Geração FG: comando eletrônico e "dual power"

As motoniveladoras Fiat Allis FG170 e 200, recentemente lançadas no Brasil, já receberam, a exemplo das gerações anteriores da linha, uma ampla aceitação pelas maiores empreiteiras e construtoras nacionais. Elas têm sido fundamentais na segunda etapa do projeto Jaiba, maior complexo de irrigação da América Latina, em Minas Gerais, e nas obras em dois dos principais eixos rodoviários do país. a duplicação da rodovia dos Imigrantes, e o prolongamento da rodovia dos Bandeirantes — ambas em São Paulo.

O projeto Jaiba tem por objetivo distribuir as águas do Rio São Francisco para vários canais que servem à produção e cultivo de hortifrutigranjeiros no norte de Minas Gerais. Além das FG 170, uma FG 85, participou da execução dos serviços de terraplenagem no segundo lote de obras, que incluiu 75 km de estradas e 75 km de canais de irrigação. As máquinas foram locadas pela Sermeng para o consórcio Andrade Gutierrez/Ivaí, responsável por essa etapa.

Segundo o engenheiro Márcio André Coelho, gerente da obra, as condições do terreno e do clima da região requisitavam equipamentos que atendessem ao cronograma das obras. “Tivemos que fazer muitos cortes e aterros para colocar toda a área do projeto em uma cota única de terra. Na execução desse serviço, a patrol da Fiat Allis superou facilmente os obstáculos”, garantiu.

A duplicação da Rodovia dos Imigrantes, que liga a cidade de São Paulo ao litoral, está sendo executada pelo consórcio formado pela brasileira CR Almeida e pela italiana Impregilo. As obras implicam em 18 km de estradas, 10 viadutos e 8 km de túneis e as FG 170 estão sendo utilizadas praticamente todos os dias: "Chove demais aqui e, como a estrada ainda é composta por terra e brita, temos que passar as máquinas para que ela fique bem lisa e não perca o nivelamento", explicou o gerente de equipamentos da obra, Gianni Cettiga.

Além dessas, vinte outros modelos da linha FG estão operando em obras da construtora Camargo Corrêa em todo o país. Entre eles, sete FG 200 fazem a terraplenagem das obras de ampliação da rodovia dos Bandeirantes, administrada pela concessionária Autoban, que liga a capital paulista a Campinas e ao interior do Estado. O curto prazo de execução e o grande volume movimentação de terra exigidos foram fatores determinantes escolha dessas motoniveladoras, conforme explicou o gerente de suprimentos e equipamentos da construtora, Lélio Augusto Vidotti. "Naquele momento, precisávamos de máquinas que melhor atendessem ao cronograma de obras, o que foi garantido por esse equipamento, que também tinha um melhor custo benefício e um menor prazo de entrega".

Para fazer parte de sua frota, a Camargo Corrêa exige que os equipamentos trabalhem mais de 200 horas por mês, com tempo de depreciação mínimo de seis anos. A construtora, responsável por 23% (cerca de 20 Km) do empreendimento, realizou o serviço de terraplenagem em cerca de 12 meses, com uma rotina de dez horas diárias de trabalho.

"Desconsiderando fatores e interferências que modificam o andamento das obras, como problemas mecânicos e chuvas, podemos dizer que os modelos FG atingiram a meta da construtora. Tanto na produção como na operação podemos perceber que as máquinas são bastante robustas e potentes. Estão aprovadas.”, avaliou o engenheiro de manutenção mecânica, Rúbio Márcio do Pinho.

As motoniveladoras FG 170 e 200, caracterizam-se por chassis articulados com a cabine na parte traseira e comandos totalmente hidráulicos, com comando eletrônico de transmissão e dual power. O motor é Cummins, os freios de serviço multidisco em banho de óleo e a lâmina é do tipo "Roll Away", de perfil envolvente. Entre os acessórios opcionais estão a lâmina frontal e o ripper traseiro de 5 dentes. Os pesos operacionais, conforme os acessórios, variam entre 12,7 a 14,7 kg para a FG 140, 13,7 a 16,2 g, para a FG 170 e 18,0 a 18,5 kg para a FG 200.