardo Beilke Neto, gerente de serviços da empresa.
Empresas que locam ativos para terceiros precisam saber como estão sendo utilizados
Segundo ele, a solução reporta uma vasta gama de dados operacionais e códigos de falha, recolhendo informações detalhadas sobre a atividade da máquina, como horas de funcionamento, estatísticas de elevação de carga, histórico de alarmes e outras. “Através dessa plataforma, as manutenções de rotina podem ser programadas de forma mais eficiente, resolvendo rapidamente situações inesperadas nas operações”, ressalta o especialista. “Sabemos que de 30% a 35% dos custos com manutenção referem-se a viagens de técnicos, que a solução muitas vezes elimina.”
Além de reduzir os custos e incrementar a produtividade, a tecnologia T-Link, prossegue Beilke Neto, pode contribuir com a capacitação dos profissionais. “Entre outras coisas, a solução permite ao gestor saber se o equipamento está sendo muito usado com overload (sobrepeso), usando essa informação na capacitação”, exemplifica.
Disponível na América Latina desde 2019, a plataforma T-Link não só monitora as condições de vento súbito, o que é fundamental em operações de içamento de cargas, mas também faz previsões relacionadas a eventuais borrascas ou lufadas. Atualmente, os guindastes de torre e RT da marca já saem de fábrica com o hardware necessário para seu uso, que é gratuito durante os dois anos posteriores à compra do equipamento.
Após esse período, pode-se seguir pagando pelo uso do recurso. “Em alguns equipamentos mais antigos, também é possível fazer retrofit (adaptação) para uso da plataforma”, acentua Beilke Neto.
NOVOS MERCADOS
Ao que parece, o mercado brasileiro já está maduro para absorver esses benefícios. Mesmo ainda se posicionando como uma startup – suas operações tiveram início em 2018 –, a GaussFleet já presta serviços para os principais players da siderurgia nacional (a comercialização é feita no sistema SaaS – Software como Serviço, na sigla em inglês, no qual os clientes pagam mensalidade pela utilização).
Agora, a empresa acaba de fechar seus primeiros negócios nos mercados da mineração e construção. “A demanda por nosso sistema vai crescer bastante”, projeta Callegari. “Iniciaremos 2022 já com um faturamento anual garantido de R$ 5 milhões, mas projetamos chegar a 2024 com um faturamento de R$ 30 milhões.”
Nas operações de içamento, plataformas resolvem situações inesperadas em tempo real
A SatLight, por sua vez, atualmente atende a cerca de 5 mil clientes em todo o país, dos mais diversos portes. A carteira inclui principalmente frotistas de caminhões, mas também de implementos rodoviários do tipo semirreboque, que precisam ser rastreados, pois muitas vezes são deixados em seus destinos pelos cavalos mecânicos, que vão embora em seguida. Assim, fica-se sem informações sobre eles. “Também há empresas que alugam os implementos para outras empresas, de modo que é importante que saibam como estão sendo utilizados”, comenta Fonseca.
Mas, diferentemente dos caminhões, os implementos não contam com fonte de energia necessária ao funcionamento do módulo de rastreamento. Foi justamente para rastreá-los que a SatLight desenvolveu um módulo específico, cuja bateria dura cerca de trinta dias, enquanto os módulos dos cavalos duram em média dez dias (obviamente, sem a fonte de energia do próprio veículo). “Desenvolvemos ainda um módulo autônomo, carregado por energia solar”, acrescenta o gestor.
De olho nos novos mercados, a SatLight também incluiu em seu portfólio uma solução específica para o mercado agrícola, cujas plantas produtivas muitas vezes estão situadas em locais onde há dificuldade de conexão. Fundamentada no conceito de IoT, a solução utiliza uma tecnologia denominada LoRa, que estabelece conexão através de uma rede de comunicação instalada na própria planta, possibilitando assim o rastreamento e a gestão remota não apenas dos veículos que abastecem ou transportam a produção da planta, mas também dos equipamentos produtivos, como máquinas e implementos agrícolas.
Já a Terex, como antecipa Beilke Neto, em breve fornecerá a solução T-Link também para a linha Franna de guindastes industriais. “Com isso, todos os nossos guindastes estarão integrados a essa plataforma”, destaca o gerente de serviços da empresa.
Ele lembra que a Genie – outra operação do Grupo Terex com presença no Brasil – também mantém um sistema de telemetria para suas linhas de plataformas elevatórias. Denominada Lift Connect, a solução já vem sendo utilizada nos Estados Unidos, no México e em países europeus. “No Brasil, o Lift Connect será disponibilizado a partir do primeiro trimestre de 2022”, anuncia.
Empresa paranaense atinge marca de 200 mil pneus gerenciados em plataforma
Segundo balanço divulgado pela Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip), no 1º semestre deste ano houve um aumento de 33% na compra de pneus.
Com isso, o preço do frete também aumentou, como forma de equilibrar as contas e evitar a falência das empresas do setor.
Nesse cenário, uma das estratégias adotadas pelas empresas está na melhoria da gestão de pneus das frotas, o que prolonga a vida útil do produto e evita trocas constantes decorrentes da má utilização dos componentes.
O mercado já conta com softwares com módulos específicos para a gestão de pneus, que indicam o histórico de uso, a posição em cada caminhão e informações como tempo de rodagem, calibragem e desgaste.
“A aposta em gestão é certamente a melhor solução para as transportadoras combaterem os aumentos abusivos que os pneus têm apresentado nos últimos anos”, diz Paulo Raymundi, CEO da Gestran, que neste ano atingiu a marca de 200 mil pneus rastreados por sua plataforma de gestão de pneus.
Com ferramentas como o Business Intelligence (BI), a empresa estima uma economia de 25% nos gastos com pneus.“Isso mostra uma revolução cultural e de mindset em gestores de frota, que estão em busca de um maior controle e rastreabilidade de todo seu estoque”, ressalta Raymundi.
Sobratema fecha parceria com a Assiste para impulsionar solução de gestão
Em junho, a Sobratema anunciou o reconhecimento da qualidade e dos benefícios do SISMA (Sistema de Manutenção de Frota), ferramenta desenvolvida pela Assiste para planejamento, execução e controle do processo de manutenção de frotas, tanto corretivas como preventivas.
Em sua mais recente versão, o sistema integra 27 módulos, que abrangem desde o inventário inicial da frota até a análise do custo de manutenção dos equipamentos. Também permite detectar desvios no consumo de combustíveis e lubrificantes, acompanhar os custos dos diferentes pontos de abastecimento e gerenciar as manutenções realizadas em espaços próprios ou terceirizados, inclusive comparando os respectivos custos, além de emitir ordens de serviço e gerenciar estoques de componentes e insumos, entre outras funcionalidades. “A versão atual permite inclusive navegar em catálogos de fabricantes de equipamentos e, ali mesmo, requisitar as peças”, destaca Flávio Banchi, gerente comercial da Assiste.
O SISMA, ele ressalta, adequa-se a qualquer tipo de equipamento, mas é utilizado principalmente em frotas médias ou grandes de equipamentos pesados – incluindo nesse rol a Linha Amarela e soluções florestais –, nas quais a manutenção constitui o item mais relevante de dispêndios financeiros. “Em construtoras, os custos de manutenção chegam a representar 20% do faturamento, mas com o uso do SISMA uma construtora já reduziu esse índice para algo entre 8% e 8,5%”, destaca Banchi.
Também é possível integrar a ferramenta a outros sistemas de rastreamento e telemetria. “Isso pode ser interessante, na medida em que se automatiza o acesso às informações sobre a vida do equipamento, que por sua vez fundamentam os planos de manutenção preventiva”, ressalta o gerente.
Agora em parceria com a Sobratema, solução da Assiste busca aprimorar a gestão das frotas
Parceria – A parceria com a Sobratema, diz Banchi, representa a “expressão de um objetivo comum”, que é o incremento da qualificação e da competitividade de construtoras e outras empresas usuárias de equipamentos pesados. “O SISMA traz consigo uma vasta quantidade de conhecimento”, diz o especialista da Assiste, que há 31 anos atua exclusivamente com gestão de manutenção de frotas. “Toda essa vivência na área permitiu a criação de uma ferramenta completa, capaz de ajudar no controle de pontos específicos, com módulos que centralizam diferentes assuntos.”
O consultor da Sobratema, Norwil Veloso, avalia que a parceria é uma maneira de estimular a difusão de soluções tecnológicas no setor de equipamentos. “A gestão digital da manutenção é uma realidade com a qual iremos nos envolver cada vez mais daqui para a frente”, diz ele. “O papel da Sobratema nessa área é fornecer soluções que possam ser usadas no campo pelos usuários e, por isso, optamos por uma parceria que possa oferecer um produto já testado e com boa aceitação no mercado, de modo a atender de imediato as necessidades de nossos associados e aproveitar o know-how adquirido pela parceira no campo.”
Construtora adota tecnologia da Trimble Transportation
Para garantir uma operação mais segura e produtiva, a Fagundes Construção e Mineração investiu na tecnologia Vsafe, da Trimble Transportation Latam. A solução conta com câmera DSM (Driver Status Monitor) voltada para o operador, que realiza a identificação facial do condutor e capta sinais de sinais de cansaço e desatenção.
Além disso, uma câmera ADAS (Advanced Driver Assistance System), voltada para a pista, identifica casos como trocas de faixa sem sinalização, aproximação e risco de colisão. A partir dessas informações, o gestor pode acompanhar a operação em tempo real pelo Vfleets (software em nuvem) ou pelo Vmanager (aplicativo para smartphones).
Integrada à telemetria, tecnologia detecta comportamentos de risco como sonolência
A tecnologia também detecta comportamentos de risco do condutor, como conversas ao celular, fadiga, sonolência, distração e risco de colisão. “O sensor emite alertas ao operador e para a central”, descreve Rony Neri, diretor de marketing e vendas da Trimble Transportation Latam. “Integrado à telemetria, isso possibilita ao gestor realizar as tratativas em tempo real, evitando ocorrências futuras e, até mesmo, acidentes.”
Pirelli e Geotab lançam solução de pneus conectados
Disponível no Marketplace Geotab, o sistema Pirelli Cyber Fleet utiliza um sensor na parte interna dos componentes para medir e analisar os dados de temperatura e pressão. Os dados coletados são retransmitidos para um aplicativo, que pode ser baixado e enviado para a plataforma digital MyGeotab que, por sua vez, ajuda a simplificar o processo de monitoramento diário.
Segundo as empresas, a solução promete reduzir os custos operacionais relacionados aos pneus, ao mesmo tempo em que melhora o consumo de combustível e diminui as emissões. A tecnologia será lançada inicialmente nos principais mercados europeus, antes de ser estendida aos EUA, Canadá e Brasil. “Essa tecnologia permite integrar pneus em uma plataforma de serviços baseada em conectividade, de uma forma extremamente simples de usar”, assegura Daniel Gainza, diretor de operações de serviços da Pirelli.
Baseada em sensor, sistema promete reduzir os custos operacionais relacionados aos pneus
Saiba mais:
Assiste: http://assiste.com.br
GaussFleet: www.gaussfleet.com
Pirelli: www.pirelli.com
SatLight: www.satlight.com.br
Sobratema: https://sobratema.org.br
Terex: www.terex.com.br
Trimble Transportation: https://tl.trimble.com
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