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Revista M&T - Ed.49 - Out/Nov 1998
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Operação

Caminhões articulados Volvo A35C: Recorde na maior mina de ouro do Brasil

Igarapé Bahia: orquestra afinada com 65 equipamentos pesados

A tecnologia moderna substitui o trabalho braçal na mineração deouro do país, onde o transporte do minério é feito por 21 caminhões articulados Volvo A35C, cuja operação estabelece novo recorde mundial de disponibilidade operacional.
Quando se fala em mineração de ouro no Brasil, é praticamente inevitável a lembrança das imagens de Serra Pelada, que surpreenderam o mundo ao ganhar espaço em publicações como a revista “Time”, mostrando verdadeiros exér-citos de garimpeiros disputando cada espaço daquela mina, na década passada. Eram imagens que lembravam “cenas bíblicas”, como bem comparou a própria “Time”, na época.
Hoje, a situação é bem diferente, na região de Carajás, onde o trabalho braçal humano deu lugar a uma sofisticada tecnologia pesada, com 21 caminhões articulados Volvo A35C que fazem parte de uma afinada orquestra de 65 equipamentos pesados cujo valor total supera a casa dos US$ 25 milhões e têm a missão de manter em atividade constante a maior mina de ouro do país.

Ouro na selva

Trata-se de Igarapé Bahia, explorada pela Companhia Vale do Rio Doce, que terceiriza a extração do minério, através de licitação, à empresa paranaense Ivaí Engenharia de Obras S/A. A moderna tecnologia e um cuidadoso trabalho de logística se encarregam de eliminar o trabalho braçal, mas nem por isso o cenário deixa de ser impressionante: em plena selva amazônica, abre-se uma grande clareira onde podem ser vistas duas cavas com 80 m de profundidade e largura de 1.000 por 350 m cada.
Todo esse trabalho é coordenado pelo engenheiro civil Edson Del Moro, um mineiro de Andradas-MG, com 12 anos de experiência em mineração pesada, que supervisiona as atividades da Ivaí


Igarapé Bahia: orquestra afinada com 65 equipamentos pesados

A tecnologia moderna substitui o trabalho braçal na mineração deouro do país, onde o transporte do minério é feito por 21 caminhões articulados Volvo A35C, cuja operação estabelece novo recorde mundial de disponibilidade operacional.
Quando se fala em mineração de ouro no Brasil, é praticamente inevitável a lembrança das imagens de Serra Pelada, que surpreenderam o mundo ao ganhar espaço em publicações como a revista “Time”, mostrando verdadeiros exér-citos de garimpeiros disputando cada espaço daquela mina, na década passada. Eram imagens que lembravam “cenas bíblicas”, como bem comparou a própria “Time”, na época.
Hoje, a situação é bem diferente, na região de Carajás, onde o trabalho braçal humano deu lugar a uma sofisticada tecnologia pesada, com 21 caminhões articulados Volvo A35C que fazem parte de uma afinada orquestra de 65 equipamentos pesados cujo valor total supera a casa dos US$ 25 milhões e têm a missão de manter em atividade constante a maior mina de ouro do país.

Ouro na selva

Trata-se de Igarapé Bahia, explorada pela Companhia Vale do Rio Doce, que terceiriza a extração do minério, através de licitação, à empresa paranaense Ivaí Engenharia de Obras S/A. A moderna tecnologia e um cuidadoso trabalho de logística se encarregam de eliminar o trabalho braçal, mas nem por isso o cenário deixa de ser impressionante: em plena selva amazônica, abre-se uma grande clareira onde podem ser vistas duas cavas com 80 m de profundidade e largura de 1.000 por 350 m cada.
Todo esse trabalho é coordenado pelo engenheiro civil Edson Del Moro, um mineiro de Andradas-MG, com 12 anos de experiência em mineração pesada, que supervisiona as atividades da Ivaí Engenharia em Carajás desde 1996. A empresa responde pela operação completa da mina, que envolve as etapas de perfuração, desmonte, carregamento, transporte e britagem.
As duas primeiras consistem em furaçao, ançamento e detonação de explosivos, carregamento é trabalho das escava- eiras, que colocam o minério sobre os caminhões que, por sua vez, o transportam para a usina ou a área de britagem, conforme o teor de ouro encontrado. O transporte, onde operam os 21 caminhões articulados Volvo A35C, é vital Para o funcionamento da mina.

Condições severas

As condições de operação são muito severas, pois temos aqui os maiores índicespluviométricos do país, com c uvas durante quase todo o ano, que chegam a provocar camadas de até 80 cm explica Del Moro. “Além de grande capacidade de carga, os veículos evem cer elevada resistência, pois o trabalho é ininterrupto, 24 horas por dia, 365 dias por ano”, completa.
Geralmente, os caminhões trafegam em trajetos que variam de um a três mil metros, tanto no transporte de minério para a usina, como para as áreas de britagem ou lixiviação. Ao todo, transportam em média 700 mil m3/mês c, nos últimos dois anos, atingiram o total de 7.000 horas trabalhadas/ano, estabelecendo o recorde mundial de disponibilidade, com operação durante 91,7% do tempo em cada ano, segundo os técnicos da VCE em Campinas.
Em algumas minas, é comum manter um caminhão em “standby" para even-tual substituição de outro, em caso de avarias. Alas isso não acontece com os Volvo A35C de Carajás.” Se algum caminhão pára por algumas horas, é só para manutenção preventiva, pois operamos no limite máximo de nossa capacidade”, afirma o engenheiro.

Locação e manutenção

Dos 21 caminhões, 17 integram a frota da Ivaí Engenharia, e outros quatro são alugados pelo sistema “Rent A Volvo”, da VCE — Grupo Volvo Equipamentos de Construção. Os primeiros começaram a operar em Carajás em abril de 1996 e os outros quatro em dezembro do mesmo ano.”0 sistema de locação veio a calhar, na época, quando precisamos aumentar rapidamente a nossa capacidade operacional”, lembra Del Moro.
Mesmo contando com uma bem equipada oficina própria no canteiro de obras, a Ivaí mantém contrato de manutenção com a Comac Norte, distribuidor Volvo em Belém (Ananin- deua-PA) que, para assegurar melhor assistência, montou uma filial junto ao local de operação, mantendo uma equipe de funcionários trabalhando exclusivamente no canteiro de obras.
A cidade mais próxima da mina de Igarapé Bahia é Paraopebas, que fica a 130 km, onde residem cerca de metade das 350 pessoas que trabalham para a Ivaí Engenharia. Outras 150 a 180 pessoas trabalham em regime de “plataforma amazônica”, ou seja, em turnos de trabalho e folgas de 15x15 ou 15x20 dias. A frota da empresa inclui escavadeiras, tratores, esteiras, pás carregadeiras, motoniveladoras e caminhões pipas, entre outros, totalizando 65 máquinas e equipamentos.
Por isso, além de “muita fibra e vontade de trabalhar”, a operação da maior mina de ouro do país requer “uma logística extremamente apurada”, segundo Edson Del Moro. “Pessoas e máquinas devem estar sempre em perfeitas condições, em um trabalho integrado, coordenado e preciso. Afinal, com ouro não se brinca”.

Locação de equipamentos: um mercado em expansão

Opção ainda nova no mercado brasileiro, a locação de equipamentos vem ganhando espaço crescente no mercado mundial, especialmente no segmento de construção pesada, onde há demanda de equipamentos específicos por períodos definidos. A VCE — Grupo Volvo Equipamentos de Construção foi pioneira na introdução desse novo sistema, em meados de 1995.
Só no ano passado, esta alternativa de negócios movimentou USS 23 bilhões no mercado norte-americano, segundo Amaury Tartari, gerente de desenvolvimento de negócios da VCE. Desse total, 75% dos negócios ocorreram no segmento de Equipamentos de Construção dos Estados Unidos, onde as casas de locação já são em quantidade semelhante ao número de revendas de veículos e equipamentos novos, segundo pesquisas realizadas por consultores contratados pela VCE.
No Brasil, “estamos apenas começando, mas já é possível vislumbrar um cenário extremamente positivo”, afirma Amaury. A locação de equipamentos de construção é “uma tendência em crescimento e sem volta”, endossa o engenheiro responsável peia operação da Ivaí Engenharia na mineração de ouro, em Carajás, Edson Del Moro, que utiliza quatro caminhões A35C alugados junto à VCE, na frota de 21 unidades que opera naquela mina.
São inúmeras as vantagens do sistema “Rental”, segundo a VCE. Tais como reunir recursos durante períodos de “pico” de produtividade, prover ca-pacidade adicional para trabalhos específicos, dispor de equipamentos de última geração tecnológica e vasta gama e variedade de produtos. As maiores vantagens, entretanto, segundo a empresa, talvez esteja no fato do usuário evitar grandes investimentos em equipamentos para obras de duração pré-definida e a eliminação do risco de obsolescência da frota.
No caso da Volvo, “dentro da operação de Rental, é a VCE quem decide a conveniência de substituição dos equipamentos em operação, por outros, novos, como está acontecendo agora com os veículos de Carajás, por exemplo. Além disso, nós nos preocu-pamos com tudo, da manutenção à substituição, para que o cliente só tenha que se preocupar em operar a máquina e produzir”, conclui Amaury Tartari.

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