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Revista M&T - Ed.178 - Abril 2014
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Coluna Yoshio

O espírito criador na indústria

Para que a tecnologia e o produto gerem o benefício esperado, é necessário que sejam expostos à mais ampla visibilidade possível no mercado

Como forma de resgatar a competitividade de sua indústria, já há alguns anos o Brasil vem investindo em inovação. Nesse sentido, não há dúvida de que o fomento à Pesquisa & Desenvolvimento tem sido muito ativo e essencial para o setor produtivo. À luz da sua competência, empresas de pequeno e médio porte obtiveram incentivos até então inéditos no país para a criação de tecnologia e desenvolvimento de novos produtos.

Porém, um questionamento legítimo que ora se apresenta é sobre o benefício real obtido pelas empresas com as inovações incorporadas. Para que a tecnologia e o produto gerem o benefício esperado, é necessário que sejam expostos à mais ampla visibilidade possível no mercado, dentro da capacidade produtiva de atendimento em cada situação.

A indagação procede, pois algumas empresas que desenvolvem tecnologias e produtos inovadores ainda não auferem o benefício potencial das criações, seguindo com a mesma limitação imposta pelo baixo retorno dos investimentos realizados. Por um lado, é forçoso constatar que o empreendedor que inova é o que “gosta” de inovar. Isso porque, frequentemente, o desafio de se criar algo novo é imensamente mais gratificante que a monotonia da gestão. Nesses casos, após o investimento em desenvolvimento, o esforço de produção em escala tende a sucumbir diante à prioridade do empreendedor-criador, que – ato contínuo – parte para o próximo projeto.

Outras vezes, é a competência em outros campos da gestão de negócios que não acompanha a velocidade do espírito criador, deixando de extrair o devido valor da criação. Com isso, situações recorrentes – como a atenção requerida para introduzir a inovação no mercado – acabam por apresentar falhas críticas, como na distribuição do produto ou na comercialização da tecnologia.

Aliás, a negligência em relação ao lado mundano dos negócios é mais comum do que se imagina, visto como uma atividade de menor prestígio e pouco valor. No caso de empresas de produtos, por exemplo, a distribuição cumpre um papel importante, completando, ao lado do Business Model, um ciclo de serviços que torna o empreendimento economicamente viável e sustentável no longo prazo. Ou seja, organizar as funções transacionais e relacionais da empresa também é uma atividade nevrálgica para a indústria.

Na prestação de serviços,


Como forma de resgatar a competitividade de sua indústria, já há alguns anos o Brasil vem investindo em inovação. Nesse sentido, não há dúvida de que o fomento à Pesquisa & Desenvolvimento tem sido muito ativo e essencial para o setor produtivo. À luz da sua competência, empresas de pequeno e médio porte obtiveram incentivos até então inéditos no país para a criação de tecnologia e desenvolvimento de novos produtos.

Porém, um questionamento legítimo que ora se apresenta é sobre o benefício real obtido pelas empresas com as inovações incorporadas. Para que a tecnologia e o produto gerem o benefício esperado, é necessário que sejam expostos à mais ampla visibilidade possível no mercado, dentro da capacidade produtiva de atendimento em cada situação.

A indagação procede, pois algumas empresas que desenvolvem tecnologias e produtos inovadores ainda não auferem o benefício potencial das criações, seguindo com a mesma limitação imposta pelo baixo retorno dos investimentos realizados. Por um lado, é forçoso constatar que o empreendedor que inova é o que “gosta” de inovar. Isso porque, frequentemente, o desafio de se criar algo novo é imensamente mais gratificante que a monotonia da gestão. Nesses casos, após o investimento em desenvolvimento, o esforço de produção em escala tende a sucumbir diante à prioridade do empreendedor-criador, que – ato contínuo – parte para o próximo projeto.

Outras vezes, é a competência em outros campos da gestão de negócios que não acompanha a velocidade do espírito criador, deixando de extrair o devido valor da criação. Com isso, situações recorrentes – como a atenção requerida para introduzir a inovação no mercado – acabam por apresentar falhas críticas, como na distribuição do produto ou na comercialização da tecnologia.

Aliás, a negligência em relação ao lado mundano dos negócios é mais comum do que se imagina, visto como uma atividade de menor prestígio e pouco valor. No caso de empresas de produtos, por exemplo, a distribuição cumpre um papel importante, completando, ao lado do Business Model, um ciclo de serviços que torna o empreendimento economicamente viável e sustentável no longo prazo. Ou seja, organizar as funções transacionais e relacionais da empresa também é uma atividade nevrálgica para a indústria.

Na prestação de serviços, desnecessário dizer, ocorre o mesmo. Para gerar benefícios, uma boa ideia, uma metodologia eficiente ou um processo inovador precisam primeiro chegar aos clientes certos. Em um contexto em que a tecnologia e os produtos tendem a ficar cada vez mais similares, num fenômeno de “comoditização”, a questão de “como entregar” passa a ter importância fundamental.

Afinal, saber distribuir é tão essencial quanto saber criar.

 

*Yoshio Kawakami é consultor da Raiz Consultoria e diretor técnico da Sobratema

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