Revista M&T - Ed.282 - Abril - 2024
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EDITORIAL

Novas perspectivas sobre a inovação

Seja por meio da análise de práticas bem-sucedidas ou pela adoção de novas abordagens, as organizações podem aproveitar as experiências e os pontos de vista de outros setores para aprimorar estratégias e obter novas perspectivas sobre a inovação

Em artigo recente, o vice-presidente do setor de construção e serviços públicos da Association of Equipment Manufacturers (AEM), John Somers, faz ponderações interessantes sobre o poder de aprendizado entre os setores produtivos.

Segundo ele, muitos já devem ter ouvido alguém argumentar que “a tecnologia está avançando mais rápido do que nunca, porém nunca mais será tão lenta como agora”.

À primeira vista, a afirmação é paradoxal, mas na verdade a tecnologia pode não parecer tão rápida quando se presta atenção apenas aos avanços de setores específicos, afirma o especialista.

“Essa é a razão pela qual se deve prestar muita atenção ao que está acontecendo ao nosso redor e – talvez ainda mais importante – reconhecer o valor das oportunidades de aprendizado entre os setores”, opina Somers.

Não é segredo para


Em artigo recente, o vice-presidente do setor de construção e serviços públicos da Association of Equipment Manufacturers (AEM), John Somers, faz ponderações interessantes sobre o poder de aprendizado entre os setores produtivos.

Segundo ele, muitos já devem ter ouvido alguém argumentar que “a tecnologia está avançando mais rápido do que nunca, porém nunca mais será tão lenta como agora”.

À primeira vista, a afirmação é paradoxal, mas na verdade a tecnologia pode não parecer tão rápida quando se presta atenção apenas aos avanços de setores específicos, afirma o especialista.

“Essa é a razão pela qual se deve prestar muita atenção ao que está acontecendo ao nosso redor e – talvez ainda mais importante – reconhecer o valor das oportunidades de aprendizado entre os setores”, opina Somers.

Não é segredo para ninguém que o mundo de negócios continua a evoluir em ritmo acelerado. Com isso, surgem desafios e oportunidades sem precedentes para as organizações, que procuram se manter à frente das mudanças nas expectativas dos clientes.

Em particular, uma maneira pela qual as empresas estão obtendo insights valiosos é justamente examinar o que está acontecendo em outros setores, acredita o executivo.

“Seja por meio da análise de práticas bem-sucedidas ou pela adoção de novas abordagens, as organizações podem aproveitar as experiências de outros setores para aprimorar estratégias e obter novas perspectivas sobre a inovação”, ele comenta.

O argumento do especialista é irrefutável ao destacar que, quando se começa a olhar por cima dos muros, é possível enxergar mais longe e aprender com os outros.

Muitas organizações debatem internamente como romper os “silos” e, assim, promover a colaboração entre os diferentes departamentos.

Da mesma forma, diz ele, não há motivos para não dar um passo adiante e começar a derrubar os muros que cercam o setor. “Afinal de contas, é assim que começa a verdadeira inovação”, acredita Somers.

O especialista da AEM cita alguns casos específicos. Para ele, adotar uma abordagem mais aberta significa olhar para o que pode surgir no horizonte da pavimentação, por exemplo, seja em inovações de segurança (como a detecção de objetos) ou regulamentações (como as emissões dos motores), que geralmente afetam primeiro os equipamentos rodoviários.

“Pode parecer óbvio, mas aprender sobre os avanços tecnológicos de diferentes setores é uma vantagem competitiva à qual nem todos prestam a devida atenção, desde digitalização e logística avançada até cidades inteligentes, passando por tópicos como agricultura de precisão, métodos construtivos e robótica”, afirma.

Em um cenário no qual uma tendência sempre pode impactar outra, entender os desafios em um setor específico pode permitir olhar para fora do campo de visão habitual com uma lente diferente, trazendo ganhos de abordagem.

Afinal o benchmarking é fundamental para a inovação, permitindo adaptar a excelência de soluções de algumas empresas e, muitas vezes, até mesmo de outros setores. Boa leitura.

Silvimar Fernandes Reis
Presidente do Conselho Editorial

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