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Revista M&T - Ed.21 - Jan/Fev 1994
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SERVIÇOS

Serviços MEC NICOS: Um novo conceito

O investimento que é feito em equipamentos de terraplenagem fica com- prometido quando eles deixam de operar devido a falhas mecânicas. As análises de sensibilidade, feitas com auxílio da microinformática, mostram que a disponibilidade do equipamento afeta a lucratividade da sua ope- ração na razão de 3:1 em relação aos custos de manutenção. Em outras palavras, um reparo que custe, por exemplo, CR$ 3.000.000,00 e seja executado em uma semana, tem o mesmo efeito que outro que custe CR$ 1.000.000,00, mas que seja executado em três semanas.
Partindo do exemplo, deveríamos buscar um reparo de CR$ 1.000.000,00 executado em uma semana. Na prática, isso requer investimento constantes em oficinas e serviços de campo, tanto do empreiteiro quanto do revendedor. Atualmente, as palavras de ordem são terceirização e parceria. Mas elas só fazem sentido quando partem do princípio de que cada parceiro deve executar apenas aquilo que é a sua especialidade e da qual detém a tecnologia.
O mercado é sábio, pois se ajusta, por si só, às necessidades e tendências que cada momento requer. Hoje, mais do que nunca, o usuário busca a disponibilidade dos seus equipamentos, procurando efetuar reparos parciais e, de preferência, no campo. Apenas em algumas oportunidades existirá a necessidade de se efetuar uma reforma geral na máquina. O mais vantajoso é mantê-la sempre dentro de padrões pré-estabelecidos de manutenção, efetuando reparos programados e antes da falha.
As alternativas de componentes remanufaturados, pacotes de opções de reparo que incluem mão- de-obra e kit’s de peças etc., são produtos que vêm se consolidando no mercado. As grandes oficinas do passado, tanto de empreiteiros quanto de revendedores, estão se ajustando em relação à forma e finalidade para a qual foram projetadas.
Esta nova fase exige uma mudança profunda de conceito em termos de serviços mecânicos. Nela, a assistência de campo terá prioridade. Treinamentos especiais


O investimento que é feito em equipamentos de terraplenagem fica com- prometido quando eles deixam de operar devido a falhas mecânicas. As análises de sensibilidade, feitas com auxílio da microinformática, mostram que a disponibilidade do equipamento afeta a lucratividade da sua ope- ração na razão de 3:1 em relação aos custos de manutenção. Em outras palavras, um reparo que custe, por exemplo, CR$ 3.000.000,00 e seja executado em uma semana, tem o mesmo efeito que outro que custe CR$ 1.000.000,00, mas que seja executado em três semanas.
Partindo do exemplo, deveríamos buscar um reparo de CR$ 1.000.000,00 executado em uma semana. Na prática, isso requer investimento constantes em oficinas e serviços de campo, tanto do empreiteiro quanto do revendedor. Atualmente, as palavras de ordem são terceirização e parceria. Mas elas só fazem sentido quando partem do princípio de que cada parceiro deve executar apenas aquilo que é a sua especialidade e da qual detém a tecnologia.
O mercado é sábio, pois se ajusta, por si só, às necessidades e tendências que cada momento requer. Hoje, mais do que nunca, o usuário busca a disponibilidade dos seus equipamentos, procurando efetuar reparos parciais e, de preferência, no campo. Apenas em algumas oportunidades existirá a necessidade de se efetuar uma reforma geral na máquina. O mais vantajoso é mantê-la sempre dentro de padrões pré-estabelecidos de manutenção, efetuando reparos programados e antes da falha.
As alternativas de componentes remanufaturados, pacotes de opções de reparo que incluem mão- de-obra e kit’s de peças etc., são produtos que vêm se consolidando no mercado. As grandes oficinas do passado, tanto de empreiteiros quanto de revendedores, estão se ajustando em relação à forma e finalidade para a qual foram projetadas.
Esta nova fase exige uma mudança profunda de conceito em termos de serviços mecânicos. Nela, a assistência de campo terá prioridade. Treinamentos especiais, aparelhos de diagnose, ferramentais adequadas, manuais e catálogos atualizados, disponibilidade de peças e sistemas eficientes de comunicação e transporte, fazem parte do menu de investimentos que deverão ser feitos para suportá-la.
Não será mais necessário que a máquina vá à oficina do prestador de serviços para um reparo ou reforma: a oficina, na forma de assistência de campo, irá até ela. Os contratos de prestação de serviço representam um bom exemplo deste conceito. Crescendo em quantidade a cada dia que passa, eles surgem sob vários formatos: por tarefa, por tempo determinado ou indeterminado, envolvendo apenas mão-de-obra ou completos (com mão-de-obra. peças e materiais). O importante é que todos têm, na sua essência a finalidade de garantir disponibilidade e produtividade mínimas e aceitáveis, aumentando a lucratividade do equipamento.
Aqui cabe um parêntese para abordar o aspecto “lucratividade", que pode ser resumido como sendo o resultado de duas variáveis: receita líquida e custos de propriedade e operação. O custo de propriedade, uma vez definidos o preço e a forma de pagamento, não sofre, basicamente, mais alterações, deixando de ser uma variável que necessite ser controlada. Restam, portanto, a receita (que decorre da disponibilidade e da produtividade) e os custos de operação e manutenção.
Os gráficos simulam duas situações para o mesmo equipamento. Na primeira, a disponibilidade mecânica é de 80%, a um determinado custo de manutenção. A área entre as curvas de receita e custo total representa o lucro líquido de operação. Na segunda, supõe-se uma certa deterioração na qualidade da manutenção, fazendo com que seus custos diminuam e, por consequência, sua disponibilidade também (nesse caso para 70%). Como resultado, o lucro líquido fica reduzido em 15%, o período de lucratividade cai de 9 para 8 anos e o equipamento só é amortizado após o terceiro ano e meio, ao invés dos dois anos e meio observados na primeira situação.

Não existe, infelizmente, uma fórmula matemática que possa quantificar a relação entre o empobrecimento da manutenção e a queda da disponibilidade do equipamento. Na prática, o que temos aprendido com os contratos de serviço é que o uso de peças originais, substituídas dentro de critérios corretos, embora possam aumentar os custos de manutenção, compensam amplamente os ganhos em disponibilidade compensam, amplamente, esse efeito, gerando um lucro muito maior e, em muitos casos, possibilitando a redução da frota (investimento) para o mesmo serviço.
Fechado os parênteses da lucratividade, voltemos ao nosso tema: O Movo Conceito em Serviços Mecânicos. Como Funciona na Prática?
Já dissemos que a assistência de campo será prioritária no futuro e que as grandes oficinas dificilmente serão mantidas nas formas e finalidades para as quais foram projetadas. Isso, no entanto, não significa que elas devam ser fechadas, mas, sim, passar por uma reorientação. Já vimos que em apenas algumas oportunidades existe a necessidade de reforma geral de um determinado equipamento. E é apenas nessas raras oportunidades que as grandes oficinas ainda cumprem o seu papel original. É preciso, portanto, redimensioná-las em tamanho e quantidade. Vamos dar a essas oficinas "repensadas" o nome de Centros de Reparo, para efeitos desta exposição.
Dentro do novo conceito, o Centro de Reparo se transforma em Centro Recondicionador. Este deve operar de modo a concentrar as atividades de remanufatura dos componentes que irão dar apoio à assistência de campo. Deve ser dividido em áreas especializadas, por tipo de componente; ter “layouts” eficientes para cada uma dessas áreas; aparelhos de testes: ferramental e literatura atualizados e, fundamentalmente, ser conduzido por mecânicos especialistas em cada operação. Não é necessário que tenha áreas desenvolvidas para solda, usinagem e parte elétrica. Esses serviços podem ser terceirizados. O importante é que seja eficaz naquela que é a sua especialidade: mão-de-obra para desmontar, montar e testar componentes (todos os componentes) da máquina.
Para finalizar, vamos imaginar o que deva ser um atendimento ideal: o mecânico chega à máquina, diagnostica a causa da falha (sem necessitar desmontar nenhum componente) e apresenta, ao responsável pelo equipamento, suas sugestões para o reparo. Uma vez escolhida a opção, ela passa a ser executada. Se, por exemplo, essa opção incluir o reparo de algum componente, o mecânico o executar de imediato; caso determine a reforma ao invés do reparo, o mecânico terá, como apoio, os produtos remanufaturados do Centro Recondicionador ou, então, poderá optar por reformá-lo no próprio local, caso o usuário assim o deseje. Caso a extensão do problema, no entanto, requeira a reforma de vários componentes e a prioridade for o prazo, a solução também será simples: deslocar-se uma quantidade maior de mecânicos para efetuar a reforma.
Todas essas considerações parecem válidas para o momento atual. Infelizmente, não temos como descobrir o que estaria acontecendo agora caso elas tivessem sido feitas e suas conclusões implementadas há mais tempo. Podemos, no entanto, imaginar os efeitos: basta lembrar que um revendedor norte-americano médio tem, pelo menos, 40 ou 50 mecânicos de campo. Estes cobrem todo o território apoiados por verdadeiras oficinas ambulantes que são, na realidade, seus próprios veículos de serviço, contando sempre com centros recondicionadores (do revendedor ou dos fabricantes), que fornecem os componentes prontos para reposição. E isso já faz tempo!

Milton Guedes
Conselheiro da Sobratema

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