Segundo o Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção, em 2014 a comercialização de equipamentos de construção retraiu cerca de 6% em relação ao ano anterior. De acordo com o trabalho, foram vendidas 67,7 mil máquinas no ano, contra mais de 72 mil unidades comercializadas em 2013. Considerando apenas a Linha Amarela, a diminuição foi de 12,7% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado.
Significativa, a queda decorre basicamente de fatores como a desaceleração da economia brasileira e a morosidade dos investimentos em infraestrutura, com projetos que ainda não se materializaram em obras. No entanto, alguns aspectos precisam acrescidos ao contexto.
Excetuando-se as compras do governo impulsionadas em 2013 pelo PAC, a queda total registrada foi de 3,7%, o que mostra a dependência dos investimentos do governo que o setor viveu nos últimos exercícios e, após o fim deste ciclo, a necessidade de se reforçar a participação junto ao setor privado, que – como se sabe – historicamente sempre foi o principal comprador de equipamentos para construção no país.
Outro aspecto importante a se destacar é que a população de máquinas com até quatro anos está caindo, causando o envelhecimento do parque nacional. Como, de maneira inversa, a população de equipamentos com até dez anos é crescente (a uma taxa estimada de 7% ao ano até 2019), desenha-se uma provável retomada já a partir de 2016, quando deve começar a ser feita uma renova
Segundo o Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção, em 2014 a comercialização de equipamentos de construção retraiu cerca de 6% em relação ao ano anterior. De acordo com o trabalho, foram vendidas 67,7 mil máquinas no ano, contra mais de 72 mil unidades comercializadas em 2013. Considerando apenas a Linha Amarela, a diminuição foi de 12,7% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado.
Significativa, a queda decorre basicamente de fatores como a desaceleração da economia brasileira e a morosidade dos investimentos em infraestrutura, com projetos que ainda não se materializaram em obras. No entanto, alguns aspectos precisam acrescidos ao contexto.
Excetuando-se as compras do governo impulsionadas em 2013 pelo PAC, a queda total registrada foi de 3,7%, o que mostra a dependência dos investimentos do governo que o setor viveu nos últimos exercícios e, após o fim deste ciclo, a necessidade de se reforçar a participação junto ao setor privado, que – como se sabe – historicamente sempre foi o principal comprador de equipamentos para construção no país.
Outro aspecto importante a se destacar é que a população de máquinas com até quatro anos está caindo, causando o envelhecimento do parque nacional. Como, de maneira inversa, a população de equipamentos com até dez anos é crescente (a uma taxa estimada de 7% ao ano até 2019), desenha-se uma provável retomada já a partir de 2016, quando deve começar a ser feita uma renovação dessas frotas, mais por necessidade operacional que por expansão efetiva no número de equipamentos.
Já no caso da importação, o Estudo de Mercado estima que houve uma retração de algo em torno de 27% em relação a 2013. Os fatores para esse resultado são a própria desaceleração do mercado interno com a desvalorização cambial e a entrada de novos fabricantes globais em território nacional.
O fato é que a entrada de produtos importados caiu mais que as vendas internas, mostrando que o mercado brasileiro vem sendo majoritariamente suprido por fabricantes nacionais, que ampliaram sua participação para 75% do total. Nesse ponto, é possível concluir dos números que o Brasil consolidou-se definitivamente como polo produtor de equipamentos, o que não vai mais mudar daqui para frente. Por fim, também temos de olhar para o crescimento histórico do setor. A Linha Amarela avançou 10% por ano nos últimos oito anos, ao passo que os demais equipamentos registraram aumento de 8,5% nas vendas desde 2007.
Portanto, se o cenário atual não é tão bom, devemos considerar que é possível reverter o quadro, partindo de informações estratégicas como essas que a Sobratema fornece ao mercado e o leitor pode conferir na síntese publicada pela primeira vez nas páginas de M&T.
Boa leitura e Feliz Ano Novo.
Claudio Schmidt
Presidente do Conselho Editorial
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