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Revista M&T - Ed.23 - Mai/Jul 1994
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SOBRATEMA

Modernizando as obras de infraestrutura

É inevitável. Seja por uma visão mais social ou mais econômica, nas obras de infraestrutura, que as empresas estão tendo que procurar alternativas mais baratas e que interfiram menos no dia a dia da população. São cada vez mais importantes métodos e equipamentos que não afetem os sistemas viários, rios e lagos, e que diminuem, ao máximo possível, a poluição visual e sonora.
Ocorre que o sucesso dessas medidas é impossível se a escolha dos métodos de execução não for acertada e, com ela, a correta escolha dos equipamentos. Com os novos métodos que vêm sendo aplicados e testados é possível, por exemplo, evitar o valeteamento ou, se ele for necessário ou inevitável em algumas obras, tomá-lo o mais racional possível, reduzindo ao máximo a retirada de terra, o custo das escavações e, no caso de obras em estradas, o recapeamento.
Atenta para as novidades que vêm surgindo no mundo todo e buscando sempre estudar e divulgar as alternativas oferecidas pela evolução tecnológica, a SOBRATEMA realizou no último dia 27 de junho, no Instituto de Engenharia, uma palestra para discutir “Obras de infraestrutura: a importância dos equipamentos na escolha dos métodos de execução”.
Ao final do evento ficou claro que, naturalmente, o sucesso depende das circunstâncias da obra a ser executada. Nem sempre a vontade de evitar grandes escavações é possível. Mas nem por isso é preciso fazer estragos para se tocar uma obra de saneamento básico ou que requeira valeteamento à margem de rodovias.

Legenda: Sérgio Palazzo - SOTENCO

Obras de valeteamento contínuo já contam com máquinas que não destroem o que de útil já existe no local e que permitem a execução de serviços com bastante facilidade. Quem mostrou isso foi Sérgio Palazzo, da Sotenco. As modernas máquinas de valeteamento


É inevitável. Seja por uma visão mais social ou mais econômica, nas obras de infraestrutura, que as empresas estão tendo que procurar alternativas mais baratas e que interfiram menos no dia a dia da população. São cada vez mais importantes métodos e equipamentos que não afetem os sistemas viários, rios e lagos, e que diminuem, ao máximo possível, a poluição visual e sonora.
Ocorre que o sucesso dessas medidas é impossível se a escolha dos métodos de execução não for acertada e, com ela, a correta escolha dos equipamentos. Com os novos métodos que vêm sendo aplicados e testados é possível, por exemplo, evitar o valeteamento ou, se ele for necessário ou inevitável em algumas obras, tomá-lo o mais racional possível, reduzindo ao máximo a retirada de terra, o custo das escavações e, no caso de obras em estradas, o recapeamento.
Atenta para as novidades que vêm surgindo no mundo todo e buscando sempre estudar e divulgar as alternativas oferecidas pela evolução tecnológica, a SOBRATEMA realizou no último dia 27 de junho, no Instituto de Engenharia, uma palestra para discutir “Obras de infraestrutura: a importância dos equipamentos na escolha dos métodos de execução”.
Ao final do evento ficou claro que, naturalmente, o sucesso depende das circunstâncias da obra a ser executada. Nem sempre a vontade de evitar grandes escavações é possível. Mas nem por isso é preciso fazer estragos para se tocar uma obra de saneamento básico ou que requeira valeteamento à margem de rodovias.

Legenda: Sérgio Palazzo - SOTENCO

Obras de valeteamento contínuo já contam com máquinas que não destroem o que de útil já existe no local e que permitem a execução de serviços com bastante facilidade. Quem mostrou isso foi Sérgio Palazzo, da Sotenco. As modernas máquinas de valeteamento contínuo trabalham em qualquer material, inclusive rocha sã. O controle direcional pode ser deixado a cargo do operador, no caso de trechos pequenos ou ser controlado a laser. O material escavado pode ser lançado num caminhão ou ao lado da escavação.
Como qualquer método, entretanto, este tem suas limitações. O uso dessas máquinas, que têm vida útil de até 2.000 horas e executam valetas de 10 centímetros a 1,60 metros de largura por até 6 metros de profundidade, não é recomendado para locais que apresentam muita umidade. Como explicou Palazzo, a máquina precisa de resistência para mostrar todo o seu potencial. Assim, quanto mais resistente for a rocha, maior o resultado obtido.
Mas o que fazer se você precisar executar valas maiores em solos que precisem de escoramento? Para evitar a perda de tempo e o maior custo com escoramento, uma opção é trabalhar-se com uma máquina que abra a vala, dispense o escoramento e ainda permita que homens trabalhem dentro dela. Assim funciona o sistema “Blade Shield” de escoramento contínuo, apresentado por Jonny Altstadt, da Aguabrás. Verdadeira escavadeira mecânica, a máquina apresenta um conjunto de lâminas de avanço hidráulico que cortam as paredes da vala a uma velocidade de 25 a 30 metros por dia e permite o assentamento de tubos de até 5 metros de comprimento. O escoramento é necessário só num primeiro corte para colocação da máquina. Depois disso as lâminas vão cortando a terra e escorando as paredes enquanto a tubulação é colocada.
Nem sempre, porém, a execução de valas é necessária. Em muitos casos é mesmo necessário evitá-las, principalmente numa época em que fica evidente o incômodo que as próprias empresas sentem ao precisarem interromper ou desviar o tráfego em vias públicas. Basta ver as placas cada vez mais presentes nas ruas pedindo desculpas pelo transtorno causado por esta ou aquela obra. As empresas tentam mostrar que estão sendo tão incomodadas quanto a população.

Legenda: Paulo Dequesh - SONDEQ

Formas não convencionais de construção de túneis e de passagem de tubulações sem criar transtornos para a população e o meio ambiente já são encontradas no mundo tudo e o evento programado pela SOBRATEMA não deixou de destacar essa nova tecnologia. Existem equipamentos para todas as necessidades. Se a obra a ser executada pede a perfuração uni- direcional para a colocação de tubos ou cabos, isso pode ser feito, por exemplo, através de novos equipamentos, como bem mostrou o engenheiro Paulo Dequesh, da Sondeq. Perfurações com diâmetros que variam de 45 milímetros a 2 metros são feitas com precisão em terrenos menos problemáticos. A cabeça do cilindro, que faz a perfuração impulsionado por um compressor, tem direção controlada e permite alto grau de precisão na perfuração, avançando de 3 a 15 metros por hora, a um baixo custo.
Se a obra pede uma per- furação direcional, já se pode contar com um equipamento como o que foi apresentada pela Sotenco. Devido a um sistema de pequenas pás à frente da cabeça perfura- triz é possível fazerem-se alterações de curso até com curvas precisas. Possibilitando travessias até 400 metros, este método abre o furo e, na puxada, vem aumentando o diâmetro desse mesmo buraco, até alcançar-se o tamanho desejado e trazendo o cabo a ser colocado.
Como parte da programação, um sistema criado para a execução de micro- túneis foi apresentado no encontro, por Hugo Passarelli, da Micro-Tunel do Brasil. Possibilitando a cravação de tubos de até 3 metros de diâmetro, eles também dispensam a abertura de valas no sistema viário. Guiado por uma microcâmera de TV colocada à frente do equipamento, ele perfura até 120 metros entre poços e são desenhados para solos instáveis e com alta pressão hidrostática. Os equipamentos de micro túnel possuem um triturador que reduz o tamanho das pedras que são retiradas e, até mesmo, destrói tubulações já existentes.

Legenda: Jonny Altstadt - ÁGUABRAS

Não foi esquecido também, um trabalho tão importante quanto a boa construção dos túneis: a sua manutenção. Foram a presentados os equipamentos da Sika Robotics, da Suíça, que fazem a manutenção de tubulação com diâmetros que variam de 150 a 800 milímetros, detectando e conservando trincas, infiltrações ou qualquer outro problema estrutural encontrado nessas tubulações.
Um alerta, porém, foi deixado por todos os apresentadores. É muito importante um bom cadastramento do terreno. Os equipamentos de perfuração estão se sofisticando e, por isso, um cadastramento mal-feito pode causar muitos desvios e paradas no trabalho, anulando as reduções de custos esperados inicialmente obtidos.
E tão importante quanto a melhoria no equipamento, ficou a certeza de que a mão-de-obra, desde que bem treinada, aceita com tranquilidade essa evolução tecnológica, ajudando ainda mais no ganho em produtividade e qualidade das obras de infra-estrutura.

Carlos Raíces

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