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Revista M&T - Ed.271 - Fev/Mar 2023
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EDITORIAL

A automatização dos canteiros

Segundo especialistas, os usuários de máquinas devem mudar a mentalidade, passando a utilizar os trabalhadores de forma diferente e fazendo a transição para funções de supervisão no canteiro, com várias máquinas autônomas trabalhando em sintonia

Artigo da Association of Equipment Manufacturers (AEM) repassa avanços da tecnologia autônoma, destacando desenvolvimentos recentes como o caminhão articulado autônomo Cat 725 recondicionado pela SafeAI e Obayashi, o trator não tripulado da Shantui, o protótipo de escavadeira robótica da SRI, a plataforma Mobius para perfuratrizes da ASI em parceria com a Epiroc e o controle automático para compactadores da Trimble.

Segundo os autores, esses progressos levantam a questão se um dia chegaremos ao ponto em que os seres humanos serão raros no local de trabalho.

“Mas será esse o objetivo?”, indaga a AEM, lembrando que, nos EUA, as tecnologias autônomas ganharam impulso com os projetos da DARPA (Defense Advanced Research Projects Agency), ainda no início dos anos 2000. “Foi um ponto de partida, que realmente desencadeou a autonomia”, reconhece Bibhrajit Halder, CEO da SafeAI.

Em 2014, a Society of Automotive Engineers estabeleceu seis níveis de autonomia, passando do Nível 0, com controles manuais, para o Nível 5, no qual já não existe interação humana.

“Até hoje, ninguém ainda tem um sistema que seja verdadeiramente de Nível 5”, assegura William Nassauer, gestor de estratégia de produto para sistemas autônomos da Komatsu America.

Até porque esse processo deve ser considerado no contexto de autonomia total do canteiro, com várias máquinas autônomas trabalhando em sintonia, afirma Fred Rio, gestor de produto para construção e tecnologia digital da Caterpillar. Em um canteiro, ele observa, todas as máquinas têm uma missão, e nenhuma pode realizá-la sem as outras. “O verdadeiro passo quântico em valor será dado quando conseguirmos que todas trabalhem em conjunto”, diz.

Devido à experiência em mineração, empresas como Caterpillar, Komatsu e ASI desenvolveram uma abordagem estruturada para integração da autonomia. “Nossos clientes devem mudar a mentalidade&rdquo


Artigo da Association of Equipment Manufacturers (AEM) repassa avanços da tecnologia autônoma, destacando desenvolvimentos recentes como o caminhão articulado autônomo Cat 725 recondicionado pela SafeAI e Obayashi, o trator não tripulado da Shantui, o protótipo de escavadeira robótica da SRI, a plataforma Mobius para perfuratrizes da ASI em parceria com a Epiroc e o controle automático para compactadores da Trimble.

Segundo os autores, esses progressos levantam a questão se um dia chegaremos ao ponto em que os seres humanos serão raros no local de trabalho.

“Mas será esse o objetivo?”, indaga a AEM, lembrando que, nos EUA, as tecnologias autônomas ganharam impulso com os projetos da DARPA (Defense Advanced Research Projects Agency), ainda no início dos anos 2000. “Foi um ponto de partida, que realmente desencadeou a autonomia”, reconhece Bibhrajit Halder, CEO da SafeAI.

Em 2014, a Society of Automotive Engineers estabeleceu seis níveis de autonomia, passando do Nível 0, com controles manuais, para o Nível 5, no qual já não existe interação humana.

“Até hoje, ninguém ainda tem um sistema que seja verdadeiramente de Nível 5”, assegura William Nassauer, gestor de estratégia de produto para sistemas autônomos da Komatsu America.

Até porque esse processo deve ser considerado no contexto de autonomia total do canteiro, com várias máquinas autônomas trabalhando em sintonia, afirma Fred Rio, gestor de produto para construção e tecnologia digital da Caterpillar. Em um canteiro, ele observa, todas as máquinas têm uma missão, e nenhuma pode realizá-la sem as outras. “O verdadeiro passo quântico em valor será dado quando conseguirmos que todas trabalhem em conjunto”, diz.

Devido à experiência em mineração, empresas como Caterpillar, Komatsu e ASI desenvolveram uma abordagem estruturada para integração da autonomia. “Nossos clientes devem mudar a mentalidade”, avalia Nassauer. “Precisam utilizar os trabalhadores de forma diferente, fazendo a transição para funções de supervisão.”

Como parte dessa mudança, a Built Robotics prevê o surgimento da profissão de Operador de Equipamentos Robóticos (Robotics Equipment Operator – REO). “Quando se fala em autonomia, 50% dos esforços estão no desenvolvimento do robô e 50% em conseguir que as pessoas o utilizem de forma eficaz”, aponta Erol Ahmed, diretor de comunicação da empresa. “Afinal, os REOs são pessoas na linha da frente.”

Para Halder, um canteiro sem humanos é “possível”, mas ainda está a anos de distância. Porém, haverá um ponto de inflexão. “Digamos que a utilização de máquinas autônomas traga uma melhoria de 20% na produtividade. No momento em que um empreiteiro completa um projeto de 100 por 80 milhões de dólares devido à autonomia, é o fim do jogo. Então, todos terão de segui-lo, se quiserem competir”, ele alerta.

Boa leitura.

Silvimar Fernandes Reis
Presidente do Conselho Editorial

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