Considerada uma das mais tradicionais locadoras de guindaste do Nordeste brasileiro, com três décadas de atuação no mercado, a Saraiva Equipamentos se prepara para disputar contratos nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do País. Segundo Guilherme Saraiva, diretor comercial e de operações da empresa, o objetivo é obter 10% do faturamento nesses novos mercado, até o fim do próximo ano, atingindo a marca de 20% das receitas em 2012.
Para isso, o executivo enfatiza os investimentos na modernização da frota e procura posicionar a empresa não como uma locadora de guindastes, mas como uma prestadora de serviços de movimentação horizontal e vertical de carga. “Há uma diferença muito grande entre esses dois conceitos de operação, pois, como prestadores de serviços, procuramos prover todas as necessidades dos nossos clientes. Assim, quando locamos um guindaste, também oferecemos um leque de serviços, desde a análise de custo e o plano de rigger, até os projeto em CAD e a engenharia de segurança da operação.” Veja, a seguir, as opiniões do executivo que pautam a filosofi
Considerada uma das mais tradicionais locadoras de guindaste do Nordeste brasileiro, com três décadas de atuação no mercado, a Saraiva Equipamentos se prepara para disputar contratos nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do País. Segundo Guilherme Saraiva, diretor comercial e de operações da empresa, o objetivo é obter 10% do faturamento nesses novos mercado, até o fim do próximo ano, atingindo a marca de 20% das receitas em 2012.
Para isso, o executivo enfatiza os investimentos na modernização da frota e procura posicionar a empresa não como uma locadora de guindastes, mas como uma prestadora de serviços de movimentação horizontal e vertical de carga. “Há uma diferença muito grande entre esses dois conceitos de operação, pois, como prestadores de serviços, procuramos prover todas as necessidades dos nossos clientes. Assim, quando locamos um guindaste, também oferecemos um leque de serviços, desde a análise de custo e o plano de rigger, até os projeto em CAD e a engenharia de segurança da operação.” Veja, a seguir, as opiniões do executivo que pautam a filosofia de gestão da Saraiva Equipamentos.
M&T – Como estão os negócios para a Saraiva e quais os principais projetos que estão resultando em contratos para a empresa?
Guilherme Saraiva – Nos últimos anos, temos mantido um forte ritmo de crescimento, principalmente em função dos grandes projetos de infraestrutura em implantação na nossa região, especialmente no estado do Pernambuco. O destaque fica para as obras do Complexo Industrial de Suape, onde chegamos a mobilizar uma frota de mais de 140 equipamentos, entre carretas para transportes especiais, guindastes de grande e médio porte, plataformas elevatórias e caminhões guindauto. Também atuamos recentemente no transporte e montagem de equipamentos para usinas eólicas, um segmento no qual estamos investindo e apostando muito.
M&T – Fale um pouco sobre essa área de atuação.
Saraiva – Trata-se de um segmento novo no Brasil, que demandará muito serviço em função dos 1.600 MW de usinas eólicas licitadas recentemente pelo governo. Algumas dessas usinas têm cerca de 500 MW de capacidade, o que implicará a montagem de aerogeradores e pás de grande porte. Isso requer especialização e foi o que fizemos com a aquisição de carretas especiais para essa área. Com isso, conseguimos operar com maior eficiência e menor custo, oferecendo qualidade e preços competitivos aos clientes. Recentemente, realizamos o transporte de equipamentos para a montagem de uma usina, entre o porto de Suape e o Ceará, envolvendo mais de 280 viagens e nenhuma delas apresentou qualquer incidente ou ocorrência fora do programado.
M&T – Qual é o tamanho da frota da empresa e os investimentos que ela vem recebendo para atender a essas demandas?
Saraiva – Operamos com uma frota de cerca de 300 equipamentos e, na área de transporte, que atuamos há cerca de oito anos, investimos em novas linhas de eixo para atender aos projetos de usinas eólicas. Contamos ainda com guindastes sobre esteiras de até 750 t de capacidade, além de guindastes telescópicos na faixa de 8 t a 500 t e equipamentos de apoio, como empilhadeiras, caminhões guindauto e outros. Em todos esses segmentos estamos investindo e, até o fim desse ano, estaremos com cerca de 350 equipamentos em nossa frota. O destaque fica para os 40 guindastes do tipo RT que estamos adquirindo, em modelos de até 120 t de capacidade, além de outras 40 unidades que estão previstas em nosso plano de longo prazo. São equipamentos apropriados para a movimentação de cargas em terrenos com pouco espaço ou de difícil locomoção.
M&T – Diante desse cenário de expansão, o que a empresa faz para suprir sua demanda de mão-de-obra?
Saraiva – Esse realmente é um dos principais problemas do nosso setor na atualidade. Temos cerca de 2.000 funcionários, entre o pessoal administrativo, de operação e manutenção e, nesse momento, registramos uma defasagem de pelo menos 20 operadores. São profissionais que poderiam estar operando nossos equipamentos, mas que não conseguimos identificar no mercado com as qualificações necessárias. Por isso, investimos em treinamento, tanto internamente como externamente, inclusive com a contratação do Instituto Opus, da Sobratema, para esse fim. Mas esse processo é longo e requer tempo. Também reservamos alguns guindastes usados, cuja venda não agregaria muito significado a nossas operações, para o treinamento do pessoal.
M&T – Qual a idade média da frota e a política de manutenção adotada pela empresa?
Saraiva – Na área de transporte, os equipamentos têm uma idade média de três a cinco anos e, no caso dos guindastes, ela gira em torno de cinco a sete anos. Mas os equipamentos maiores, destinados às obras mais complexas, são bem mais novos. Todos os nossos guindastes sobre esteiras, por exemplo, possuem no máximo um ano de vida útil e os guindastes acima de 100 t de capacidade não ultrapassam a faixa de três anos de uso. Por esse motivo, nossa manutenção é fortemente apoiada na garantia oferecida pelos fabricantes e atuamos basicamente nas ações preventivas e pequenas intervenções corretivas, como problemas elétricos ou trocas de mangueira hidráulica. Apenas em Suape, contamos com três oficinas móveis equipadas com gerador, torno, furadeira e demais ferramentas necessárias à manutenção dos equipamentos mobilizados naquele local.
M&T – Os fornecedores têm atendido satisfatoriamente bem as necessidades de manutenção da empresa?
Saraiva – Na medida do possível, sim. Nosso maior desafio atualmente é reduzir o tempo de máquina parada para manutenção, devido às altas taxas de ocupação da frota. Nesse cenário, um equipamento indisponível pode comprometer o cumprimento de um contrato ou desgastar nosso relacionamento com o cliente. Como prestadores de serviço, não podemos correr esse risco, motivo pelo qual necessitamos de um bom suporte de pós-venda dos nossos fornecedores.
M&T – Afinal, o locador precisa sempre contar com o equipamento disponível, não é mesmo?
Saraiva – Não nos posicionamos no mercado dessa forma, pois vamos além da locação, oferecendo serviços completos para o cliente. Há uma diferença muito grande entre esses dois conceitos de operação, pois, como prestadores de serviço, procuramos atender a todas as necessidades daquele contrato. Assim, quando locamos um guindaste, também oferecemos um leque de serviços, desde a análise de custo para a mobilização de um determinado equipamento e o plano de rigger, até os projeto em CAD e a engenharia de segurança da operação.
M&T – A empresa atua apenas na região Nordeste do País?
Saraiva – Não. No passado, já atendemos contratos em outras regiões, mas últimamente, a forte demanda no Nordeste manteve nosso foco de atuação apenas nessa região, com destaque para o estado de Pernambuco. Mesmo assim, no segundo semestre desse ano vamos inaugurar uma filial em São Paulo para a prospecção de negócios no Sul, Sudeste e Centro-Oeste do País. O objetivo é que esses novos mercados representem 10% do nosso faturamento, até o fim de 2011, chegando a 20% da receita em 2012.
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