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Revista M&T - Ed.225 - Julho 2018
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Lançamento

Inovação no conceito

Caterpillar inicia a atualização de seu portfólio de escavadeiras pela classe de 20 t, que ganha três opções totalmente redesenhadas e com mais eletrônica embarcada
Por Marcelo Januário

Dando sequência ao processo de automação das máquinas de fábrica, a Caterpillar apresentou em junho sua Nova Geração de escavadeiras de 20 t. Composta pelos modelos 320GC, 320 e 323, a série foi lançada globalmente no final do ano passado, começando pela China, onde já foram vendidas mais de 5 mil unidades. Agora, chega agora ao mercado latino-americano com novidades que vão do design aos sistemas embarcados no produto.

Com a promessa de trazer ganhos em produtividade, consumo e manutenção, os modelos substituem as séries anteriores e abrem a renovação programada de toda a linha de escavadeiras da marca, que deve ser concluída nos próximos anos com a atualização dos demais portes.

Segundo a empresa, a opção de lançar três modelos busca suprir os diferentes perfis de trabalho encontrados na categoria. “Tudo é uma questão de opção e escolha, pois nem toda aplicação precisa de tanta tecnologia, principalmente em serviços de apoio”, diz Bernadette Manso, diretora de vendas da Caterpillar para a América Latina.

A estratégia se explica ainda pelo fa


Dando sequência ao processo de automação das máquinas de fábrica, a Caterpillar apresentou em junho sua Nova Geração de escavadeiras de 20 t. Composta pelos modelos 320GC, 320 e 323, a série foi lançada globalmente no final do ano passado, começando pela China, onde já foram vendidas mais de 5 mil unidades. Agora, chega agora ao mercado latino-americano com novidades que vão do design aos sistemas embarcados no produto.

Com a promessa de trazer ganhos em produtividade, consumo e manutenção, os modelos substituem as séries anteriores e abrem a renovação programada de toda a linha de escavadeiras da marca, que deve ser concluída nos próximos anos com a atualização dos demais portes.

Segundo a empresa, a opção de lançar três modelos busca suprir os diferentes perfis de trabalho encontrados na categoria. “Tudo é uma questão de opção e escolha, pois nem toda aplicação precisa de tanta tecnologia, principalmente em serviços de apoio”, diz Bernadette Manso, diretora de vendas da Caterpillar para a América Latina.

A estratégia se explica ainda pelo fato de o mercado de escavadeiras médias atualmente ser o maior do mundo no setor de máquinas para construção, com 65% dessa indústria. Atendida no Brasil por mais de dez fabricantes, a classe também é uma das mais pulverizadas, com demanda nos mercados agrícola, de construção, mineração e rental.

Mais tecnológico, o modelo 323 é a máquina de produção da nova linha

Em 2017, o mercado interno movimentou 2.325 escavadeiras, quase 30% do total de máquinas para construção vendidas no ano. Para 2018, a previsão é de que a demanda chegue a 3.500 unidades. Isso tudo faz desta família a mais importante do setor, tanto que a Caterpillar possui uma divisão específica para o segmento. “Especificamente na construção, a família de escavadeiras representa em torno de 55% do volume total de negócios da marca”, posiciona a executiva.

Inaugurando uma nova nomenclatura (doravante sem letras na identificação dos modelos), a linha foi concebida com todo o componente nacional necessário para obtenção de financiamento. “A linha já sai com Finame, o que possibilitou inclusive o desenvolvimento de fornecedores, fortalecendo a cadeia produtiva”, comenta Andrea Park, diretora de assuntos governamentais e corporativos da Caterpillar.

MELHORIAS

Para ganhar terreno, a fabricante aposta suas fichas em máquinas totalmente redesenhadas, em um processo que consumiu cinco anos de desenvolvimento. Com um modelo de entrada (320GC), um intermediário (320) e um de produção (323), a Nova Geração eliminou completamente o sistema hidráulico piloto, que “roubava” potência do motor, passando a operar com um sistema eletrohidráulico, com comando elétrico na válvula principal e bombas hidráulicas maiores, que reduzem as perdas de pressão.

Ao eliminar 50 m de mangueiras, 25 l de óleo hidráulico e diversos filtros – como o de dreno –, diminuiu-se a complexidade técnica, reduzindo os custos de manutenção em 15%, segundo testes realizados pela fabricante. “Na parte hidráulica, em um ciclo de 6 mil horas trocavam-se 15 filtros, mas agora trocam-se apenas dois”, garante Paulo Trigo, representante técnico da fabricante.

O filtro de ar ganhou um pré-purificador do tipo ciclônico, que separa as partes mais pesadas em suspensão no ar, duplicando a vida útil do elemento principal. Também foi obtida uma melhor filtragem do óleo, com o adicionamento de uma válvula de drenagem para evitar contaminação cruzada.

Já no filtro de retorno, foi introduzido um sistema para prevenir a aeração, estendendo a vida do óleo ao evitar a criação de bolhas. Além disso, a máquina passou a ter um dispositivo na saída do tanque, composto por uma tela metálica com elementos imantados internamente, que retêm os contaminantes oriundos do desgaste natural de pistões, por exemplo. “Essa peça não é trocada, mas lavada quando se substitui o óleo hidráulico”, completa Trigo.

Construído com material não metálico, o tanque hidráulico ganhou novo formato ovalado, o que eliminou os cantos vivos e permitiu maior homogeneização da temperatura do óleo. “A nova posição do tanque ocupa espaços vazios e aumenta a visibilidade lateral”, diz o especialista, destacando que agora há dois pontos de dreno de amostra para análise de óleo, em cima da máquina e ao alcance do solo. “Todas essas alterações permitirem obter um processo mais uniforme e consistente, com padronização dos ciclos e ganhos nos intervalos de manutenção.”

Em relação à 320 Série C, a rotação do motor da nova linha foi reduzida de 2.200 rpm para 1.650 rpm. Para compensar, a bomba passou a operar com maior volume hidráulico, agregando 8% a mais de potência. “Motor que vira menos, consome menos, sem perda de potência”, assegura Dirceu Victo, consultor de engenharia de produto.

A partida do motor, que traz injeção eletrônica nos três modelos, agora é feita sem chave física, apenas com o uso de senha. O sistema também memoriza as configurações de uso para cada operador, permitindo o rastreio da produção. “Há ainda opções de chave bluetooth e de app no celular, além de ser possível configurar o horário de trabalho, protegendo a máquina contra furto”, explica Kéizer Birke, especialista de aplicação de produto.

Outras características comuns aos modelos incluem cabinas ROPS (Rollover Protective Structures) com perfil baixo e suportes viscosos para redução da vibração, display de cristal líquido sensível ao toque com 203 mm, câmera traseira de alta resolução, ventiladores elétricos controlados individualmente, joysticks configuráveis e luz LED na cabina, lança e estrutura.

DISTINÇÕES

Obviamente, as máquinas trazem distinções importantes entre si. Equipado com motor de quatro cilindros, o modelo 320GC chega com o menor preço dentro das marcas Premium. Com carro curto, caçamba padrão de 1 m3 e contrapeso de 3,7 t, é o modelo com o menor custo por hora. “Não há sensores, porém todos os benefícios tecnológicos estão presentes neste modelo”, afirma Maurício Briones, especialista de aplicação da empresa.

Já os modelos 320 e 323 incorporam tecnologias de assistência automática de nivelamento, que podem trabalhar simultaneamente a partir de botões de acionamento intuitivo na tela. Agora padrão de fábrica, o Cat Grade 2D deixou de ser um módulo e incorpora uma série de recursos, acionados no computador da máquina. “A plataforma tecnológica é a mesma em todos os países”, afirma Briones. “A tecnologia já existia em segmentos específicos e pulverizados, mas era cara de instalar, com até 15 dias de máquina parada.”

Os recursos incluem sistemas de profundidade e inclinação, compensando os movimentos da lança, braço, caçamba e giro por meio de três sensores com acelerômetro instalados na máquina. “O operador ganhou um topógrafo que vai dizer o tempo todo se a operação está na medida”, diz o especialista, explicando que ainda há as opções de Grade 2D Advanced, com mais perfis, e Grade 3D, instalado via Sitech.

Como não são sensores de aproximação, ainda é preciso fazer o input de referência no sistema. Feito isso, a máquina reproduz o movimento programado, inclusive os pontos de parada, de modo que o operador não toca mais no controle. A máquina não permite o erro, pois bloqueia o movimento do joystick relacionado ao movimento. “Esse recurso é complementado por uma cerca eletrônica (e-Fence), que evita movimentos de riscos e também protege a cabina contra choques”, comenta Marcelo Cucatti, representante comercial da fabricante. “Isso impede que qualquer parte da escavadeira se mova para fora dos pontos de ajuste definidos pelo operador.”

Com trem rodante mais longo, os dois modelos agora também trazem balança embarcada (payload), que traça referências sobre o carregamento, incluindo peso real, número de ciclos e metas. A 320 pode receber todas as caçambas da linha, de 1 m3 a 1,6 m3, enquanto para a 320 é recomendado o implemento de 1,4 m3. “A balança já era conhecida no mercado de mineração, equipando a 374 e 390F”, pontua Briones. “O que trazemos agora é a consolidação desta tecnologia em um só equipamento, já saindo de fábrica.”

Reforçado, o modelo 323 possui contrapeso maior, de 5,2 t, contra 3,7 t da 320. Ambos possuem três modos de configuração do motor Tier III de seis cilindros (Eco, Smart, Power), sendo que a rotação é ajustada automaticamente de acordo com a demanda hidráulica, prometendo assim consumir até 20% a menos de combustível. “O acelerador passou de dez para sete velocidades”, diz o especialista.

EXPECTATIVAS

Com tantos atrativos, a expectativa é das melhores. Em termos de produto, o lançamento propõe-se a aumentar em 45% de eficiência do operador. “O comportamento do operador pode afetar até 30% dos custos finais da obra”, justifica Briones. “A máquina oferece recursos para evitar erros do operador, mas não é algo mágico.”

Isso porque, segundo ele, em nenhum momento será possível prescindir do talento do operador. “É preciso que ele seja qualificado, para que saiba a melhor forma de programar e tirar proveito dessa tecnologia”, destaca. “A máquina continua sendo uma escavadeira, só que agora há acessórios que ajudam no acabamento.”

Para o usuário, a grande vantagem da tecnologia está na curva de aprendizagem de novos operadores. “Um operador experiente vai se adaptar de forma rápida, porque a tecnologia é intuitiva”, avalia. “Já um operador que está entrando agora no mercado pode alcançar níveis ótimos de trabalho em uma velocidade muito maior, pois tem um assistente trabalhando com ele. E isso representa um avanço muito grande na qualificação de operadores.”

Em relação às expectativas de desempenho comercial da nova linha, a Caterpillar certamente põe mais pressão na concorrência, apesar de não divulgar seu share atual. Já no que tange ao preço dos produtos, a empresa afirma que a variação da tabela segue a configuração de cada modelo, levando em conta se há opcionais, a configuração de caçamba e outros fatores. “A gente também sabe que em cada estado é praticado um preço diferente”, comenta José Fonseca, gerente de vendas da Caterpillar, sem revelar o ajuste.

CONFIRA ESPECIFICAÇÕES DA NOVA GERAÇÃO:

Modelo

320 GC


320


323

Motor Cat C4.4 Acert Cat C7.1 Acert Cat C7.1 Acert
Potência bruta (kW) 108 118 118
Peso de operação (kg) 20.500 22.000 24.500
Profundidade máx. de escavação* 6.730 6.730 6.730
Alcance máx. ao nível do solo* 9.860 9.860 9.870
Altura máx. de carregamento* 6.490 6.490 6.480

*Em mm, com lança de 5,7 m e braço de 2,9 m.

Fabricante registrou recorde no lucro por ação no primeiro trimestre do ano

FABRICANTE OBTÉM RECORDE NO 1º TRIMESTRE

No primeiro trimestre, as vendas globais da Caterpillar geraram receitas de 12,9 bilhões de dólares, o que representa um avanço de 31% sobre os 9,8 bilhões obtidos no mesmo período do ano passado. Como destaque, o lucro de 2,74 dólares por ação foi um recorde histórico para este período do ano, informa a companhia.

Neste desempenho, a fabricante destaca a força da construção e do setor de óleo & gás na América do Norte e o desenvolvimento da infraestrutura na China, além da continuidade de recuperação na América Latina. “Quero agradecer ao nosso time global por esses resultados marcantes”, comemorou Jim Umpleby, CEO da empresa. “A combinação de vigor em muitos dos nossos mercados-chave e o foco contínuo da nossa equipe em excelência operacional – incluindo um rigoroso controle de custos – nos ajudou a entregar margens maiores e a obter esse lucro recorde.”

Saiba mais:

Caterpillar: www.cat.com/pt_BR

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