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Revista M&T - Ed.251 - Fev/Mar 2021
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Editorial

Investimento em infraestrutura requer novas práticas

"A maioria dos países lançou planos de estímulo para lidar com a pandemia, mas para que o boom incipiente em infraestrutura produza melhores resultados, governos e empresas devem aprender a adotar as melhores práticas existentes no mundo."

Artigo recente publicado na revista The Economist traz alguns pontos interessantes de reflexão sobre o futuro da infraestrutura. De saída, a publicação aponta que o investimento público e privado atual, estagnado em 3 a 4% do PIB mundial, é muito baixo para manter os envelhecidos ativos nos países desenvolvidos ou mesmo para fornecer água potável e eletricidade em países emergentes.

Além disso, no momento em que políticos do mundo inteiro pedem mais despesas com infraestrutura, é forçoso admitir que poucas indústrias têm um histórico tão criticado em termos de prazos e orçamento. “Frequentemente, o estouro dos orçamentos em projetos de infraestrutura ultrapassa 25%”, assinala a principal publicação global de análises econômicas.

Frente a tal reputação, para que o boom incipiente – a maioria dos países lançou planos de estímulo para lidar com a pandemia – produza melhores resultados, “governos e empresas devem aprender a adotar as melhores práticas existentes no mundo”, sugere a publicação.

De fato, o novo presidente americano, Joe Biden, já disse que pretende gastar 2 bi


Artigo recente publicado na revista The Economist traz alguns pontos interessantes de reflexão sobre o futuro da infraestrutura. De saída, a publicação aponta que o investimento público e privado atual, estagnado em 3 a 4% do PIB mundial, é muito baixo para manter os envelhecidos ativos nos países desenvolvidos ou mesmo para fornecer água potável e eletricidade em países emergentes.

Além disso, no momento em que políticos do mundo inteiro pedem mais despesas com infraestrutura, é forçoso admitir que poucas indústrias têm um histórico tão criticado em termos de prazos e orçamento. “Frequentemente, o estouro dos orçamentos em projetos de infraestrutura ultrapassa 25%”, assinala a principal publicação global de análises econômicas.

Frente a tal reputação, para que o boom incipiente – a maioria dos países lançou planos de estímulo para lidar com a pandemia – produza melhores resultados, “governos e empresas devem aprender a adotar as melhores práticas existentes no mundo”, sugere a publicação.

De fato, o novo presidente americano, Joe Biden, já disse que pretende gastar 2 bilhões de dólares em estradas, redes elétricas e ferrovias, buscando apoio para seus planos de governo. Do mesmo modo, a União Europeia acaba de aprovar um orçamento de 1,8 bilhão de euros, parte do qual se destina a investimentos em infraestrutura digital e recursos energéticos. “A nova paixão pela infraestrutura é compreensível”, pondera o artigo. “As baixas taxas de juro significam que o financiamento está barato, enquanto muitos economistas não cansam de repetir que o retorno é atrativo.”

No entanto, a experiência deixa lições. Os governos deveriam selecionar mais criteriosamente os projetos, criando uma lista única e escolhendo aqueles com o maior retorno de investimento.

Essa avaliação, diz a The Economist, deve levar em conta as externalidades, incluindo o impacto nas emissões e nos prazos de entrega, ademais uma fonte constante de estouro nos custos. E, adicionalmente, que deve ser realizada por organismos independentes dos que constroem e gerem os bens. “Muitas vezes, os projetos selecionados não são as obras monumentais que os políticos tanto gostam, mas simples reparos e atividades de manutenção”, diz a gabaritada revista inglesa.

A segunda lição é saber aproveitar o setor privado. E não apenas como fonte de capital – os fundos globais de infraestrutura têm mais de 200 bilhões de dólares à espera de investimento –, pois os projetos com investidores privados também tendem a ser mais bem-geridos. Mas, para tanto, é crucial haver segurança contratual e contar com órgãos reguladores independentes, que protejam os contribuintes, mas também deem aos investidores uma certeza razoável de um rendimento adequado. Boa leitura.

Permínio Alves Maia de Amorim Neto
Presidente do Conselho Editorial

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