Com um investimento de 7 milhões de dólares, a Caterpillar incorporou dois novos modelos de retroescavadeiras à sua linha manufatureira em Campo Largo (PR). Versão nacional dos projetos desenvolvidos pela empresa há cerca de dois anos na fábrica de Leicester, na Inglaterra, a Série F2 inclui o modelo de entrada 416F2 e o mais robusto 420F2, ambos com significativas modificações em relação à linha anterior da Série E.
Segundo a fabricante, as alterações permitiram obter ganhos de 10% na capacidade de levantamento, de 13% na força de desagregação e de 17 cm na altura máxima de despejo. Para isso, o projeto das máquinas traz novo desenho no braço, que deixa de ter formato trapezoidal e passa a ser em paralelo, bem como conversor de torque aprimorado e estrutura mais robusta na parte traseira do chassi, com aumento da espessura das chapas de conexão, que foi elevada de 25 para 30 mm. “Além disso, os pinos da estrutura de giro ganharam diâmetro maior, passando de 65 para 75 mm”, detalha Rodrigo Cera, especialista de produto da Caterpillar. “Os pinos também passam a
Com um investimento de 7 milhões de dólares, a Caterpillar incorporou dois novos modelos de retroescavadeiras à sua linha manufatureira em Campo Largo (PR). Versão nacional dos projetos desenvolvidos pela empresa há cerca de dois anos na fábrica de Leicester, na Inglaterra, a Série F2 inclui o modelo de entrada 416F2 e o mais robusto 420F2, ambos com significativas modificações em relação à linha anterior da Série E.
Segundo a fabricante, as alterações permitiram obter ganhos de 10% na capacidade de levantamento, de 13% na força de desagregação e de 17 cm na altura máxima de despejo. Para isso, o projeto das máquinas traz novo desenho no braço, que deixa de ter formato trapezoidal e passa a ser em paralelo, bem como conversor de torque aprimorado e estrutura mais robusta na parte traseira do chassi, com aumento da espessura das chapas de conexão, que foi elevada de 25 para 30 mm. “Além disso, os pinos da estrutura de giro ganharam diâmetro maior, passando de 65 para 75 mm”, detalha Rodrigo Cera, especialista de produto da Caterpillar. “Os pinos também passam a girar sobre buchas metálicas, minimizando o desgaste de componentes estruturais do chassi.”
NOVIDADES
Equipados com motores Cat 3054C Turboalimentado Tier II, os novos modelos têm potência bruta de 93 hp (na 416F2) e 101 hp (na 420F2). O trem de força, diz Cera, chega 14% mais forte do que a série anterior, sendo que o modelo 420F2 incorpora transmissão automática patenteada de seis velocidades, o que – segundo ele – possibilita uma “relação de troca mais próxima, com ganho mais rápido de velocidade”.
No consumo, que representa o maior custo operacional do equipamento, a série traz por padrão o recurso EcoMode (modo econômico), que ajusta a rotação e eleva o fluxo de fluído hidráulico de 72 para 85 cm3/s. “Isso permite 14% a menos de consumo de combustível para praticamente a mesma produção em operações de carregamento e de 18% em escavação”, sublinha Cera. Na parte hidráulica, aliás, o sistema possui sensor de carga que utiliza uma bomba de pistão de fluxo variável, enquanto as mangueiras XT-3 foram reposicionadas e ganharam maior robustez, resultando em uma disposição mais organizada e protegida.
Os conectores, por sua vez, trazem um conceito mais seguro, mas não são intercambiáveis com a série anterior. “Antes, se o sistema estivesse pressurizado, não era possível acoplar, mas o novo modelo de encaixar e girar permite a conexão da ferramenta mesmo sob a pressão do sistema”, detalha. Como opcional, ambos os modelos podem ser equipados com linha hidráulica auxiliar, incluindo válvula de carregamento de três funções e válvula de escavação de seis funções. “E todas as linhas auxiliares agora trazem este conceito de conexão, reforçados por proteções contra contaminação.”
De acordo com Cera, a nova série também se destaca pelo engate rápido na traseira, que permite acoplamento em até 1,5 min de caçamba, martelo, placa compactadora e outros implementos. “Esse recurso é otimizado pelo polegar, uma espécie de ‘mão’ que transforma a máquina em manipulador”, diz ele, complementando que a série recebeu vidros planos e um novo limpador de para-brisa pantográfico, resultando em um ganho de 42% na visibilidade. “O rebaixamento em 50 mm da barra frontal também contribuiu para isso.”
FEATURES
Em relação à ergonomia, o especialista frisa que o ruído interno foi reduzido de 80 para 74 dB, enquanto a trava do diferencial passou a ser na mão (antes, era no pé) e a abertura do capô agora é feita dentro da cabine, que também traz novo design e assento remodelado. “A direção de velocidade variável aumenta a segurança”, pontua o especialista. “Quando mais rápida a máquina, mais dura fica a direção.”
No quesito manutenção, foi introduzida uma chapa removível na dianteira para facilitar o acesso ao cilindro interno, enquanto o sistema de arrefecimento ganhou um desenho articulado igualmente mais acessível. O braço traseiro extensível – que possui serrilhado para retenção de material – recebeu calços retangulares não-metálicos, que não requerem lubrificação. Já o compartimento da bateria foi realocado para a parte dianteira das máquinas, deixando mais espaço para a caixa de ferramentas.
Outras features dos equipamentos incluem controle por joysticks ajustáveis, pivô central (na Inglaterra, o modelo 420F2 possui sistema Side-Shift), trava dupla, porta em peça única e sem solda, painéis laterais no motor, tanque de combustível não-metálico, luzes de setas e freios em LED, dispositivos de segurança com senha numérica e soluções em conectividade. “As máquinas saem de fábrica prontas para receber o sistema de monitoramento remoto Product Link”, finaliza Cera.
Fabricante monta força-tarefa para nacionalizar
A nova Série F2 ilustra os esforços da Caterpillar Brasil no sentido de nacionalizar cada vez mais produtos, fortalecendo o viés de fonte para regiões como África, Oriente Médio, norte da Ásia e América Latina, na qual o crescimento neste ano deve ficar em 10%, puxado principalmente por mercados como Argentina, Colômbia e Peru.
Ainda em 2016, o plano de negócios da unidade brasileira – que possui fábricas em Piracicaba (SP) e Campo Largo (PR) – é nacionalizar o equivalente a 15 milhões de dólares. “É o momento de nacionalizar, pois não temos intenção de trazer de longe algo que podemos ter aqui perto”, comenta Odair Renosto, presidente da empresa. “É bom não só para a produção, mas também para ter peças de reposição nacionais, resultando em custo menor para o cliente.”
Apetite – Apesar de a rede de fornecedores estar abaixo da capacidade e existir grande ‘apetite’ por negócios adicionais, Renosto diz que o plano esbarra em alguns problemas, como o fato de ainda não haver tecnologia para tudo no país. “Há um progresso, mas ainda é lento. Itens críticos como engrenagens, por exemplo, há pouco tempo ainda não era possível comprar no país a custo competitivo, mas finalmente conseguimos”, avalia. “Outro problema é a escala, pois os volumes não são como no setor automotivo, com milhares de unidades por dia.”
Já no mercado interno, a expectativa é menor. “Há movimentação nas concessões, mas [o desempenho] ainda será tímido em 2016, pois há muita capacidade ociosa”, resume o executivo, ressaltando que, buscando alternativas, a empresa acaba de obter o Finame Agrícola para toda a linha de produtos. “Essa é uma vantagem enorme, pois o produtor pode adquirir máquinas de construção com prazo maior e fazer o pagamento de acordo com a sazonalidade das safras”, destaca.
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