Em meio aos acalorados debates sobre as mudanças trazidas pelo novo Marco Regulatório e seu impacto para o futuro da mineração brasileira, a 15ª edição da Exposibram (Exposição Internacional de Mineração) apresentou as mais recentes novidades em equipamentos, serviços e soluções para o setor. Voltadas para diferentes aplicações, as empresas levaram à exposição algumas opções que já estão presentes no mercado internacional, mas que ainda aguardam por uma aplicação mais intensiva em território brasileiro.
Com foco nas mineradoras de superfície, a Vermeer Brasil, por exemplo, apresentou a linha Terrain Leveler (TL), que chega ao país disponibilizada nos modelos T1255 e T1655. De acordo com César Leite, gerente do segmento de escavação especializada da fabricante, os produtos constituem uma alternativa viável aos processos extrativistas tradicionais que necessitam de perfuração, trituração primária e explosões, sem exigir, portanto, a paralisação das atividades.
O principal diferencial entre os modelos, conforme explica o executivo, é mesmo o tamanho. Com aproximadamente 180 tone
Em meio aos acalorados debates sobre as mudanças trazidas pelo novo Marco Regulatório e seu impacto para o futuro da mineração brasileira, a 15ª edição da Exposibram (Exposição Internacional de Mineração) apresentou as mais recentes novidades em equipamentos, serviços e soluções para o setor. Voltadas para diferentes aplicações, as empresas levaram à exposição algumas opções que já estão presentes no mercado internacional, mas que ainda aguardam por uma aplicação mais intensiva em território brasileiro.
Com foco nas mineradoras de superfície, a Vermeer Brasil, por exemplo, apresentou a linha Terrain Leveler (TL), que chega ao país disponibilizada nos modelos T1255 e T1655. De acordo com César Leite, gerente do segmento de escavação especializada da fabricante, os produtos constituem uma alternativa viável aos processos extrativistas tradicionais que necessitam de perfuração, trituração primária e explosões, sem exigir, portanto, a paralisação das atividades.
O principal diferencial entre os modelos, conforme explica o executivo, é mesmo o tamanho. Com aproximadamente 180 toneladas, o T1655 é equipado com dois motores CAT de 600 HP, enquanto o T1255 pesa cerca de 100 toneladas, operando com motor CAT de 600HP. “As máquinas já estão trabalhando em minas de ferro na Austrália, de iodo no Chile, de gesso nos EUA e de cobre na África, reduzindo os impactos nas comunidades próximas às operações e aumentando a vida útil das plantas de mineração”, explana Leite. “No Brasil, já estamos em conversando com algumas empresas, esperando ter alguns equipamentos para demonstrações em 2014.”
Para britagem móvel, a Kleemann mostrou a máquina MR 110 Z EVO S, que integra a linha de impactores da marca. De acordo com Jorge Sales, consultor regional de vendas da Wirtgen Brasil, o equipamento oferece maior autonomia e controle operacional do sistema de britagem, além de contar com capacidade de produção de até 350 t/h e possibilidade de utilização no processamento de pedras naturais, asfalto e resíduos de demolição, gerando produtos finais de alta qualidade.
“Nosso objetivo é quebrar paradigmas com relação à britagem móvel, pois grandes clientes de mineração e britagem de agregados acreditam que a planta móvel é limitada em comparação às plantas fixas, seja em relação a produtividade, custo operacional, estabilidade ou mesmo desgaste das peças”, enumera o executivo. “Essas são algumas críticas recorrentes e, por isso, estamos trazendo projetos para quebrar essas barreiras.”
O consultor cita como exemplo a pedreira do Projeto Tamoio, no Rio de Janeiro, na qual são utilizados equipamentos de britagem e peneiramento móvel. Segundo ele, os equipamentos atuam na produção de brita, principal insumo da construção civil, atendendo à grande demanda no estado. Para a atuação neste projeto, foram escolhidos oito equipamentos da Kleemann, sendo quatro britadores cônicos modelo MCO 13 (dois deles no modelo MCO13S, com peneira de três decks acoplada) e duas peneiras MS23D.
NACIONALIZAÇÃO
Para avançar no mercado nacional, algumas empresas estão produzindo equipamentos para a área de mineração em solo brasileiro, como é o caso da Liebherr, que apresentou pela primeira vez a escavadeira hidráulica R974 C, produzida em sua fábrica de Guaratinguetá (SP).
O equipamento de 93 toneladas foi especialmente desenvolvido para atender ao mercado de mineração, que demanda máquinas com maior capacidade produtiva e capazes de operar em conjunto com caminhões off-road de grande porte. Segundo Ricardo Pagliarini Zurita, gerente comercial da Liebherr, o produto chega ao mercado com largura variável. “Além de ser um equipamento com componentes intercambiáveis com modelos da nossa linha, a máquina foi projetada especificamente para o mercado brasileiro, com a disponibilidade de suporte pós-vendas direto da fábrica”, destaca.
Em termos estruturais, a escavadeira apresenta carro inferior longo e ajustável, permitindo tanto reduzir a largura para facilitar o transporte como ampliar, para garantir a estabilidade da operação. O equipamento, como explica Zurita, conta ainda com caçamba de 5,6 m³ HD, indicada para minério de ferro.
A Bercam é outro fabricante que também aposta em produtos nacionalizados. A empresa mostrou o modelo TP9070, um britador primário sobre esteiras de fabricação 100% nacional, com a possibilidade de captação de financiamento por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), facilitando a aquisição aos clientes. Segundo a fabricante, o equipamento é um compacto robusto, incorporado a um britador de mandíbulas HD920 de alto rendimento. Utilizado em demandas de pequeno e médio porte, o produto atende às necessidades operacionais de pedreiras e mineração a céu aberto.
Já a Titan exibiu o pneu radial LDR250, primeiro pneu radial da linha OTR produzido no Brasil. Segundo Vagner Fernandes, gestor para o mercado OTR da empresa, o pneu é utilizado em pás carregadeiras para trabalhos de média e alta severidade, como pedreiras.
O modelo, como explica Fernandes, foi escolhido para equipar a carregadeira Caterpillar 972H, garantindo maior resistência a perfurações e aumento substancial das horas trabalhadas. “A área de mineração necessita de pneus tanto diagonais quanto radiais”, afirma o especialista. “Logo, o que vai definir o tipo de pneu indicado para equipar a máquina será essencialmente o trajeto, o volume de carga e a velocidade.”
FORA DE ESTRADA
A Scania apresentou o P 310, com redutor nos cubos nos eixos traseiros e que, segundo a empresa, é o caminhão mais robusto de sua faixa de atuação nas operações com caçambas de 14 m³, guindastes ou betoneiras, destinados ao tráfego em todo terreno. Para operações de apoio como caminhões-pipa e guindastes, o G 440 8X4 é uma das sugestões da empresa, uma vez que pode ser equipado com caçamba de 20 m³ para capacidades de até 50 toneladas.
Na linha de implementos, alguns produtos ganharam destaque na Exposibram. É o caso, por exemplo, da caçamba meia-cana com balança embarcada da Rossetti. Daniel Rossetti, gerente de marketing da empresa, explica que se trata do único sistema de balanças nacional que faz a pesagem durante o próprio processo de carregamento, com margem de erro abaixo de 4%.
O sistema permite que a caçamba seja carregada de forma segura, evitando que o caminhão trafegue com excesso de carga ou mesmo abaixo de sua capacidade. Como explica o gerente de marketing da empresa, o cliente pode receber as informações da produtividade de cada veículo via online ou por qualquer outra forma de transmissão, registrando com precisão a carga exata que está sendo transportada. “Trata-se de uma solução indicada para qualquer tipo de trabalho, especialmente fora de estrada”, afirma Rossetti.
SISTEMAS
Ao lado de uma miríade de equipamentos, as empresas também apresentaram na Exposibram seus sistemas e soluções para a área de mineração. A Tracbel, por exemplo, reservou um espaço exclusivo para que os visitantes testassem seu simulador de realidade virtual, um projeto desenvolvido com o Instituto Opus para capacitar e aperfeiçoar operadores de equipamentos pesados, especialmente da marca Volvo. O simulador reproduz cenários de situações reais, atualizando operadores de equipamentos como escavadeiras, caminhões articulados e outros.
Além do simulador, a empresa exibiu uma escavadeira da Volvo de 48 toneladas, lançada em 2012. O objetivo, segundo a empresa, foi divulgar o conceito de atuação conjunta da escavadeira com o caminhão articulado na mineração. “O caminhão articulado sempre foi muito utilizado em operações mais especificas de mineração subterrânea, mas várias minerações já fazem análises para possibilitar a utilização do caminhão articulado junto à escavadeira em minas a céu aberto”, afirma Luiz Gustavo Pereira, CEO do Tracbel Group. “A vantagem disso é que a mina nunca para, pois o caminhão articulado roda em qualquer ambiente, prescindindo até mesmo de estrada para rodar, o que garante alta produtividade na mineração.”
Já a Metso mostrou na Exposibram a importância de uma mineração mais sustentável, apresentando na área de serviços da empresa as Soluções de Ciclo de Vida (LCS – Life Cycle Solutions), Serviços de Campo (FS – Field Services) e Reformas, que segundo a empresa contribuem significativamente para a redução do consumo de energia e de água nas operações.
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