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Revista M&T - Ed.51 - Fev/Mar 1999
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Operação

Escrêipers x Caminhões

Em que situação deve-se utilizar cada um dos sistemas?

Escrêiper ainda é imbatível em algumas aplicações

Por Wilson Bigarell

Quando sc procura estabelecer um comparativo entre os moto-escrêipers e os caminhões articulados ou rígidos em sistemas de carregamento e transporte, uma referência obrigatória é a Caterpillar, que fabrica equipamentos que podem ser utilizados em ambas as configurações.
"Temos a vantagem de já sabermos os custos e as avaliações para cada sistema, quais são as melhores situações para cada um trabalhar. Basicamente, há alguns critérios para se selecionar um sistema de carregamento, ascomo distância do carregamento, as condiçoes do terreno, o tipode material que se esta carregando, e qual o tipo de máquina que seráutilizada para carregar o caminhão ou o escrêiper", diz Paul Ludwigsen, gerente comercial do Centro de Produtos da Caterpillar Brasil.
João Batista do Prado, da gerência de projetos da empresa, diz que dentre os parâmetros utilizados nessa avaliação, o fator principal é a distância. “Quando ela supera 2,õ Km, o custo de operação, devido ao tempo que se demora para levar o material e voltar para carregar de novo, e o custo de combustível, recomendam o uso dos caminhões articulados ou rígidos".
No caso, ele está comparando os dois sistemas como um todo,ou seja, o CAT633, um escrêiper com elevador, auto-carregável, conjugado a um equipamento auxiliar de esteiras (um trator, por exemplo), com os sistemas de carregadeiras ou escavadeiras associadas a caminhões articulados ou rígidos. “O que está em questão é o custo por tonelada transportada nos dois sistemas. Estamos calculando o custo de máquinas para carregar, sejam escavadeiras ou carregadeiras, com o caminhão, e o custo do escrêiper e dotrator para empurrar".
Basicamente, deve-se levar em conta a distância do carr


Escrêiper ainda é imbatível em algumas aplicações

Por Wilson Bigarell

Quando sc procura estabelecer um comparativo entre os moto-escrêipers e os caminhões articulados ou rígidos em sistemas de carregamento e transporte, uma referência obrigatória é a Caterpillar, que fabrica equipamentos que podem ser utilizados em ambas as configurações.
"Temos a vantagem de já sabermos os custos e as avaliações para cada sistema, quais são as melhores situações para cada um trabalhar. Basicamente, há alguns critérios para se selecionar um sistema de carregamento, ascomo distância do carregamento, as condiçoes do terreno, o tipode material que se esta carregando, e qual o tipo de máquina que seráutilizada para carregar o caminhão ou o escrêiper", diz Paul Ludwigsen, gerente comercial do Centro de Produtos da Caterpillar Brasil.
João Batista do Prado, da gerência de projetos da empresa, diz que dentre os parâmetros utilizados nessa avaliação, o fator principal é a distância. “Quando ela supera 2,õ Km, o custo de operação, devido ao tempo que se demora para levar o material e voltar para carregar de novo, e o custo de combustível, recomendam o uso dos caminhões articulados ou rígidos".
No caso, ele está comparando os dois sistemas como um todo,ou seja, o CAT633, um escrêiper com elevador, auto-carregável, conjugado a um equipamento auxiliar de esteiras (um trator, por exemplo), com os sistemas de carregadeiras ou escavadeiras associadas a caminhões articulados ou rígidos. “O que está em questão é o custo por tonelada transportada nos dois sistemas. Estamos calculando o custo de máquinas para carregar, sejam escavadeiras ou carregadeiras, com o caminhão, e o custo do escrêiper e dotrator para empurrar".
Basicamente, deve-se levar em conta a distância do carregamento, as condições do terreno e o tipo de material que se está carregando
Outro aspecto fundamental a ser considerado, dizPaul Ludvvigscn, são as condições do terreno "na praça de operações”. “Os escrêiperssão mais indicados para terrenos mais secos, sem muitas rochas, sem muitos aclives ou declives. Além disso, a estrada por onde ele irá circular também tem que ter uma boa manutenção".
Se todas essas condições forem dadas, devem ser utilizados escrêipers (ou caminhões dechassis rígido que, sob esse aspecto, podem trabalhar nas mesmas condições dos escrêipers). Caso contrário, a melhor opção é mesmo o caminhão articulado, que pode trabalhar em condições mais agressivas, em um terreno mais úmido, lamacento e mais pedregoso.
Ainda em relação aos materiais encontrados no local, deve-se levar em conta a sua gra- nulomctria. Üu seja, o escrêiper trabalha, basicamente, com material não rochoso, de fácil desagregação como, por exemplo, areia e com materiais leves, como o carvão. Os caminhões articulados também servem para materiais menores que 1 polegada. Agora, se o solo for muito rochoso, o mais indicado é o caminhão de chassis rígido, amplamente testado em minas, em solos com crateras e rochas.
Nenhum usuário, por certo, deixa de levar em conta a versatilidade dos equipamentos que serão definidos para uma determinada operação. Nesse quesito, os caminhões articulados costumam levar vantagem, pois trabalham com uma diversidade maior de material que os escrêipers.
Nada definitivo, porque há mais alguns pequenos (grandes) detalhes a serem considerados. As condições climáticas, por exemplo. Ludwigsen lembra que, nos EUA, na região sudoeste, Arizona, Califórnia, os empreiteiros trabalham muito com escrêipers, porque o clima é seco, com poucas diferenças entre as estações e solo pouco rochoso. Já os caminhões articulados são preferidos na Geórgia e na Flórida, no leste rios EUA, em razão da chuva e dos terrenos acidentados.
No caso brasileiro, levando-se em conta o clima, diz João Batista do Prado, o caminhão articulado seria mais recomendado na região mais ao sul eo escrêiper, dependendo da distância de transporte do material, se daria melhor no Nordeste, região com maior extensão de áreas secas e planas.
A manobrabilidade de um e outro equipamento também é um componente decisivo, principalmente quando houver muitas curvas no traçado. Se for o caso, ponto para caminhão articulado, porque o escrêiper é mais comprido e tem menor manobrabilidade.
Esses seriam, para a Caterpillar, os fatores técnicos fundamentais que deveriam ser levados em conta quando da escolha de um sistema ou outro. Paul Ludwigsen, alerta, no entanto, que não sedeve considerar um ou outro item isoladamente. Todas asinformações precisam ser cruzadas para ser chegar à configuração ideal.
O que está em questão é o custo por tonelada transportada nos dois sistemas
Além disso, diz ele, é preciso ter definido o tempo em que se vai trabalhar em uma determinada área, o que se fará depois disso, se um trabalho similar ou não, “O usuário pode chegar à conclusão que um escrêiper, por exemplo, é mais lucrativo somente no trabalho em que irá executar naquele momento. Nesse caso, pode alugar um por
alguns meses, e, depois disso, faz outro trabalho com outro sistema".
Ambos os profissionais da Caterpillar fazem questão de ressaltar que a “morte” dos escrêipers, que chegou a ser anunciada há cerca de 15 anos atrás (porque não se teria mais um trabalho específico para ele), não seconfirmou. Pelo contrário. Paul Ludwigsen garante que esse tipo fixou um volume na indústria que se mantém. “O custo por tonelada é tão baixo com o escrêiper, que achamos que ele vai sempre ter lugar para trabalhar. Não pode ser substituído para todas as aplicações e, se um "contratista" tem um escrêiper,ele vai ganhar mais dinheiro com esse sistema do que com qualquer outro’’. Ele lembra também que esse tipo de equipamento pode ser utilizado tanto em terraplanagem como nas aplicações mais inusitadas — o transporte de carvão em termoelétricas nos EUA. "Se contarmos os escrêipers de carvão, são 12 modelos. São auto-carregáveis, com caçambas abertas. Os que têm dois motores podem funcionar sozinhos, embora sejam mais eficientes se trabalharem em equipe (puxa-empurra)”. João Paulo Batista lembra também que a empresa tem trabalhado continuamente na linha de escrêipers para aumentar sua produtividade, sua versatilidade, e modernizar os comandos. “Se fosse um produto que não tivesse saída, não investiríamos em sua modernização”.

Caminhões articulados: maior versatilidade

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