Revista M&T - Ed.192 - Julho 2015
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Editorial

Mercado em looping

"As últimas semanas trouxeram novidades que podem animar as expectativas do setor de infraestrutura e, por consequência, dos fabricantes de equipamentos móveis para construção"

Frente às dificuldades encontradas para recuperar o ambiente econômico, as últimas semanas trouxeram novidades que podem injetar otimismo no setor de infraestrutura e, por consequência, nos fabricantes de equipamentos móveis para construção.

De fato, são possibilidades que se abrem para que o país possa sair do atoleiro. Primeiro, temos a adaptação da indústria ao cenário de baixas vendas. Com a crise, os fabricantes de máquinas pesadas vêm investindo para ampliar a participação de peças e serviços no faturamento, aprimorando a atuação com portfólios específicos para o mercado de reposição. Segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), em um ano o share do segmento de serviços saltou de 13,8% para 17%, principalmente com o crescimento do negócio de manutenção da frota circulante. Mais que isso, o pós-venda representa sobrevivência de longo prazo para as empresas, permitindo rentabilidade além da venda e aumento da fidelização do cliente.

Depois, temos a tão ansiada retomada das obras. Nesse sentido, o ponto auspicioso é o novo pacote de infraestrutura – anunciado no início de junho e que alcança uma cifra de 198,4 bilhões de reais para modernizar aeroportos, rodovias, ferrovias e portos –, no qual o governo federal se esforça para tornar as concessões mais atrativas, seja por meio da elevação da taxa de retorno dos projetos e extensão do prazo de concessão até a flexibilização das exigências de aportes.


Frente às dificuldades encontradas para recuperar o ambiente econômico, as últimas semanas trouxeram novidades que podem injetar otimismo no setor de infraestrutura e, por consequência, nos fabricantes de equipamentos móveis para construção.

De fato, são possibilidades que se abrem para que o país possa sair do atoleiro. Primeiro, temos a adaptação da indústria ao cenário de baixas vendas. Com a crise, os fabricantes de máquinas pesadas vêm investindo para ampliar a participação de peças e serviços no faturamento, aprimorando a atuação com portfólios específicos para o mercado de reposição. Segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), em um ano o share do segmento de serviços saltou de 13,8% para 17%, principalmente com o crescimento do negócio de manutenção da frota circulante. Mais que isso, o pós-venda representa sobrevivência de longo prazo para as empresas, permitindo rentabilidade além da venda e aumento da fidelização do cliente.

Depois, temos a tão ansiada retomada das obras. Nesse sentido, o ponto auspicioso é o novo pacote de infraestrutura – anunciado no início de junho e que alcança uma cifra de 198,4 bilhões de reais para modernizar aeroportos, rodovias, ferrovias e portos –, no qual o governo federal se esforça para tornar as concessões mais atrativas, seja por meio da elevação da taxa de retorno dos projetos e extensão do prazo de concessão até a flexibilização das exigências de aportes.

Em relação a investimentos, recentemente foi noticiado que o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) prepara a emissão de títulos no mercado brasileiro como forma de contribuir para o financiamento da infraestrutura no país, aumentando a necessária participação de fontes alternativas no setor. Na mesma linha, o FGTS aprovou a liberação de 10 bilhões de reais para reforçar o caixa do BNDES no financiamento de infraestrutura, por meio de um fundo em que os trabalhadores poderão aplicar parte de seus saldos. Provavelmente, a recém-anunciada linha de crédito ProBK (Programa de Bens de Capitais) do BNDES é fruto desta iniciativa.

Além disso, em visita ao Brasil os chineses demonstraram interesse em investir 50 bilhões de dólares na infraestrutura nacional, incluindo participação em obras a serem construídas do zero – como os 1.000 km da Ferrovia de Integração Centro-Oeste – e em projetos já em andamento – como os 1,5 mil km da Ferrovia Norte-Sul.

Por fim, mas não menos importante, tivemos a realização da M&T Expo 2015, que recebeu um público altamente qualificado de quase 46 mil visitantes e, uma vez mais, serviu como importante termômetro e estímulo de negócios, cuja cobertura o leitor pode acompanhar a partir desta edição. Boa leitura.

Permínio Alves Maia de Amorim Neto

Presidente do Conselho Editorial

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