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Revista M&T - Ed.49 - Out/Nov 1998
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Pneus

As consequências da negligência

Quebra por impacto: morte prematura

Os pneus “fora-de-estrada”, considerados o quarto item de despesas de uma empresa (em alguns casos, o terceiro), têm, inicialmente, um custo maior, que deve ser compensado pelo alto rendimento em horas trabalhadas. Por isso, são projetados e construídos com forte resistência para suportar os atuais equipamentos que transportam maiores cargas a velocidades mais altas e por distâncias mais longas. Mesmo assim, muitos acabam indo mais cedo para as pilhas de sucata porque são ignoradas regras básicas de operação ou por não receberam uma manutenção apropriada. A seguir, os principais aspectos que devem ser observados no dia-a-dia e as consequências da negligência e descaso em relação a eles:

Pressão inadequada

Nem mais, nem menos. Os pneus com falta de pressão flexionam demasiadamente, provocando aumento de temperatura interna. Isso pode produzir danos permanentes, tais como quebras por flexão, rachaduras radiais, separação das lonas ou da banda de rodagem. O aumento do calor interno diminui também a resistência da banda de rodagem aos cortes, à abrasão e ao impacto, uma vez que provoca a dege- neração da borracha.
Já os pneus com pressão excessiva têm reduzida a superfície de sua banda de rodagem em contato com o solo. Em terra fofa, penetram mais fundo, dando menos flutuação e tração, além de exigir mais força do motor. Eles também tendem a patinar ou girar em falso. A parte central da banda de rodagem desgasta-se mais rapidamente e o rodar é mais duro, com mais vibrações.

Velocidade acima do limite

A velocidade, quando acima do limite, afeta a vida útil do pneu, pois quanto maior a rotação dos pneus, maior será o número deflexões por unidade de tempo. Esse aumento de flexões provoca atrito entre os materiais, aume


Quebra por impacto: morte prematura

Os pneus “fora-de-estrada”, considerados o quarto item de despesas de uma empresa (em alguns casos, o terceiro), têm, inicialmente, um custo maior, que deve ser compensado pelo alto rendimento em horas trabalhadas. Por isso, são projetados e construídos com forte resistência para suportar os atuais equipamentos que transportam maiores cargas a velocidades mais altas e por distâncias mais longas. Mesmo assim, muitos acabam indo mais cedo para as pilhas de sucata porque são ignoradas regras básicas de operação ou por não receberam uma manutenção apropriada. A seguir, os principais aspectos que devem ser observados no dia-a-dia e as consequências da negligência e descaso em relação a eles:

Pressão inadequada

Nem mais, nem menos. Os pneus com falta de pressão flexionam demasiadamente, provocando aumento de temperatura interna. Isso pode produzir danos permanentes, tais como quebras por flexão, rachaduras radiais, separação das lonas ou da banda de rodagem. O aumento do calor interno diminui também a resistência da banda de rodagem aos cortes, à abrasão e ao impacto, uma vez que provoca a dege- neração da borracha.
Já os pneus com pressão excessiva têm reduzida a superfície de sua banda de rodagem em contato com o solo. Em terra fofa, penetram mais fundo, dando menos flutuação e tração, além de exigir mais força do motor. Eles também tendem a patinar ou girar em falso. A parte central da banda de rodagem desgasta-se mais rapidamente e o rodar é mais duro, com mais vibrações.

Velocidade acima do limite

A velocidade, quando acima do limite, afeta a vida útil do pneu, pois quanto maior a rotação dos pneus, maior será o número deflexões por unidade de tempo. Esse aumento de flexões provoca atrito entre os materiais, aumentando a temperatura interna. As consequências são previsíveis: deslocamento entre lonas, deslocamento da rodagem e queima dos talões e liner.

Estradas de serviço e áreas de trabalho em más condições

Independente de serem provisórias ou não, as estradas de serviço devem ser mantidas com nivelamento adequado, e, assim como as áreas de trabalho, devem estar livres de poças d’água, buracos e materiais que possam danificar os pneus. Atenção especial deve ser dada aos limites dos raios da curvas, bem como dos declives. O que está em jogo, mais uma vez, é a vida útil do pneu, que pode ser reduzida substancialmente por cortes, perfurações, desgaste irregular e estouro por choque.

Contaminantes

A borracha rapidamente absorve graxa, óleo ou gasolina, tomando-se mole ou esponjosa. E imperativo que os pneus sejam mantidos livres de contato com esses materiais. Falta de cuidado ao abastecer os veículos, mangueiras de água ou gasolina com vazamento, bem como estocagem de pneus J estacionamento das máquinas em áreas om óleo derramado pelo solo são prejudiciais.

Arrancamento grave no ombro: má conservação de pistas

Desemparelhamento

Quando se monta pneus em rodas duplas, verifique se os pneus possuem o mesmo diâmetro e profundidade, principalmente n pneus usados. O desemparelhamento em rodado duplo pode provocar desgaste por sobrecarga no pneu maior e desgaste por arraste no pneu menor. Entre conjuntos no eixo, o desemparelhamento provoca transferência de carga para um dos lados, causando desgaste por sobrecarga no conjunto pneu/roda de maior diâmetro.

Irregularidades mecânicas

Um eixo torto resulta em distribuição desigual da carga. Essa irregularidade geralmente é ocasionada pela sobrecarga, resultando em um desgaste mais acentuado e irregular dos ombros internos dos pneus de rodas duplas. Rodas desalinhadas (convergência ou divergência em excesso) provocam desgaste chanfrado num dos lados da banda de rodagem. Tambores de freios ovalizados ou freios mal ajustados geralmente causam desgaste acentuado em pontos diferentes da banda de rodagem.

Trincas e amassamencos

Para melhor conservação da região dos talões, as rodas devem ser sistema-ticamente limpas com escovas de aço ou, se necessário, jatos de areia. Em seguida, podem ser pintadas para evitar pontos de ferrugem. As flanges amassadas poderão provocar perdas de ar e também mal assentamento nos talões. Todos os demais componentes, que não tiverem em per¬feitas condições, devem ser consi-derados impróprios para uso, até por uma questão de segurança.

Armazenamento

Os pneus “off road” devem ser armazenados na posição vertical. Não se deve remover a cinta metálica que envolve os pneus do tipo “sem câmara”, pois a mesma tem a finalidade de facilitar a montagem do pneu no aro do veículo. Na armazenagem de pneus usados, devem ser removidos todos os resíduos de lama, pedras, graxas, óleos e outros derivados de petróleo.

Sobrecarga

Pneus sobrecarregados são propensos à geração de calor excessivo, separações, cortes, diminuição da resistência da carcaça e baixa performance (horas trabalhadas). E preciso, além de respeitar a capacidade do equipamento, permanecer atento ao acréscimo de “carga morta”, pelo acúmulo de material agregado à carroceria, distribuição não uniforme da carga e acréscimo de “forros” na plataforma da caçamba e saias laterais (sideboard).

Montagem e desmontagem

A maioria dos pneus de grande porte são projetados para serem montados em aros de 5 peças. Devido à alta pressão e às pesadas cargas envolvidas, os aros devem ser mantidos em excelentes condições. Por isso, não devem ser misturados conjuntos diferentes de aros e nem de fabricantes diferentes. Use uma gaiola de segurança durante a inflação do pneu. Lubrifique sempre todos os componentes, nunca use martelo em um componente do aro para assentar o talão e nunca solde o aro com o pneu montado.

*Informações obtidas junto aos departamentos de assistência técnica da Goodyear, da Bridgestores/ Firestone e da Pirelli.

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