Neste exato momento, o Brasil busca soluções para destravar o setor da construção, responsável por 7% do PIB e 2,1 milhões dos empregos formais no Brasil, mas de longe o mais atingido pela crise político-econômica que se abateu sobre o país nos últimos anos.
Nesse sentido, diferentes medidas vêm sendo propostas para, dentre outras coisas, diminuir a burocracia e reduzir o custo das operações, de forma a atrair financiamentos privados ao setor, já que – exceto pelos R$ 6,5 bilhões liberados via remanejamento no Orçamento – não pode mais contar com recursos públicos para reativar as obras.
Todavia, como bem destacou o jornal O Estado de S.Paulo, atrair o capital privado exige competência nas funções de planejamento e de administração, assim como maior celeridade na política habitacional e na formatação de projetos de infraestrutura.
Indispensável, essa agilidade precisa ser acompanhada por outros avanços mais abrangentes que ajudem a melhorar a competitividade da construção, como apontam especialistas da USP e da FGV em recente artigo para o Valor Econômico.
Com baixa produtividade para os padrões
Neste exato momento, o Brasil busca soluções para destravar o setor da construção, responsável por 7% do PIB e 2,1 milhões dos empregos formais no Brasil, mas de longe o mais atingido pela crise político-econômica que se abateu sobre o país nos últimos anos.
Nesse sentido, diferentes medidas vêm sendo propostas para, dentre outras coisas, diminuir a burocracia e reduzir o custo das operações, de forma a atrair financiamentos privados ao setor, já que – exceto pelos R$ 6,5 bilhões liberados via remanejamento no Orçamento – não pode mais contar com recursos públicos para reativar as obras.
Todavia, como bem destacou o jornal O Estado de S.Paulo, atrair o capital privado exige competência nas funções de planejamento e de administração, assim como maior celeridade na política habitacional e na formatação de projetos de infraestrutura.
Indispensável, essa agilidade precisa ser acompanhada por outros avanços mais abrangentes que ajudem a melhorar a competitividade da construção, como apontam especialistas da USP e da FGV em recente artigo para o Valor Econômico.
Com baixa produtividade para os padrões internacionais, o setor enfrenta dificuldades em avançar principalmente pela conjunção de, como ressaltam os especialistas, uso de mão de obra barata e pouco qualificada, tributação diferenciada que inibe a adoção de soluções industrializadas e estratégias de financiamento pouco inovadoras. A solução para esses problemas, sugerem os pesquisadores, pode estar na modernização do sistema financeiro, na reforma tributária e no acompanhamento da evolução da produtividade nos canteiros.
Evidentemente, tais mudanças exigem não apenas habilidade na articulação política no que se refere às regras de tributação, estimulando a absorção de novas tecnologias, mas também maior apoio ao desenvolvimento de fintechs e construtechs, por exemplo, que podem elevar a competitividade nos campos de financiamento e monitoramento de obras, sem esquecer do necessário aprimoramento da formação técnica da nossa fragilizada mão de obra.
Tais ideias são instigantes, mas precisam ser acompanhadas por outros exercícios propositivos, transformando-se em ações práticas. Afinal, como ressaltam os pesquisadores, “a produtividade na construção civil interessa ao país como um todo”.
Por isso, passou da hora de buscarmos soluções para os gargalos que travam o avanço do setor, liberando seu potencial inato de ser um motor para a recuperação econômica do país. Boa leitura.
Permínio Alves Maia de Amorim Neto
Presidente do Conselho Editorial
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