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Revista M&T - Ed.65 - Jun/Jul 2001
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Pavimentação

Maior reciclagem é a novidade em usinas de asfalto

Com upgrades diferentes, mas seguindo a tendência atual do mercado de pavimentação, CMI-Cifali e Ciber lançam usinas de solo móveis com sistema de contra-fluxo.

Representação esquemática da usina de contrafluxo Ciber

O sistema de contra-fluxo, que permite a aceitação de um maior percentual de reciclagem em usinas de asfalto a quente, com redução do nível de emissão de substâncias tóxicas originadas pelo processo de combustão, deixou de ser um ilustre desconhecido do mercado de pavimentação nacional.

Dois modelos, lançados recentemente, pelas fabricantes CMI-Cifali e Ciber Equipamentos Rodoviários já incorporam essa tecnologia. No caso da primeira, ela é chamada de Triple Drum e foi desenvolvida pela norte-americana CMI Corporation, associada à Cifali desde o final do ano passado, o que garantiu a entrada no Brasil do modelo Road Diamond, usina com capacidade de produção de 110 t/hora.

Na Ciber,


Representação esquemática da usina de contrafluxo Ciber

O sistema de contra-fluxo, que permite a aceitação de um maior percentual de reciclagem em usinas de asfalto a quente, com redução do nível de emissão de substâncias tóxicas originadas pelo processo de combustão, deixou de ser um ilustre desconhecido do mercado de pavimentação nacional.

Dois modelos, lançados recentemente, pelas fabricantes CMI-Cifali e Ciber Equipamentos Rodoviários já incorporam essa tecnologia. No caso da primeira, ela é chamada de Triple Drum e foi desenvolvida pela norte-americana CMI Corporation, associada à Cifali desde o final do ano passado, o que garantiu a entrada no Brasil do modelo Road Diamond, usina com capacidade de produção de 110 t/hora.

Na Ciber, corre na mesma linha a Maxi-Mobile (ou máxima mobilidade), de fabricação nacional e tecnologia alemã, para 80 t/hora. Além disso, as usinas têm em comum a montagem em chassis único (cabine de comando, dosador, secador e filtro de mangas) para facilitar o deslocamento e a operação computadorizada.

CONTRA-FLUXO

Usina de asfalto CMI Cifali em operação na Argentina

A tecnologia Triple Drum, ou de contra-fluxo lembra Romeu Zoppé, diretor da CMI-Cifali, consiste na entrada dos agregados virgens em sentido contrário ao queimador, instalado no interior do equipamento, o que aumenta a capacidade de aquecimento. Depois de secos, os agregados são conduzidos por um corpo duplo, em aço inox, por uma entrada que também serve ao material reciclado. Pelo movimento giratório do tambor triple drum é feita a mistura, a transferência de calor entre os dois materiais e a troca térmica por indução da câmara de combustão interna. Os agregados misturados retornam, então, ao tambor principal, onde recebem a injeção do ligante asfáltico. Os gases tóxicos emanados pelo ligante, aquecido ao passar pela zona de combustão, são totalmente queimados por um sistema de exaustão posicionado junto à entrada dos agregados o que garante, ainda, um baixo consumo de combustível por tonelada de massa asfáltica produzida.

Para Zoppé, "com essa tecnologia, o Road Diamond atende a todos os empreiteiros, dos pequenos aos grandes, porque é uma usina que gasta pouco combustível, com uma eficiência altíssima e a vantagem de se poder acrescentar até 50% de reciclado quando, antes, se colocava 10 ou 12% e corria-se o risco de uma explosão". Outras vantagens são a montagem em chassi transportável, dispensando base ou qualquer estrutura de instalação, como guindastes e equipamentos especiais.

"Depois de concluído o serviço, basta desengatar os cabos elétricos, engatar a usina em um cavalo mecânico comum e seguir pela estrada", concluiu. A usina está dentro das especificações de peso por eixo e dimensões não apenas da legislação rodoviária brasileira, como do Mercosul.

Outras opções em usinas de solo móveis da fabricante, são os modelos da linha CCR, para produção entre 150 e 600 t/hora. Os modelos operam com dosador triplo ou quádruplo, várias opções de automatização e possuem uma baixa altura de abastecimento, o que elimina a necessidade de efetuar descargas apenas em barrancos. Homologados pelo Renavam, os modelos têm como opcionais a cabine de operação, cabine de comando climatizada e tanque de água com capacidade de 18 mil I.

A Maxi-móbile da Ciber, fabricada no Brasil, também é montada em chassi único, conta com sistema de contra-fluxo e pode ser transportada por um cavalo mecânico. "É um equipamento novo, com apenas cinco unidades vendidas no Brasil até agora, desde dezembro do ano passado quando foi colocada no mercado”, explica o diretor comercial Clauci Mortari.

O tanque de armazenamento de asfalto tem capacidade para 80 t e o percentual de reciclagem aceito é de cerca de 20%. A usina que, por suas dimensões, necessita de uma licença especial para trafegar, é totalmente automatizada e se comunica com a oficina através de modem.

A fabricante também acaba de lançar dois novos modelos de fresadoras, a W350 e a W500. A primeira, indicada para reparos em rodovias e serviços de tapa-buracos e fresagem em recintos fechados, como pisos industriais e estacionamentos, tem largura de fresagem de 350 mm, profundidade de 100 mm e velocidade de trabalho de 0-20 m/min. No caso da W500, a grande novidade, diz Mortari, é o sistema de troca rápida do rolo.

"Pode-se ter um rolo para cada tipo de fresagem (perfis em forma de cunha ou em paralelo) e para microfresagem, que pode ser trocado em menos de duas horas quando, antes era preciso desmontar toda a máquina ou nem era possível substituir". O modelo, que pode ser utilizado ainda em serviços de abertura de valas para tubulações, tem profundidade de 160 mm e motor de 79 Kw de potência.

Na mesma área, a CMI-Cifali está importando dos Estados Unidos as fresadoras R$ 425,500 e 600 que, segundo Romeu Zoppé, já têm projeto para fabricação no país e a PRT. Esta última, fresa uma determinada espessura da capa asfáltica que, reciclado, pode ser adicionado numa usina junto com o material virgem. "Ele arraia material e o entrega na mesma granulometria especificada pelo projeto da massa”, garantiu.

Clauci Mortari, da Ciber, ressalta que a área de fresagem, principalmente nos grandes centros urbanos, deve ser vista com otimismo. "A tendência mundial, em todos os segmentos é reciclagem - tanto no pavimento asfáltico, como no de concreto. Mesmo aqui, onde ainda há muitos recursos naturais, a solução deve se encaminhar para isso, já que temos milhares de quilômetros deteriorados, onde não adianta reparar, tapar buracos, mas sim, com a reciclagem, usar o pavimento destruído como base ou reforço”, argumentou.

O sistema "triple drum" contrafluxo da CMI-Cifali

CONCRETO

Na avaliação de Clauci Mortari, diretor comercial da Ciber, as inovações vem de encontro a um mercado de pavimentação que passa, de modo geral, por um reaquecimento, não somente no que diz respeito ao asfalte também no concreto, "que está retomando seus patamares antigos, graças ao grande empenho, nesse sentido, da ABCP "(Associação Brasileira de Fabricantes de Cimento Portlland).

Como exemplos, ele citou as obras de 300 km de uma rodovia, ligando Jaboatão a Recife, em Pernambuco, a perimetral em obras na cidade de Porto Alegre (RS) e o projeto de uma nova freeway, também no Rio Grande do Sul, a BR 290, onde o pavimento asfáltico será recoberto por uma camada de concreto, eliminando uma série de problemas estruturais. “No momento, a concessionária, que utiliza equipamento Wirtgen, está testando essa solução num trecho de 3 km, que pode ser estendido para outros 60 km", explicou.

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