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Revista M&T - Ed.17 - Mai/Jun 1993
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SOBRATEMA

A EVOLUÇÃO DA GERÊNCIA DE MANUTENÇÃO

Evolução da Manutenção
Julgamos oportuno analisar, rapidamente, a evolução da manutenção ao longo da história, acreditando ser um expediente válido para se entender o perfil do homem que dirige as atividades à ela pertinentes. Inicialmente, a manutenção se baseava nas principais características que orientaram o "usuário da folha de parreira":
- Simplicidade;
- Controle visual dimensional/ cor;
- Fácil reposição;
- Não demanda de mão-de-obra especializada, serviços de terceiros e estoque.
A atividade de manutenção teve impulso considerável com a invenção da roda: quebra, reparo, aquisição de peças, estoque... Naquela época, não ocorria aos dirigentes que ela fosse importante na condução dos negócios. Mão-de-obra e materiais eram relativamente baratos se comparados com as receitas e lucros. Não havia motivos para merecer alguma atenção. O reconhecimento de que a manutenção poderia trazer soluções econômicas reparando máquinas ao invés de descartá-las - evoluía devagar, frequentemente gerado por desastres e necessidades.
A máquina a vapor, criada por Walts, revolucionou a indústria, proporcionando a industrialização. Por outro lado, o navio a vapor determinou a importância da manutenção no bom funcionamento da máquina. Já ao término da II Guerra Mundial, a tecnologia iniciou uma fase de maior complexidade. O custo de aquisição de máquinas ficou muito alto, influindo decisivamente no preço final do produto. Algumas empresas passaram a administrar essa realidade; outras preferiram elevar, o preço dos produtos e deixar como estava.
Quatro décadas após, a gerência de manutenção tornou- se respeitada, mais abrangente e vital. Naturalmente, as grandes empresas sempre observaram isso. Certamente, em parte, porque elas são grandes. Mas a maioria falhou em não conse


Evolução da Manutenção
Julgamos oportuno analisar, rapidamente, a evolução da manutenção ao longo da história, acreditando ser um expediente válido para se entender o perfil do homem que dirige as atividades à ela pertinentes. Inicialmente, a manutenção se baseava nas principais características que orientaram o "usuário da folha de parreira":
- Simplicidade;
- Controle visual dimensional/ cor;
- Fácil reposição;
- Não demanda de mão-de-obra especializada, serviços de terceiros e estoque.
A atividade de manutenção teve impulso considerável com a invenção da roda: quebra, reparo, aquisição de peças, estoque... Naquela época, não ocorria aos dirigentes que ela fosse importante na condução dos negócios. Mão-de-obra e materiais eram relativamente baratos se comparados com as receitas e lucros. Não havia motivos para merecer alguma atenção. O reconhecimento de que a manutenção poderia trazer soluções econômicas reparando máquinas ao invés de descartá-las - evoluía devagar, frequentemente gerado por desastres e necessidades.
A máquina a vapor, criada por Walts, revolucionou a indústria, proporcionando a industrialização. Por outro lado, o navio a vapor determinou a importância da manutenção no bom funcionamento da máquina. Já ao término da II Guerra Mundial, a tecnologia iniciou uma fase de maior complexidade. O custo de aquisição de máquinas ficou muito alto, influindo decisivamente no preço final do produto. Algumas empresas passaram a administrar essa realidade; outras preferiram elevar, o preço dos produtos e deixar como estava.
Quatro décadas após, a gerência de manutenção tornou- se respeitada, mais abrangente e vital. Naturalmente, as grandes empresas sempre observaram isso. Certamente, em parte, porque elas são grandes. Mas a maioria falhou em não conseguir acompanhar a evolução das máquinas. É preciso chegar com a manutenção no século XXI, com adequado nível de resultados.
A Manutenção nos Dias de Hoje
A manutenção nas empresas dos nossos dias preocupa-se, em sua maioria, em cuidar de máquinas com vida útil de perfil alongado. A vida útil preconizada pelos fabricantes há muito já venceu. Em alguns casos, sob enfoque cronológico, em outros, sob o enfoque tecnológico. A máquina parece um monstro temperamental e tremendo glutão: devorador de dinheiro. Quando velho, seu apetite fica incontrolável.
Temperamental - só admite trabalhar bem sob determinadas condições;
Glutão- não satisfazendo seus desejos, vinga-se devorando mais dinheiro.

Mas as máquinas também acompanharam o desenvolvimento acelerado do nosso tempo, com eletrônica embarcada tanto no sentido de controlar sua produção, como para monitorar seu desempenho através dos conjuntos mecânicos.
Há alguns tipos de manutenção: Manutenção Corretiva, que por falta de um nome melhor, definimos como manutenção de largo espectro, embasada no princípio de que cada reparo deve deixar mais confiável (durável) do que a situação anterior. Há ainda a Manutenção Preventiva/Preditiva/ etc. Não importa o nome. O essencial é ter em mente o que se pretende e qual o tipo de equipamento é nosso alvo. Para um carrinho-de-mão ou um motoscraper a filosofia deve ser a mesma, porém, os planos diferem fundamentalmente.
Com relação à postura dos fabricantes, em geral todos eles estão preocupados com a manutenção. A literatura indicando cuidados específicos, como fazer manutenção, definindo os componentes de alto risco, conjuntos modulados, intercambialidade, facilidades para manutenção, ferramentas de diagnóstico, lubrificação permanente, sistemas selados, monitorização do conjunto etc., está à disposição de todos.
O uso do computador permite melhor condições de obter e analisar custos, programar tarefas, registrar a história das máquinas/ componentes, imprimir ordens de serviço e planos específicos de manutenção, garantindo ganhos no desempenho dos equipamentos. Ferramentas especiais e programas como a análise do óleo, de vibração, ultrassom, raio X, eletrodos, novos pneus, novos óleos lubrificantes, sistema de filtragem de eficiência maior etc, estão disponíveis ao uso por qualquer empresa que elabore seu programa de manutenção.
Idéias e melhoramentos estão disponíveis em todos os lugares. Porém, antes de aplicá-los, faz-se necessário um estudo minucioso. Por vezes, um bom e competente assessor pode evitar grandes erros na avaliação ou na implementação de um plano. Infelizmente, os consultores não gozam de bom conceito na área de equipamentos. Apesar de receberam definições poucos lisonjeiras, numa coisa eles têm razão: sempre existe um problema, e ele está sempre relacionado com' as pessoas, que recebem por hora trabalhada, não por solução.
Rumos da Manutenção
As atividades de administrar, gerir e comandar ocorreram antes do surgimento da manutenção. No entanto, seus princípios básicos são aplicáveis até os nossos dias. A tendência de administrar os equipamentos é irreversível. A mudança para o nome de Gerência de Equipamentos nos parece inquestionável. Foi-se a época em que a área tudo podia, desprezando os recursos externos junto às empresas que podem atender em qualidade, preço e prazo.
O perfil do administrador de equipamentos muda radicalmente, exigindo características não exercitadas anteriormente. Fazer é mais fácil que administrar, porém mais oneroso. As técnicas de administração podem e devem ser aplicadas para a efetividade das tarefas e maximização dos resultados. A área de equipamentos já pode ser vislumbrada. Algumas proposições ou definições já foram lançadas. O caminho passa obrigatoriamente pelo usuário, fornecedor e fabricante.
Um sistema de manutenção para ser considerado avançado nos dias de hoje, deve ter iniciado uma abordagem da qualidade nos serviços prestados às áreas da própria empresa. A ISO 9000 International Organization for Standardization -, órgão da ONU, arquitetou normas gerais para as empresas, com preceitos básicos da qualidade interna e externa. A qualidade passa, então, a ser a chave para o sucesso. O gerenciamento através da quantidade se sobreporá à gerência por objetivos.
Como Obter Resultados
Inúmeras vezes tomamos ciência da dificuldade de se trabalhar na área de manutenção; de como é difícil se obter recursos para a continuidade de um novo plano de manutenção; da implantação de um novo plano; de como é difícil obter resultados etc. A lista de razões para o sucesso parcial ou mesmo insucesso é enorme. Não que tenhamos o dom de descobrir algum processo revolucionário para se chegar ao sucesso. Mas podemos abordar alguns fundamentos para compreender o mecanismo pelo qual é possível alcançá-lo.
Só existe um único caminho para a obtenção de resultados: agir. No Brasil das incertezas, ou nos Estados Unidos e Europa das convicções, ou em qualquer lugar do mundo, somente a ação leva a resultados. Para agir é necessário ter poder. Assim, podemos definir que ação é o exercício do poder, ou ação é o poder exercido. Bem como energia é a capacidade de realizar trabalho, ou trabalho é energia consumida.
Em qualquer situação de poder, não deve ser ignorado um fator importante: a qualidade deste mesmo poder. A violência simbolizada pela navalha de um assaltante ou por um míssel nuclear, pode conseguir resultados impressionantes. Mas a violência é inflexível. Só serve para punir. É um poder de baixa qualidade. A riqueza é um instrumento muito melhor, que pode tanto punir como premiar. O melhor de todos, entretanto, é o conhecimento. A arma mais eficaz é o cérebro.
Claro que o poder máximo é obtido por aquele que sabe utilizar e pode dispor dessas três formas de poder, combinando ou alternando a ameaça de castigo e a promessa de recompensa, juntamente com a força da inteligência. Conhecimento, violência e riqueza, assim como o relacionamento entre eles, definem o poder na sociedade.

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