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Revista M&T - Ed.235 - Junho 2019
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Caminhões

Demanda ascendente

Com crescimento de 49% nos cinco primeiros meses do ano, mercado se aproxima de 40 mil unidades e anima as montadoras, que preveem um avanço de 20% em 2019

A se manter o ritmo atual, as fabricantes de caminhões já podem considerar a crise econômica como página virada. Ao menos os números indicam isso. De janeiro a maio, o mercado total de caminhões no Brasil movimentou 39.093 unidades, contra 26.322 unidades vendidas no mesmo período de 2018. Com isso, o crescimento chegou a expressivos 49%, segundo dados da Volvo Trucks. No segmento de caminhões acima de 16 t, no qual a montadora sueca compete, o mercado registrou 28.298 unidades, contra 17.688 unidades obtidas no mesmo período do ano passado (+60%).

É certo que a queda foi grande nos últimos anos, o que ainda exige cautela nas análises. Seja como for, os números individualizados das empresas vêm acompanhando – e até superando – a toada do mercado.

De janeiro a maio, a mesma Volvo comercializou 5.199 unidades no segmento de pesados, em um avanço de 66% frente às 3.135 unidades vendidas no mesmo período do ano passado. Em semipesados, o crescimento foi de 53%, com 614 unidades contra 402 unidades no comparativo.

São cifras expressivas, que animam a fabricante. “Tivemos uma participação bastante importante, acima do que o mercado tem crescido”, comemorou Alcides Cavalcanti, diretor comercial de caminhões da Volvo no Brasil. “Com isso, estamos ganhando market share.”

VOLVO

O executivo explica que 60% do mercado atual se destinam a aplicações rodoviárias, com os restantes 40% divididos entre veículos para “distribuição” (médios, com 27%) e um segmento que a empresa chama de “vocacional” (semipesados e pesados, com 13%), no qual concentra sua estratégia. Dentro do vocacional, o canavieiro responde por 43% da demanda, o que faz a empresa – e as concorrentes – voltar a atenção para o setor. “Para esse cli


A se manter o ritmo atual, as fabricantes de caminhões já podem considerar a crise econômica como página virada. Ao menos os números indicam isso. De janeiro a maio, o mercado total de caminhões no Brasil movimentou 39.093 unidades, contra 26.322 unidades vendidas no mesmo período de 2018. Com isso, o crescimento chegou a expressivos 49%, segundo dados da Volvo Trucks. No segmento de caminhões acima de 16 t, no qual a montadora sueca compete, o mercado registrou 28.298 unidades, contra 17.688 unidades obtidas no mesmo período do ano passado (+60%).

É certo que a queda foi grande nos últimos anos, o que ainda exige cautela nas análises. Seja como for, os números individualizados das empresas vêm acompanhando – e até superando – a toada do mercado.

Mercado brasileiro de caminhões é liderado por rodoviários canavieiros

De janeiro a maio, a mesma Volvo comercializou 5.199 unidades no segmento de pesados, em um avanço de 66% frente às 3.135 unidades vendidas no mesmo período do ano passado. Em semipesados, o crescimento foi de 53%, com 614 unidades contra 402 unidades no comparativo.

São cifras expressivas, que animam a fabricante. “Tivemos uma participação bastante importante, acima do que o mercado tem crescido”, comemorou Alcides Cavalcanti, diretor comercial de caminhões da Volvo no Brasil. “Com isso, estamos ganhando market share.”

VOLVO

O executivo explica que 60% do mercado atual se destinam a aplicações rodoviárias, com os restantes 40% divididos entre veículos para “distribuição” (médios, com 27%) e um segmento que a empresa chama de “vocacional” (semipesados e pesados, com 13%), no qual concentra sua estratégia. Dentro do vocacional, o canavieiro responde por 43% da demanda, o que faz a empresa – e as concorrentes – voltar a atenção para o setor. “Para esse cliente, o nosso diferencial é a alta disponibilidade mecânica, em operações muitas vezes ininterruptas, em regime de 24x7 durante oito meses do ano”, diz o executivo.

Para auxiliar o usuário, a empresa conta atualmente com 180 concessionários na América Latina, sendo 94 no Brasil. Reforçando o atendimento na rede, recentemente a montadora decidiu ampliar a cobertura de seu programa de manutenção “Ouro” (o mais completo dos cinco oferecidos pela marca) para as aplicações vocacionais. Incluindo manutenção preventiva e corretiva, o plano prevê customização, sendo planejado para operações e frotas específicas. “As operações vocacionais exigem um planejamento mais refinado das manutenções e das paradas para reparos”, observa Carlos Banzzatto, gerente de pós-venda da Volvo no Brasil. “Fizemos vários pilotos e rodamos com clientes para ter essa expertise, e agora já é um modelo comercial.”

A marca não divulga os resultados obtidos por modelo, mas é claro (e compreensível) o foco no canavieiro no momento. Todavia, a oferta na América Latina é mais ampla, incluindo o modelo VM, com suas várias versões, inclusive uma autônoma, e também a Linha F, com os modelos FMX, FH e FM, todos fabricados em Curitiba (PR). “Dentro dos segmentos vocacionais a construção é a que ainda está devagar, pois depende de investimentos em infraestrutura e de obras residenciais, que estão evoluindo menos do que gostaríamos”, posiciona Cavalcanti. “Ainda assim o segmento está firme e deve ter um resultado de 20% acima do ano passado.”

SCANIA

Em sintonia com a Volvo, a Scania também se mostra confiante e prevê um crescimento entre 10% e 20% em relação a 2018 no mercado em que atua, acima de 16 t (que inclui semipesados e pesados). De janeiro a maio, a montadora emplacou 4.638 caminhões, em uma alta de 47,8% em comparação às 3.137 unidades comercializadas no mesmo período do ano passado. “Esse bom resultado vem em função da Nova Geração [de caminhões], além da demanda para os setores de grãos e açúcar, transporte de combustível e consumo das famílias, o que resulta em um aumento no transporte de carga geral frigorificada”, diz Silvio Munhoz, diretor comercial da Scania no Brasil.

Especificamente no segmento de pesados, a Scania emplacou 4.563 caminhões nos primeiros cinco meses do ano, o que representa um acréscimo de 58,7% em comparação às 2.876 unidades de 2018, resultado percentual também muito próximo ao da concorrente. Os destaques da marca são os modelos R 450 (1.679 unidades emplacadas) e R 500 (com 806 unidades).

Em serviços, a expectativa da marca também segue otimista, com crescimento de 38% nas vendas de seus programas de manutenção (PMS) entre janeiro e maio. “Em maio, alcançamos o recorde histórico de vendas mensais com 1.064 programas”, comemora Gustavo Andrade, gerente de portfólio de serviços da Scania no Brasil. Segundo ele, o portfólio de programas deve crescer 50% neste ano, chegando a mais de 16 mil usuários. Nos primeiros cinco meses do ano, a alta foi de 44% (12.078).

Com seis pontos de atendimento da Scania em Minas Gerais, a concessionária Itaipu também comemora os resultados positivos dos primeiros meses de 2019. Em relação à venda de veículos, o crescimento foi de 39,8% de janeiro a maio, em comparação a 2018. No mesmo período, também houve crescimento na venda de peças (8,7%) e de serviços (22,8%). “Para os clientes, é essencial ter o contrato de manutenção para garantir a maior disponibilidade do veículo”, comenta Anderson Wagner, diretor da Itaipu. “E com o plano flexível a vantagem se torna ainda maior, pois o custo operacional é reduzido em função da performance do veículo.”

IVECO

Além dos pesados, o bom momento também para caminhões médios pode ser atestado pelo lançamento de dois novos modelos da Iveco, de 8 a 11 toneladas [leia Box]. Com a nova linha, que recebeu investimento de R$ 40 milhões, a fabricante volta a participar de um mercado em que esteve ausente por um bom tempo. De acordo com o diretor de vendas e marketing para o Brasil, Ricardo Barion, durante alguns anos a fabricante realmente ficou longe do segmento – que, diferentemente da segmentação adotada pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), com modelos até 11 t, para a montadora do Grupo CNHi engloba os caminhões de 8 a 15 t. “A participação no segmento médio girava em torno de 13%, o que significa que participávamos apenas [no nicho] de 15 t, com um único modelo em nosso portfólio”, afirma. “E, agora, com esses novos caminhões, participamos 100% do segmento de 8 a 15 t.

Com os lançamentos, o objetivo da empresa é alcançar 10% de participação neste segmento. E, pelos resultados obtidos no primeiro semestre, a meta parece viável. Até o final do ano, a expectativa da Iveco é de que o mercado feche com um volume total de 110 mil unidades, em uma projeção que inclui os modelos menores, de 3,5 t.

Detalhando os números de desempenho em 2019, o vice-presidente da Iveco para a América do Sul, Marco Borba, informa que a empresa registrou um crescimento de 50% no primeiro semestre, somando todas as categorias. “No segundo semestre, o objetivo é crescer em torno de 30%”, diz ele, ressaltando ainda que a empresa ampliou a rede de atendimento no país, saltando de 67 para 71 pontos de atendimento em 2018, com o objetivo de chegar a 84 unidades até o final deste ano. “Mesmo com essa queda prevista em relação ao começo do ano, acreditamos em um horizonte promissor, de modo que estamos no momento certo para fortalecer a marca no Brasil e na América Latina.”

TRANSPORTADORA ADQUIRE LOTE DE 180 CAMINHÕES

Player dos segmentos siderúrgico, petroquímico, de mineração e de contêineres, a Tora Transportes acaba de adquirir 180 caminhões da Nova Geração da Scania, que devem ser entregues até outubro deste ano. O lote dos pesados está dividido em 130 unidades do modelo R 450 6x2 e 50 unidades do R 500 6x4, todos com freio auxiliar Retarder.O negócio foi fechado pela Casa Scania Itaipu, que atende ao cliente na sua própria matriz, em Contagem (MG).

Mais econômicos, novos médios da Iveco trazem cabina remodelada

A Scania e a Itaipu são importantes parceiros, com quem já trabalhamos há mais de quatro décadas”, diz Janaína Araújo, diretora da Tora. “Ao oferecerem alternativas aos clientes, são fundamentais aos nossos processos de desenvolvimento e crescimento.”

IVECO APRESENTA NOVOS MÉDIOS DA LINHA TECTOR

A montadora apresentou em junho os novos modelos da linha Tector (na faixa de 9 e 11 t) para tornar-se mais competitiva no segmento dos médios, que representa 18% do mercado de caminhões no Brasil. Resultado de uma pesquisa com clientes, os veículos trazem mudanças para – segundo a empresa – reduzir o consumo de combustível e aumentar o conforto na operação. Para tanto, os modelos 9.190 e 11.190 são equipados com motores FPT NEF45, em versões de quatro e seis cilindros e potências de 190 hp a 300 hp. “Os veículos também trazem transmissão de seis velocidades, com redução de consumo de 4% no modelo de 9 t e de 7% no de 11 t”, diz Ricardo Barion, diretor de vendas e marketing da Iveco para a América do Sul.

Lote de 180 caminhões será entregue até outubro

Outro ponto citado pelos clientes, o conforto aumentou com a utilização de molas parabólicas na suspensão, reduzindo o peso do caminhão. Já a nova cabine traz espaço interno maior, com altura em torno de 2,5 m, além de apresentar área de visibilidade de 1,5 m e retrovisores com visão lateral. “O volante é regulável, enquanto o nível de óleo e fluído do radiador é feito pela parte frontal, facilitando a vida do caminhoneiro”, comenta o diretor.

Saiba mais:

Itaipu: itaipumg.com.br
Iveco: www.iveco.com/brasil
Scania: www.scania.com/br/pt/home
Tora Transportes: tora.com.br
Volvo Trucks: www.volvotrucks.com.br

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