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Revista M&T - Ed.257 - Setembro 2021
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Editorial

A regulamentação de baterias na Europa

A popularização das baterias é tão iminente que levou a UE a apresentar uma nova proposta para a regulamentação desses componentes, que exercem papel estratégico fundamental para o setor em sua jornada rumo à eletrificação

Representando 1.200 fabricantes na Europa, o CECE (Comitê Europeu para Equipamentos de Construção) enxerga a eletrificação como uma tendência irreversível no setor de máquinas pesadas, com o uso de soluções movidas a bateria se expandindo rapidamente no mercado global.

Para a entidade, é evidente que, nos próximos anos, o desenvolvimento do setor de máquinas de construção passará a ser influenciado pela disponibilidade e desempenho das baterias de armazenamento de energia.

Atualmente, já são muitos os tipos de baterias e aplicações que podem ser encontrados em máquinas de construção. Desde baterias menores, produtos de prateleira que fornecem energia para acionamento, iluminação, ignição, controle remoto e back-up em sistemas eletrônicos, até baterias de tração para máquinas elétricas de porte maior, adaptadas e feitas sob medida de acordo com os requisitos de energia a que se destinam.

Nesse caso, especialmente, as baterias precisam resistir a condições extremas de uso intensivo, com grande capacidade de autonomia. “Além disso, as OEMs esperam que as baterias ganhem maior vida &u


Representando 1.200 fabricantes na Europa, o CECE (Comitê Europeu para Equipamentos de Construção) enxerga a eletrificação como uma tendência irreversível no setor de máquinas pesadas, com o uso de soluções movidas a bateria se expandindo rapidamente no mercado global.

Para a entidade, é evidente que, nos próximos anos, o desenvolvimento do setor de máquinas de construção passará a ser influenciado pela disponibilidade e desempenho das baterias de armazenamento de energia.

Atualmente, já são muitos os tipos de baterias e aplicações que podem ser encontrados em máquinas de construção. Desde baterias menores, produtos de prateleira que fornecem energia para acionamento, iluminação, ignição, controle remoto e back-up em sistemas eletrônicos, até baterias de tração para máquinas elétricas de porte maior, adaptadas e feitas sob medida de acordo com os requisitos de energia a que se destinam.

Nesse caso, especialmente, as baterias precisam resistir a condições extremas de uso intensivo, com grande capacidade de autonomia. “Além disso, as OEMs esperam que as baterias ganhem maior vida útil, de preferência com peso reduzido”, ressalta o CECE.

Com efeito, a popularização da tecnologia é tão iminente que levou a UE a apresentar uma nova proposta para a regulamentação desses componentes, que exercem papel estratégico fundamental para o setor de máquinas em sua jornada rumo à eletrificação e ao reposicionamento na questão ambiental (leia-se emissões, reciclagem e destinação final).

Avaliando a proposta, o CECE levantou pontos que podem ser melhorados, incluindo requisitos de relatórios sobre sustentabilidade, por exemplo, tais como pegada de carbono, durabilidade, substâncias perigosas e conteúdo reciclado da bateria, que – para o CECE – devem ser viáveis e proporcionais através de toda a cadeia de suprimentos. A diretriz, pondera a organização, também deve considerar a estrutura legislativa, para evitar a fragmentação ou dupla regulamentação das novas tratativas.

Em termos de tecnologia, um ponto específico destacado na análise abrange o Sistema de Gerenciamento de Bateria (BMS), exigido para baterias recarregáveis de veículos elétricos com armazenamento interno e capacidade acima de 2 kWh.

O CECE argumenta que, em algumas máquinas elétricas, o BMS é parte da máquina, e não da bateria. “A imposição de um BMS como parte integrante da bateria exigiria um redesenho substancial e introduziria unidades eletrônicas extras, criando um desperdício desnecessário na fase de fim de vida da bateria”, adverte o comitê.

Nesse sentido, a proposta precisa considerar que os módulos da bateria podem ser substituídos durante a vida útil do conjunto. “Como não é tecnicamente viável projetar cada módulo com BMS, um módulo ainda em boas condições teria de ser classificado como resíduo.”

Tratando de pontos cruciais como uso, aplicação e descarte, o debate mostra-se mais do que válido e deve repercutir muito daqui para frente, uma vez que desse processo sairá o novo modelo tecnológico que impulsiona o setor em direção ao futuro. Boa leitura.

Silvimar Fernandes Reis
Presidente do Conselho Editorial

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