Revista M&T - Ed.65 - Jun/Jul 2001
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Suporte

Equipamentos ganham campo de prova

Volvo cresce no mercado e investe US$ 3 milhões em um Centro de Demonstrações para comprovar a performance de toda linha de equipamentos da marca
Por: Wilson Bigarelli

Escavadeiras Volvo: 22% de participação no mercado

Na presença de clientes e concessionários de vários países da América Latina, a Volvo Construction Equipment South America, inaugurou a 27 de junho um moderno centro de demonstrações de equipamentos, na sede do grupo, em Curitiba (PR). Com 1,5 km de pistas, distribuídas em um terreno de 38 mil m2, e instalações com 358 m2 de área construída, o Centro de Demonstrações será a grande vitrine para apresentação dos produtos da marca. O investimento estimado é de cerca de US$ 3,1 milhões em instalações, equipamentos e na contratação e treinamento de pessoal técnico especializado para recepcionar os visitantes.

Segundo o presidente da empresa, Yoshio Kawakami, o Centro


Por: Wilson Bigarelli

Escavadeiras Volvo: 22% de participação no mercado

Na presença de clientes e concessionários de vários países da América Latina, a Volvo Construction Equipment South America, inaugurou a 27 de junho um moderno centro de demonstrações de equipamentos, na sede do grupo, em Curitiba (PR). Com 1,5 km de pistas, distribuídas em um terreno de 38 mil m2, e instalações com 358 m2 de área construída, o Centro de Demonstrações será a grande vitrine para apresentação dos produtos da marca. O investimento estimado é de cerca de US$ 3,1 milhões em instalações, equipamentos e na contratação e treinamento de pessoal técnico especializado para recepcionar os visitantes.

Segundo o presidente da empresa, Yoshio Kawakami, o Centro de Demonstrações atende a três propósitos básicos: aproximação com clientes atuais e futuros; consolidação de todos produtos (em particular, motoniveladoras e escavadeiras) da marca Volvo, ainda muito identificada no segmento de construção com caminhões e carregadeiras; além de integração e treinamento de pessoal ligado a concessionárias e clientes. “Aqui teremos disponíveis permanentemente todos os equipamentos de nossa linha em um cenário que reproduz condições típicas de operação. Como tem padrão mundial, o novo centro também irá abrigar o ''Volvo Construction Day", evento já tradicional da marca que corre a cada dois anos em vários países".

O presidente da Volvo ressalta, no entanto, que o novo centro de demonstrações é específico para a área de construção e mineração e não se confunde com a pista de testes de ônibus e caminhões também existente no local. "É diferente. É um campo de prova, onde o cliente poderá fazer um test drive, vencer rampas, verificar condições de carga e deslocamento, conferir a performance dos equipamentos em várias condições, e até entender, por exemplo, em que condições deve utilizar um caminhão convencional ou articulado”.

Yoshio Kawakami também não esconde o desejo de ver o Centro de Demonstrações transformada em uma área privilegiada para novos negócios. “A nossa expectativa é de que a rede de concessionários Volvo, do Brasil e toda a América Latina, utilize essas instalações para mostrar aos clientes as vantagens de nossos equipamentos, através de comparações e avaliações estáticas e dinâmicas".

O Centro de Demonstrações, segundo ele, tem capacidade para receber grupos de até 20 visitantes, para programação de até cinco dias, com todo o suporte do pessoal técnico e das outras divisões do grupo reunidas na sede em Curitiba, como a Volvo Serviços Financeiros. Nos seis primeiros meses, em uma primeira fase, a Volvo espera receber a visita de cerca de 240 clientes. O calendário de atividades no período também prevê cursos intensivos para o pessoal de vendas dos concessionários.

Mercado

A inauguração do Centro de Demonstrações, segundo o principal executivo da Volvo Construction Equipment (VCE) na América Latina ocorre em um momento particularmente favorável para a empresa. De janeiro a maio, a VCE contabilizou na América Latina uma receita de US$ 42,3 milhões - um incremento de 37% em relação a igual período do ano passado. O resultado se deve principalmente aos resultados ocorridos no exterior, onde houve um acréscimo de 56% no número de unidades vendidas.

Mesmo no Brasil, com a crise energética e a instabilidade do câmbio, a linha de equipamentos Volvo avançou 11 % (contra uma média de 6,5% do mercado fornecedor como um todo) em termos de unidades vendidas. “A nossa projeção para o Brasil durante todo o ano de 2.001 é de um crescimento de 18% nas vendas em relação ao ano passado", diz Kawakami.

A variação cambial, segundo ele, que tem afetado as vendas, ao onerar as taxas de financiamento, vem sendo contornada com as opções desenvolvidas pela Volvo Serviços Financeiros.

Além da linha Finame e do consórcio (que já apresenta resultados na aquisição de equipamentos menores), o produto de maior sucesso é o leasing operacional, a partir de 12 meses. “É uma opção vantajosa, disponível para a maioria de nossos equipamentos, onde o cliente usa o equipamento no período necessário e devolve no final, se custos com ativos” .O rental (aluguel típico), no entanto, também seria uma opção interessante, segundo Yoshio Tawakami. "É uma tendência para o futuro, mas ainda é uma modalidade nova e incipiente entre nós e que só pode se consolidar com taxas de juros menores". No mercado brasileiro - que representa cerca de 60% do mercado de equipamentos de construção da América Latina - a Volvo já atingiu, em média, uma participação de 20,4% nos segmentos em que atua. O crescimento de cerca de 10% em relação ao índice histórico de participação da empresa deve ser creditado ao bem sucedido lançamento da linha de escavadeiras e motoniveladoras.

Líder inconteste do mercado de caminhões articulados e bem posicionada no disputado mercado de pás carregadeiras, a Volvo conseguiu nos três últimos anos abocanhar 11% do mercado de motoniveladoras e expressivos 22% do mercado de escavadeiras na faixa de 14 a 45 t. "Foram produtos muito bem aceitos, principalmente pelo suporte da rede. Não fosse assim, não teríamos alcançado um tão expressivo em tão pouco tempo", reconhece Yoshio Kawakami.

Por esse motivo, diz ele, a empresa não hesitou em assumir integralmente a paternidade de linhas tradicionais - como a Champion e a Sansung - batizando-as com o nome Volvo. O presidente da Volvo sabe muito bem o valor de uma marca e que, no caso dessas duas, isso fica evidente com a legião de admiradoras da Sansung em várias partes do mundo e com a categoria dos "championistas", como são conhecidos os usuários de motoniveladoras na Argentina. "Não deixaremos desamparados esses usuários; pelo contrário, agora eles sabem que terão o suporte de todo o grupo Volvo, inclusive com produção local de motoniveladoras (em Pederneiras - SP) e, quem sabe, de escavadeiras, num futuro próximo".

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