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Revista M&T - Ed.232 - Abril 2019
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Editorial

A digitalização da construção

As tecnologias digitais – ou soluções dirigidas por dados nos canteiros – tendem a criar produtos e serviços mais aperfeiçoados, novas formas de colaboração e sistemas avançados de gerenciamento e compartilhamento de dados.

Um dos principais temas dos debates programados para a bauma 2019, a industrialização da construção é o assunto na ordem do dia no setor, ao menos lá fora. Na Europa, os especialistas são unânimes em apontar esse processo como a transformação mais importante em curso para a modelagem de negócios no futuro próximo.

Durante o mais recente Congresso do CECE (Committee for European Construction Equipment), por exemplo, realizado em Roma no final do ano passado, o assunto foi abordado a partir de uma pesquisa que entrevistou 46 representantes de 37 companhias do setor, sendo 30% de OEM’s, 24% de empresas de TI e 22% de contratantes, além de locadoras, dealers, associações, institutos de pesquisa e entidades governamentais. E os resultados mostram o tamanho do desafio, mas também das oportunidades.

De saída, a complexidade é patente. Digitalização, dizem os entrevistados, significa alavancar o poder da informação por meio de captação, análise e gerenciamento de dados para prover novas soluções com alto valor agregado. Nesse processo, coadunam-se fatores como design e planejamento inteligentes, gerenciamento de frotas, manutenção preditiva, métodos inovadores de produção, equipamentos autônomos e veículos sem operadores, dentre outras inovações. Grosso modo, seus impactos são expressos no aumento da eficiência e da produtividade (logo, também do


Um dos principais temas dos debates programados para a bauma 2019, a industrialização da construção é o assunto na ordem do dia no setor, ao menos lá fora. Na Europa, os especialistas são unânimes em apontar esse processo como a transformação mais importante em curso para a modelagem de negócios no futuro próximo.

Durante o mais recente Congresso do CECE (Committee for European Construction Equipment), por exemplo, realizado em Roma no final do ano passado, o assunto foi abordado a partir de uma pesquisa que entrevistou 46 representantes de 37 companhias do setor, sendo 30% de OEM’s, 24% de empresas de TI e 22% de contratantes, além de locadoras, dealers, associações, institutos de pesquisa e entidades governamentais. E os resultados mostram o tamanho do desafio, mas também das oportunidades.

De saída, a complexidade é patente. Digitalização, dizem os entrevistados, significa alavancar o poder da informação por meio de captação, análise e gerenciamento de dados para prover novas soluções com alto valor agregado. Nesse processo, coadunam-se fatores como design e planejamento inteligentes, gerenciamento de frotas, manutenção preditiva, métodos inovadores de produção, equipamentos autônomos e veículos sem operadores, dentre outras inovações. Grosso modo, seus impactos são expressos no aumento da eficiência e da produtividade (logo, também do lucro), da sustentabilidade ambiental e da eficiência energética, assim como na diminuição da carga de trabalho e aumento da segurança nos canteiros.

Contudo, os desafios começam quando se percebe que o custo da digitalização é relativamente mais alto para as empresas médias, que também têm receio dos potenciais inconvenientes advindos da adoção de equipamentos digitais, por exemplo. Mais que isso, há barreiras como o diferente nível de maturidade existente entre as empresas, incluindo dificuldades em atrair jovens e talentos digitais, ausência de padronização e baixa interoperabilidade.

Como potencialidade, as tecnologias digitais – ou soluções dirigidas por dados nos canteiros – tendem a criar produtos e serviços mais aperfeiçoados, novas formas de colaboração e sistemas avançados de gerenciamento e compartilhamento de dados, abrindo espaço até mesmo para a customização. Hoje, muito disso já pode ser visto em sensores embarcados em equipamentos e até mesmo construções, assim como no levantamento conectado de informações e em processos logísticos altamente digitalizados, que estão criando modelos de negócios inéditos e exigindo novas habilidades profissionais, em uma tendência evolutiva que dificilmente terá um caminho de volta. E que o leitor, como sempre, pode conferir aqui na M&T. Boa leitura.

Permínio Alves Maia de Amorim Neto

Presidente do Conselho Editorial

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