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Revista M&T - Ed.210 - Março 2017
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Editorial

Impressão de máquinas a um passo da realidade

"O projeto AME deu mais um passo importante com a impressão de um protótipo que utiliza novas tecnologias para fabricação de aditivos em larga escala e explora a viabilidade de impressão com ligas metálicas"

Realizada agora em março, a edição 2017 da ConExpo-CON/AGG apresenta uma inovação tecnológica que promete revolucionar a indústria global de equipamentos pesados. Em seu novo espaço voltado para projetos inovadores em materiais, máquinas, sistemas e softwares, o evento apresenta em Las Vegas um projeto que vem sendo desenvolvido há dois anos por um consórcio que reúne associações, indústria, governo e academia para criar a primeira escavadeira operacional do mundo impressa em tecnologia 3D.

Conhecido como AME (Additive Manufactured Excavator), o projeto deu mais um passo importante com a recente impressão de um protótipo que utiliza novas tecnologias para fabricação de aditivos em larga escala e explora a viabilidade de impressão com ligas metálicas. Neste exato momento, a escavadeira está sendo construída no Laboratório Nacional de Oak Ridge (ORNL), no Tennessee, que desenvolve todos os processos necessários para a impressão em 3D da máquina.

Por enquanto, os esforços estão concentrados na criação e montagem de três componentes: cabine, braço e trocador de calor. Para tanto, os pesquisadores utilizam plástico ABS (Acrilonitrila Butadieno Estireno) reforçado com fibra de carbono. Segundo os engenheiros do projeto, “o braço da escavadeira já será fabricado com a utilização da técnica recém-desenvolvida de produção de aditivos para impressão de componentes metálicos”.

Marco zero de uma nova era tecnológica para o setor, a escavadeira é um projeto conj


Realizada agora em março, a edição 2017 da ConExpo-CON/AGG apresenta uma inovação tecnológica que promete revolucionar a indústria global de equipamentos pesados. Em seu novo espaço voltado para projetos inovadores em materiais, máquinas, sistemas e softwares, o evento apresenta em Las Vegas um projeto que vem sendo desenvolvido há dois anos por um consórcio que reúne associações, indústria, governo e academia para criar a primeira escavadeira operacional do mundo impressa em tecnologia 3D.

Conhecido como AME (Additive Manufactured Excavator), o projeto deu mais um passo importante com a recente impressão de um protótipo que utiliza novas tecnologias para fabricação de aditivos em larga escala e explora a viabilidade de impressão com ligas metálicas. Neste exato momento, a escavadeira está sendo construída no Laboratório Nacional de Oak Ridge (ORNL), no Tennessee, que desenvolve todos os processos necessários para a impressão em 3D da máquina.

Por enquanto, os esforços estão concentrados na criação e montagem de três componentes: cabine, braço e trocador de calor. Para tanto, os pesquisadores utilizam plástico ABS (Acrilonitrila Butadieno Estireno) reforçado com fibra de carbono. Segundo os engenheiros do projeto, “o braço da escavadeira já será fabricado com a utilização da técnica recém-desenvolvida de produção de aditivos para impressão de componentes metálicos”.

Marco zero de uma nova era tecnológica para o setor, a escavadeira é um projeto conjunto de nove entidades, entre associações industriais e instituições de pesquisa dos EUA. A ideia começou a surgir em 2014, quando membros da Associação Nacional de Energia de Fluidos (NFPA) se impressionaram com um carro impresso em 3D no ORNL. Desde então, seguiram-se diversos debates sobre como fazer um projeto semelhante para a indústria de equipamentos móveis pesados.

No Brasil, é bom lembrar, fabricantes como a CNHi já utilizam uma máquina de impressão tridimensional na fabricação de algumas peças, assim como de aparatos e dispositivos para montagem. Como se vê, o que há pouco era uma quimera já se aproxima da realidade, para a surpresa de muitos observadores, mas não de M&T, que há quase dois anos (julho de 2015, mais exatamente) já havia publicado comentários do presidente da Caterpillar Brasil, Odair Renosto, sobre a tendência, que em um futuro ainda indeterminado promete transformar não apenas a produção industrial, mas também a inteligência logística, o atendimento em campo e a própria gestão de frotas. Por enquanto, é aguardar e conferir o desenrolar deste desafio em P&D que engendrará um verdadeiro turning point para o setor. Boa leitura.

Permínio Alves Maia de Amorim Neto

Presidente do Conselho Editorial

 

 

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