Apostando no monitoramento proativo, a Volvo CE acaba de trazer para o Brasil seu novo serviço ActiveCare Direct (ACD), que expande as funcionalidades da telemetria ao filtrar para o usuário as informações mais importantes sobre a manutenção do equipamento, que são complementadas por recomendações práticas aos clientes e distribuidores.
Lançada em 2016 na Europa e no ano passado nos EUA, durante a ConExpo 2017, a tecnologia ACD permite obter as vantagens da telemática, sem o usuário ter de investir tempo para analisar os relatórios ou decifrar códigos. “Quando a telemática foi lançada, houve uma ‘inundação’ de códigos que não requeriam necessariamente uma ação”, diz a empresa em comunicado. “Isso trouxe uma tarefa a mais para os gestores, que tinham de decifrar os relatórios de diversos fabricantes.”
Uma tarefa nada fácil, diga-se. Como se sabe, os computadores geram dados durante 24 horas por dia, resultando em mais de 1.500 informações geradas por semana, que não afetam a operação necessariamente, pois são majoritariamente alertas de baixa prioridad
Apostando no monitoramento proativo, a Volvo CE acaba de trazer para o Brasil seu novo serviço ActiveCare Direct (ACD), que expande as funcionalidades da telemetria ao filtrar para o usuário as informações mais importantes sobre a manutenção do equipamento, que são complementadas por recomendações práticas aos clientes e distribuidores.
Lançada em 2016 na Europa e no ano passado nos EUA, durante a ConExpo 2017, a tecnologia ACD permite obter as vantagens da telemática, sem o usuário ter de investir tempo para analisar os relatórios ou decifrar códigos. “Quando a telemática foi lançada, houve uma ‘inundação’ de códigos que não requeriam necessariamente uma ação”, diz a empresa em comunicado. “Isso trouxe uma tarefa a mais para os gestores, que tinham de decifrar os relatórios de diversos fabricantes.”
Uma tarefa nada fácil, diga-se. Como se sabe, os computadores geram dados durante 24 horas por dia, resultando em mais de 1.500 informações geradas por semana, que não afetam a operação necessariamente, pois são majoritariamente alertas de baixa prioridade. “A quantidade de dados gerados torna-se quase inviável de processar”, afirma Renan Wagner, coordenador de Customer Solutions da Volvo CE. “É difícil para os clientes e até mesmo os distribuidores lidarem com essas informações, determinando quais informações são mais importantes.”
Agora, isso começa a ficar no passado. Com o ACD, a Volvo propõe-se justamente a oferecer um serviço contínuo de monitoramento, consultoria e emissão de relatórios, tudo a partir de milhares de informações coletadas por meio de seus sistemas eletrônicos Matris e CareTrack. O sistema lista ações e componentes que o próprio cliente pode verificar, ao passo que o dealer entra em contato para auxiliar no diagnóstico e nas ações, colocando-se à disposição para uma visita, caso o cliente não consiga fazer a correção com seus próprios meios.
Após a filtragem automática, o cliente e o dealer recebem relatórios mensais consolidados, que incluem dados de utilização da máquina, tendências e comportamento do operador, além de comparar grupos de máquinas e, até mesmo, máquina a máquina. “Há um universo sendo descoberto aqui, com uma ferramenta importante de cobertura proativa, que mostra como atender melhor e aumentar a eficiência do cliente”, comenta Luiz Marcelo Daniel, presidente da Volvo CE Latin America.
INTELIGÊNCIA
Por meio de equipes de apoio, o ACD propõe-se a oferecer um serviço contínuo de monitoramento, consultoria e emissão de relatórios, com sugestões de intervenções nas máquinas
Composto por um hardware de controle e um módulo de comunicação satelital, o princípio básico para a instalação do ACD é que o equipamento possua motor eletrônico. Assim, a ferramenta está disponível de fábrica para uma ampla variedade de modelos, a partir das pás carregadeiras L60 e das escavadeiras EC140 e acima, além da linha de articulados da marca. Também é possível instalar o sistema em máquinas mais antigas, em uma espécie de retrofit tecnológico.
Após consolidar as informações com o uso de ferramentas de big data e analytics, o sistema gera sinais de alerta em três diferentes níveis de prioridade, de alta a baixa, desde emergenciais, antes de quebras iminentes e que param a máquina para execução de ações imediatas, até informativos, chamando a atenção para pontos que podem comprometer o desempenho e aumentar o custo operacional no médio prazo. “Até aí, nada de novo”, reconhece Alexandre Flatschart, diretor de Customer Solutions da Volvo CE Latin America. “Afinal, o CareTrack já mandava essas informações, mas não de uma maneira tão estruturada como agora.”
Ou seja, o sistema analisa e filtra em tempo real os parâmetros mais importantes para cada operação, acompanhando a integridade e o desempenho da máquina. O relatório mensal inclui dados de utilização da frota que permitem visualizar o percentual de tempo de trabalho em relação ao tempo ocioso de cada máquina individualmente, por tipo de equipamento e, ainda, por mês, para referência histórica. Desse modo, também constitui uma base importante para o incremento dos treinamentos de capacitação dos operadores.
A correção, todavia, ainda não é automatizada. A partir dos dados, o sistema propõe soluções de melhorias, que também são enviadas ao dealer, que – nos casos mais críticos – as implementa conjuntamente ao usuário. “Ferramenta de telemática todo mundo tem, mas esse novo produto é direto ao ponto”, ressalta Wagner.
Nessa linha, os relatórios mensais do ACD mostram as tendências de utilização da máquina, principalmente em relação a consumo de combustível, tempo de máquina parada etc. Além disso, os consultores da Volvo também ficam à disposição para entrar em contato com o cliente, interagir com o dealer e fazer os reparos, se necessário. Nos EUA e no Canadá, a estrutura de apoio (em inglês) do Volvo Uptime Center fica em Shippensburg, enquanto no Brasil, a base fica em Curitiba (PR).
Esse é o ponto. “O ACD envia instruções para o cliente e para o distribuidor ao mesmo tempo, dizendo o que pode ser feito para evitar que o equipamento pare”, diz Wagner. Para mostrar isso na prática, a fabricante realizou um teste nos EUA no qual monitorou via ACD uma frota de 525 pás carregadeiras, espalhadas por 144 diferentes canteiros de operação. No caso, foram monitorados aspectos como mudança de marcha em alta velocidade, alta temperatura dos eixos e desligamento da máquina com o turbo cheio. “Os resultados apontaram um ganho de 10% a 15% em relação a consumo de combustível, de 7% em relação ao tempo de marcha-lenta e de 5% a 10% no tempo de utilização dos equipamentos”, comenta o diretor, revelando que a empresa obteve uma economia pontual de 730 mil dólares após o experimento.
Segundo Flatschart, o maior benefício do produto é justamente esse: reduzir os custos de propriedade atrelados à operação, aumentando a disponibilidade dos equipamentos. “Trata-se de uma ponte entre a telemática e a operação, sem necessidade de ter uma pessoa analisando as informações continuamente”, diz Flatschart. “Essa inteligência é a grande entrega do programa, pois ele faz o filtro das centenas de informações geradas, orientando os operadores e entrando em contato com o cliente para buscar a maximização na operação, gestão e manutenção dos equipamentos.”
DEGUSTAÇÃO
Com foco em frotas de grande porte, durante o período de um ano a fabricante oferecerá uma degustação do ACD, que pode ser utilizado e testado sem custo por até seis meses, após o que é feita a análise de seu impacto na gestão. Por enquanto, a assinatura anual do produto sai por 450 dólares (nos EUA e Canadá), ou 650 dólares, incluindo consultoria. No Brasil, o valor da assinatura ainda não foi anunciado.
Contudo, ainda não será dessa vez que haverá uma unificação dos sistemas de telemática, pois o produto é exclusivo para máquinas da marca Volvo e, portanto, não pode ser adaptado para equipamentos de outras marcas e sequer há compartilhamento de informações com outras plataformas.
Por outro lado, a fabricante sueca reconhece que também utiliza os dados coletados para aperfeiçoar seus produtos. Nos EUA, inclusive, onde os operadores são sindicalizados, é preciso que eles autorizem e deem o aval para serem monitorados. “No contrato, está exposto claramente qual é o objetivo de utilização dos dados, além do nível de confiabilidade utilizado”, assegura Daniel.
"CHEGAMOS AO PRÓXIMO DEGRAU DE EVOLUÇÃO DA TELEMÁTICA", DIZ GESTOR
Por meio de telemetria, o sistema identifica os níveis de criticidade e envia as análises para o cliente e o dealer
Gestor do novo produto da Volvo CE, o coordenador de Customer Solutions, Renan Wagner, descreve a importância deste lançamento na área de serviços e ressalta as vantagens para o usuário.
A controladora do CareTrack [sistema de telemática que equipa os equipamentos da Volvo CE] se comunica com as máquinas e armazena os dados, de modo que até então o usuário já podia analisar as informações que quisesse. E o ActiveCare Direct representa um passo a mais nesse processo. Ele funciona como se fosse um API [Application Programming Interface, em inglês], que entra no CareTrack e identifica os níveis de criticidade. As outras ferramentas, então, enviam essas análises para o cliente. E cada uma dessas ferramentas é desenvolvida por um parceiro diferente. O custo x benefício está em conectar todas elas.
A análise automatizada é o mais importante, eliminando a necessidade de o cliente entrar em um site de telemática ou manter uma pessoa especializada para analisar aquilo. Disponibilizamos isso para quem não tem esses recursos, nem tempo ou conhecimento. O sistema faz isso pelo cliente, informando somente as ações necessárias para que a máquina não pare. Diria que esse é o próximo degrau depois da telemática.
Em um grande percentual dos casos, o próprio usuário consegue resolver o problema. Muitas vezes, um nível baixo de lubrificante, por exemplo, que pode vir a fundir o motor no futuro, não ocorre por trinca ou algo crítico, bastando completar o nível, trocar um sensor ou verificar um chicote, coisas que o próprio operador pode fazer. Ocorre que, muitas vezes, o operador negligencia o alarme e continua operando, pois tem uma pressão grande por produtividade. Então, é feita uma análise da operação, por meio de relatórios. É quando entra o consultor, que traz a informação de campo, junta com a informação interna de utilização da máquina e, ao lado do cliente, propõe ações para diminuir o tempo de máquina parada. Com a base de informações, conseguimos avaliar algumas tendências, mas é preciso confirmar isso lá na ponta, com a informação de operação.
FABRICANTE RENOVA LINHA DE PRODUTOS
Com larguras de pavimentação de até 7 m, a vibroacabadora P5320B ABG é uma das novas apostas da fabricante para o mercado brasileiro
A Volvo CE inicia a atualização de seu portfólio para o mercado latino-americano com o lançamento de diversos modelos de equipamentos, vários deles com motorização compartilhada. Ao longo do ano, serão apresentadas cerca de 20 novas máquinas, incluindo – dentre outros – destaques como o caminhão articulado A30G, com caçamba de 18 m³ e capacidade de carga de 29 ton/m, a pá carregadeira L260H, de 34 toneladas e caçamba de 7,3 m³ (lançada no ano passado no exterior), e as novas escavadeiras EC210DL (com carro inferior mais longo) e EC210D, para aplicações gerais da classe de 21 t. Outra novidade é a vibroacabadora sobre esteiras P5320B ABG, para larguras de pavimentação de até 7 m e capaz de empurrar caminhões de até 25 t, indicada para clientes e projetos que não necessitam de controles eletrônicos avançados. “Essa é uma máquina extremamente importante para nós, independentemente do cenário”, diz Luiz Marcelo Daniel, presidente da Volvo CE Latin America. “Queremos reposicionar a nossa oferta de produtos nesse segmento.”
Saiba mais:
Volvo CE: www.volvoce.com/brasil/pt-br
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