A fabricante britânica de equipamentos para construção JCB dá continuidade ao seu plano de expansão com o lançamento de novos produtos específicos para o mercado brasileiro e latino-americano. Mesmo em um ano atípico, a empresa mantém o ciclo de investimentos em torno de R$ 100 milhões para a fábrica de Sorocaba (SP), anunciado no ano passado, agora com a introdução de quatro novas soluções para o país.
Como parte do plano, um total de R$ 20 milhões foram destinados ao lançamento das pás carregadeiras 426ZX, 427ZX e 437ZX, além da escavadeira florestal JS220F. “Seguimos com nosso plano de introduzir de duas a quatro máquinas por ano”, assegura José Luis Gonçalves, presidente da JCB para Brasil e América Latina. “Mesmo com algum atraso em função da pandemia, mantivemos nossos projetos de lançamentos, sem falar no compromisso que temos com os clientes da regi&
A fabricante britânica de equipamentos para construção JCB dá continuidade ao seu plano de expansão com o lançamento de novos produtos específicos para o mercado brasileiro e latino-americano. Mesmo em um ano atípico, a empresa mantém o ciclo de investimentos em torno de R$ 100 milhões para a fábrica de Sorocaba (SP), anunciado no ano passado, agora com a introdução de quatro novas soluções para o país.
Como parte do plano, um total de R$ 20 milhões foram destinados ao lançamento das pás carregadeiras 426ZX, 427ZX e 437ZX, além da escavadeira florestal JS220F. “Seguimos com nosso plano de introduzir de duas a quatro máquinas por ano”, assegura José Luis Gonçalves, presidente da JCB para Brasil e América Latina. “Mesmo com algum atraso em função da pandemia, mantivemos nossos projetos de lançamentos, sem falar no compromisso que temos com os clientes da região.”
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), o mercado da Linha Amarela não parou de crescer em 2020, mesmo sob impacto da pandemia. Entre os meses de janeiro a junho, o setor registrou crescimento de 35%, se comparado ao mesmo período de 2019. Nessa toada, a JCB também registrou números positivos no primeiro semestre, comercializando em torno de 15% a mais que no período equivalente em 2019, resultados que estimulam a continuidade dos investimentos no país. “Mesmo com toda essa turbulência vivida nos últimos meses, esses resultados são uma surpresa positiva”, comenta Gonçalves. “Nosso objetivo é manter o ritmo e chegar a 20% de crescimento.”
Produzidas no Brasil, as novas máquinas foram projetadas especialmente para atender ao mercado brasileiro e de outros países da América Latina. E, em breve, devem surgir mais novidades. “Já está em andamento o desenvolvimento de novas máquinas, assim como ações exclusivas para o mercado do Brasil e região”, revela o executivo.
Segundo ele, a América Latina é um mercado que oferece muitas oportunidades nas áreas de infraestrutura urbana, rodovias, portos e aeroportos, além de saneamento, cujo novo marco regulatório foi aprovado recentemente e vem se tornando uma área cada vez mais importante para a atuação das empresas no país. “Isso sem falar na agricultura pujante, que bate recorde ano a ano”, acrescenta. “Mas ainda temos muito a fazer em termos de produtividade nesse segmento.”
CARREGAMENTO
A fabricante aposta em novos modelos com tecnologia nacional para ampliar o portfólio para carregamento e, evidentemente, sua participação de mercado. Antes, a marca contava apenas com o modelo 422ZX (Classe A), com carga de tombamento de 7.199 kg e que, segundo a empresa, tem participação de 32% nas vendas de pás carregadeiras no país.
De cima para baixo, as pás 426ZX, 427ZX e 437ZX: estratégia para aumentar a participação
O que é uma marca relevante em termos de volume. “O mercado de pás carregadeiras no Brasil representa 25% do mercado total da Linha Amarela”, posiciona Alisson Brandes, diretor de vendas e marketing da JCB. “Ou seja, se estamos falando de um mercado de 20 mil máquinas para 2020, de acordo com a Abimaq, cinco mil unidades são de pás carregadeiras.”
Com os lançamentos, o executivo acredita que a empresa se habilita a atender a cerca de 90% dessa demanda no país, ampliando significativamente a participação e a projeção da marca. Para tanto, os novos produtos foram estudados cuidadosamente. Os novos modelos 426ZX e 427ZX integram a Classe B, que representa 42% das vendas do mercado de pás carregadeiras no país.
Por sua vez, o modelo 437ZX pertence à Classe C, nicho que responde por 14% das vendas dessa família no mercado interno. “Nos últimos três anos, o segmento de pás carregadeiras apresentou um crescimento de 70% em volume”, explica Brandes. “E com os novos equipamentos, estaremos mais presentes em diversos setores, como pedreiras e agregados, especialmente como os modelos 427ZX e 437ZX, que contam com 14 e 15 toneladas de peso operacional, respectivamente, além de caçambas reforçadas para esses segmentos, que não participávamos anteriormente.”
Segundo Etelson Hauck, gerente de produtos da JCB, as pás 426ZX e 427ZX trazem exatamente a mesma base, mas possuem cargas operacionais e funcionalidades diferentes. A 426ZX possui peso operacional de 12.849 kg, com carga de tombamento de 8.064 kg e caçamba padrão de 2,1 m³, enquanto a 427ZX apresenta peso operacional de 13.471 kg, com uma carga de tombamento de 8.422 kg e caçamba padrão de 2,3 m³.
Já a 437ZX possui peso operacional de 15.266 kg, com carga de tombamento de 9.349 kg e caçamba padrão de 2,7 m³. “Os três modelos contam com motor Cummins de 6 cilindros, sendo que as pás carregadeiras 426ZX e 427ZX têm 160 hp de potência e a 437ZX, por ser mais robusta, gera 173 hp de potência”, descreve Hauck.
FLORESTAL
Outro mercado importante para a JCB é o de escavadeiras, nicho em que a empresa mantém um portfólio com máquinas de 13 a 24 toneladas. Segundo Brandes, a família representa em torno de 30% do mercado da Linha Amarela no país. “Das 20 mil unidades que podem ser movimentadas em 2020, seis mil unidades serão de escavadeiras hidráulicas”, diz.
Nesse sentido, a marca aposta em uma nova máquina desenvolvida especialmente para o setor florestal. “Totalmente concebida no Brasil, a escavadeira florestal JS220F atende a todos os preceitos de tecnologia e segurança demandados pelo setor agroflorestal, que é estratégico para o Brasil na produção de celulose e reflorestamento”, ressalta.
Com peso operacional de 26 t, a escavadeira florestal JS220F é talhada para operações com toras curtas
De acordo com Hauck, a máquina tem como base a escavadeira de construção JS220LC, mas apresenta aprimoramentos para atender à maior severidade da aplicação florestal. Chegando a 26 toneladas de peso operacional, o equipamento é talhado para trabalhar em operações com toras curtas (Cut-to-Lenght), podendo receber qualquer cabeçote disponível no mercado brasileiro, além de trazer recursos aprimorados de proteção para operações 24/7. Visando à produtividade, a máquina traz tanque expandido de combustível com 590 l, para reduzir o ciclo de reabastecimento, assim como radiador e filtros aprimorados, além de um pacote de iluminação noturna composto por 11 lâmpadas Full Led. “Mais alta, a esteira recebeu sapatas de garras duplas de alta penetração com 600 mm, melhorando a tração em terrenos irregulares durante o deslocamento”, informa Hauck.
De acordo com o gerente, o chassi inferior da máquina também foi aperfeiçoado, recebendo uma estrutura de proteção ao longo dos roletes inferiores para eliminar o risco de desalinhamento. Ainda em termos de proteção, a escavadeira recebeu um pacote de segurança para evitar danos aos principais componentes, assim como ao operador. “A gaiola de proteção de aço, chamada de ‘dog house’, serve para proteger o equipamento contra queda de árvores”, explica. “E o ‘dog house’ é composto por peças modulares, permitindo sua remoção e reinstalação na eventualidade de impactos com árvores.”
Além disso, a cabine foi reforçada com policarbonato balístico de 19 mm de espessura na frente e 9 mm no restante da estrutura, para proteger o operador de quedas de árvores. “Com esse novo maquinário, conseguimos participar de 80% do mercado, além de preencher uma demanda de um setor pujante no Brasil”, conclui Brandes.
Pás carregadeiras são equipadascom motor eletrônico da Cummins
Produzido no Brasil, o motor eletrônico QSB 6.7 compõe o trem de força das novas carregadeiras da JCB
Com potências entre 160 hp e 173 hp, as novas pás carregadeiras da JCB trazem motorização eletrônica Cummins QSB 6.7. Em conformidade com a norma MAR-I de emissões, os propulsores têm fabricação nacional e prometem benefícios como confiabilidade, desempenho e redução do custo operacional, além de melhorias no diagnóstico de falhas. “Iniciamos o desenvolvimento de integração dos motores e máquinas há um ano, juntamente com o cliente”, conta Bruno Kojima, engenheiro de vendas para o segmento off-highway da Cummins Brasil. “O trabalho teve envolvimento dos times de engenharia de ambas as companhias, no Brasil e na Inglaterra, para a realização de testes simultâneos e de homologação.”
Saiba mais:
Cummins: www.cummins.com.br
JCB: www.jcb.com/pt-br
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