Após um avanço sem precedentes no setor nacional da construção, um assunto diretamente relacionado ao crescimento do PIB ganhou as páginas da imprensa e as atenções do próprio Estado. Como em outras áreas, a falta de mão de obra vem desenhando um quadro de penúria no segmento, com impacto negativo sobre o andamento das obras de infraestrutura.
O problema atingiria pessoal de todos os níveis, mas – segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil (Sintracon/SP) – são profissionais mais qualificados que fazem maior falta. Na área de engenharia, fala-se em um déficit de mais de 150 mil profissionais.
Sob qualquer ângulo de análise, o problema certamente passa pela capacidade do sistema educacional do país, que forma cerca de 40 mil engenheiros por ano (0,02% da população), enquanto países como China e Rússia diplomam respectivamente 650 mil (0,04%) e 190 mil (0,12%) novos profissionais todos os anos.
Por outro lado, entre 2000 e 2010 a proporção de graduados na área caiu de 2,76% para 1,45% em relação ao total dos diplomados no país. Com isso, há hoje no Brasil um contingente de 600 mil engenheiros, o equivalente a 6 profissionais para cada mil trabalhadores. Como comparação, nos EUA a proporção é de 25 engenheiros por mil trabalhadores, segundo estudos realizados pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos).
Frente ao gargalo, o governo resolveu agir e lançou o Pró-Engenharias (Programa de Apoio ao Ensino e à Pesquis
Após um avanço sem precedentes no setor nacional da construção, um assunto diretamente relacionado ao crescimento do PIB ganhou as páginas da imprensa e as atenções do próprio Estado. Como em outras áreas, a falta de mão de obra vem desenhando um quadro de penúria no segmento, com impacto negativo sobre o andamento das obras de infraestrutura.
O problema atingiria pessoal de todos os níveis, mas – segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil (Sintracon/SP) – são profissionais mais qualificados que fazem maior falta. Na área de engenharia, fala-se em um déficit de mais de 150 mil profissionais.
Sob qualquer ângulo de análise, o problema certamente passa pela capacidade do sistema educacional do país, que forma cerca de 40 mil engenheiros por ano (0,02% da população), enquanto países como China e Rússia diplomam respectivamente 650 mil (0,04%) e 190 mil (0,12%) novos profissionais todos os anos.
Por outro lado, entre 2000 e 2010 a proporção de graduados na área caiu de 2,76% para 1,45% em relação ao total dos diplomados no país. Com isso, há hoje no Brasil um contingente de 600 mil engenheiros, o equivalente a 6 profissionais para cada mil trabalhadores. Como comparação, nos EUA a proporção é de 25 engenheiros por mil trabalhadores, segundo estudos realizados pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos).
Frente ao gargalo, o governo resolveu agir e lançou o Pró-Engenharias (Programa de Apoio ao Ensino e à Pesquisa Científica e Tecnológica em Engenharias), um projeto de R$ 1,3 bilhão que visa a duplicar o número de engenheiros formados no país a partir de 2016 e reduzir a taxa de evasão nos cursos de engenharia, que em algumas escolas chega a 55%. O problema é que, por falta de investimentos, o programa ainda não saiu do papel.
Acuado, o governo já estuda como facilitar a vinda de engenheiros estrangeiros para trabalhar no Brasil. O fato é que, independentemente do mérito de iniciativas imediatistas como essa, trata-se de um recurso anódino, que não soluciona um problema conjuntural de fundo em nossa sociedade, que é a educação precária, sem a qual jamais conseguiremos avançar para o grupo de potências mundiais com altíssimo nível de competitividade. Sobre este assunto, leia também a “Coluna do Yoshio” nesta edição, ao lado de reportagens sobre o mercado de soluções para concreto, mineração, pós-venda e outros temas. Boa leitura.
Claudio Schmidt
Presidente do Conselho Editorial
Av. Francisco Matarazzo, 404 Cj. 701/703 Água Branca - CEP 05001-000 São Paulo/SP
Telefone (11) 3662-4159
© Sobratema. A reprodução do conteúdo total ou parcial é autorizada, desde que citada a fonte. Política de privacidade