Apesar de trazer desafios cíclicos para as OEMs, a América Latina continua a oferecer oportunidades à indústria de máquinas. Isso porque o mercado continental de infraestrutura tende a se recuperar e a crescer. Pelas projeções da AEM (Association of Equipment Manufacturers), a indústria de construção latino-americana já deve registrar algum crescimento neste ano, com expectativa de expansão mais robusta em 2020.
Mesmo em um cenário de tensão comercial, incertezas políticas e pressões fiscais que atualmente ainda pesa sobre as economias locais, o setor deve crescer 1,1% em 2019 na região, estimando-se um avanço médio anual de 2,6% entre 2020 e 2023, segundo estudos da consultoria Fitch Solutions. Mas esse avanço certamente não será homogêneo em todo o continente, tanto em termos de PIB como em estoque de infraestrutura.
Artigo assinado pelo diretor de inteligência de mercado da AEM, Benjamin Duyck, mostra que um seleto grupo de economias – em parte estimuladas pelos altos preços de commodities – vem apresentando um melhor desempenho, com habilidade de atrair capital público e privado para suportar os investimentos em infraestrutura, enquanto outros mercados, de alto risco e c
Apesar de trazer desafios cíclicos para as OEMs, a América Latina continua a oferecer oportunidades à indústria de máquinas. Isso porque o mercado continental de infraestrutura tende a se recuperar e a crescer. Pelas projeções da AEM (Association of Equipment Manufacturers), a indústria de construção latino-americana já deve registrar algum crescimento neste ano, com expectativa de expansão mais robusta em 2020.
Mesmo em um cenário de tensão comercial, incertezas políticas e pressões fiscais que atualmente ainda pesa sobre as economias locais, o setor deve crescer 1,1% em 2019 na região, estimando-se um avanço médio anual de 2,6% entre 2020 e 2023, segundo estudos da consultoria Fitch Solutions. Mas esse avanço certamente não será homogêneo em todo o continente, tanto em termos de PIB como em estoque de infraestrutura.
Artigo assinado pelo diretor de inteligência de mercado da AEM, Benjamin Duyck, mostra que um seleto grupo de economias – em parte estimuladas pelos altos preços de commodities – vem apresentando um melhor desempenho, com habilidade de atrair capital público e privado para suportar os investimentos em infraestrutura, enquanto outros mercados, de alto risco e com oportunidades mais limitadas, continuam a pesar na competitividade global da região, ainda abaixo da média global.
Pelas análises apresentadas, a expansão da indústria na região será estimulada por um crescimento mais significativo em mercados como Brasil e Colômbia, assim como pelo prosseguimento de um avanço mais forte em países como Chile e Peru. E uma indústria de construção em recuperação e em constante desenvolvimento, combinada com um suporte crescente dos serviços extrativistas, pode estimular as bases para alavancar a demanda de equipamentos.
É certo que a produção bruta de máquinas declinou fortemente entre 2015 e 2016, mas começou a se recuperar nos últimos dois anos. Em 2019, a expectativa é de que o mercado permaneça estável, apesar que a produção no Brasil – o maior mercado regional de máquinas – possa crescer até 10%.
Seja como for, a América Latina tem provado ser um campo atrativo para as fabricantes expandirem e solidificarem suas operações, assim como seu alcance de mercado, mas para elas é de suma importância contar com um crescimento econômico mais sustentável e de longo prazo, estimulando uma presença mais consistente no continente.
Boa leitura.
Permínio Alves Maia de Amorim Neto
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