O setor da construção, principalmente a pesada, começa mais um ano com expectativas renovadas. Publicado no final do ano, o Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção revelou – como o leitor poderá conferir nas próximas páginas – um avanço de 13,1% nas vendas da Linha Amarela em comparação a 2012, o que representa a comercialização de 33.355 máquinas no ano. Equipamentos como retroescavadeiras, pás carregadeiras, caminhões OTR, rolos compactadores e motoniveladoras foram os mais beneficiados.
O índice representa um recorde histórico no país e, ao lado da previsão de investimentos de R$ 1,19 trilhão até 2018 em transporte, logística, saneamento, energia e habitação, traz justificadas esperanças para a indústria de um ritmo mais forte já em 2014. Estes dados, entretanto, precisam ser colocados em perspectiva. Como é de conhecimento, o principal motor que sustentou o mercado foi a aquisição de máquinas por parte do governo. Até meados de novembro, foram entregues 4.848 retroescavadeiras e 2.205 motoniveladoras pelo programa PAC 2. Como a tendência daqui para frente é que as compras governamentais diminuam, mesmo que os investimentos de construtoras e locadoras se intensifiquem a possibilidade é de leve retração (-3,3%) na demanda da Linha Amarela. Tal situação, evidentemente, traz incertezas ao mercado.
Até por isso, a agenda do setor deve ser intensificada, de modo a p
O setor da construção, principalmente a pesada, começa mais um ano com expectativas renovadas. Publicado no final do ano, o Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção revelou – como o leitor poderá conferir nas próximas páginas – um avanço de 13,1% nas vendas da Linha Amarela em comparação a 2012, o que representa a comercialização de 33.355 máquinas no ano. Equipamentos como retroescavadeiras, pás carregadeiras, caminhões OTR, rolos compactadores e motoniveladoras foram os mais beneficiados.
O índice representa um recorde histórico no país e, ao lado da previsão de investimentos de R$ 1,19 trilhão até 2018 em transporte, logística, saneamento, energia e habitação, traz justificadas esperanças para a indústria de um ritmo mais forte já em 2014. Estes dados, entretanto, precisam ser colocados em perspectiva. Como é de conhecimento, o principal motor que sustentou o mercado foi a aquisição de máquinas por parte do governo. Até meados de novembro, foram entregues 4.848 retroescavadeiras e 2.205 motoniveladoras pelo programa PAC 2. Como a tendência daqui para frente é que as compras governamentais diminuam, mesmo que os investimentos de construtoras e locadoras se intensifiquem a possibilidade é de leve retração (-3,3%) na demanda da Linha Amarela. Tal situação, evidentemente, traz incertezas ao mercado.
Até por isso, a agenda do setor deve ser intensificada, de modo a possibilitar um empuxo mais consistente. Há movimentação intensa para, por exemplo, uma maior exigência de conteúdo nacional em máquinas e equipamentos comprados com recursos públicos. São medidas que podem ajudar, assim como a intensificação de programas como o Inovar Máquinas (que prevê desoneração de empresas que fabricam máquinas com conteúdo nacional) e Mais Investimento (que prevê abatimento de dívidas federais para fabricantes que tomem recursos com o BNDES para investir em máquinas), mas é necessário avançar mais.
Isso será possível com a eliminação de gargalos nas áreas tributária e jurídica, desburocratização progressiva do setor, maior capacidade de gestão por parte governamental para dar ritmo às obras do PAC, transferência mais ágil dos modais de transporte para a iniciativa privada, aumento da taxa de investimento em relação ao PIB e por aí afora. Como se vê, há muito a ser feito, mas o setor de equipamentos vem realizando sua parte, como mostram as reportagens sobre reciclagem, compactos, motores, locação e outros assuntos contidos nesta edição. Feliz ano novo e boa leitura.
Claudio Schmidt
Presidente do Conselho Editorial
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