As expectativas de um maior impulso no setor de infraestrutura ainda neste ano – um exercício repleto de truncamentos à atividade econômica – ganharam força com o recente anúncio de que duas das principais donas de concessões do país – CCR e Arteris – devem investir R$ 6 bilhões em novos projetos, manutenção de rodovias e aceleração de obras já em andamento. Segundo avaliação da Fundação Dom Cabral, outros grupos devem seguir pelo mesmo caminho, criando um pico de investimentos que se prolongaria até o próximo ano. E toda essa movimentação deve inevitavelmente ter reflexos positivos também na indústria de máquinas pesadas, ao menos no que tange à construção de estradas.
Outro ponto que vem reforçar este cenário promissor é o fato de que, após as primeiras rodadas de concessões, os novos concessionários finalmente começam a assinar os contratos, o que implica na movimentação de financiamentos junto aos bancos para cumprimento das metas. Mais que isso, os mesmos bancos aguardam ansiosamente a retomada do programa de concessões de infraestrutura para mobilizar suas respectivas áreas de financiamento de projetos. No BNDES, a previsão é que até 2016 serão investidos R$ 368 bilhões em infraestrutura, dos quais 70% serão financiados.
Os projetos de infraestrutura, aliás, são vistos pelos bancos como um negócio estratégico, que chega a representar 30% dos resultados de algumas instituições financeiras. Não à toa, os bancos procuram a todo custo participar desses pr
As expectativas de um maior impulso no setor de infraestrutura ainda neste ano – um exercício repleto de truncamentos à atividade econômica – ganharam força com o recente anúncio de que duas das principais donas de concessões do país – CCR e Arteris – devem investir R$ 6 bilhões em novos projetos, manutenção de rodovias e aceleração de obras já em andamento. Segundo avaliação da Fundação Dom Cabral, outros grupos devem seguir pelo mesmo caminho, criando um pico de investimentos que se prolongaria até o próximo ano. E toda essa movimentação deve inevitavelmente ter reflexos positivos também na indústria de máquinas pesadas, ao menos no que tange à construção de estradas.
Outro ponto que vem reforçar este cenário promissor é o fato de que, após as primeiras rodadas de concessões, os novos concessionários finalmente começam a assinar os contratos, o que implica na movimentação de financiamentos junto aos bancos para cumprimento das metas. Mais que isso, os mesmos bancos aguardam ansiosamente a retomada do programa de concessões de infraestrutura para mobilizar suas respectivas áreas de financiamento de projetos. No BNDES, a previsão é que até 2016 serão investidos R$ 368 bilhões em infraestrutura, dos quais 70% serão financiados.
Os projetos de infraestrutura, aliás, são vistos pelos bancos como um negócio estratégico, que chega a representar 30% dos resultados de algumas instituições financeiras. Não à toa, os bancos procuram a todo custo participar desses projetos para alavancar operações de mercado de capitais, viabilizar empréstimos-ponte e estabelecer parcerias estratégicas. Em 2013, diga-se, o país figurou como o sexto maior mercado global das operações de financiamento de projetos, com 12 operações que movimentaram US$ 23,6 bilhões. Essas operações garantiram uma fatia de 12% dos negócios globais da área, com 5,6% do valor movimentado em todo o mundo. Trata-se de um novo ciclo de investimentos que não pode ser menosprezado, ainda mais em um país com um inacreditável déficit de R$ 500 bilhões em infraestrutura.
Portanto, a tendência até a eleição presidencial é francamente positiva, com a abertura do maior número possível de concessões e ênfase continuada na atração de investimentos da iniciativa privada. Resta aguardar que, após as eleições, as regras não mudem e garanta-se a segurança jurídica aos investimentos de longo prazo. É o que toda a indústria deseja e aposta suas fichas, como o leitor pode conferir nas próximas páginas em reportagens sobre, dentre outros temas, tecnologia, equipamentos, mercado e ConExpo 2014. Boa leitura.
Claudio Schmidt
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