O uso do concreto projetado em estruturas subterrâneas foi o tema central de uma conferência internacional realizada de 11 a 15 de abril, em Campos do Jordão. A iniciativa partiu da entidade United Engineering Foundation, sediada em Nova Iorque (EUA),econtou com o apoio do Comitê Brasileiro de Túneis (CBT), Instituto Brasileiro do Concreto (IBRACON), a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP)e outras entidades, como o Comitê Brasileiro de Mecânica de Rocha (ABMR) e a Associação Brasileira de Mecânica do Solo (ABMS). A SOBRATEMA também esteve presente através do seu diretor de relações internacionais, e empresário da área de equipamentos para esse segmento,
John Astaldt. Participaram especialistas internacionais de várias partes do mundo e profissionais brasileiros ligados a universidades eempresas fornecedoras e usuárias desse ti
O uso do concreto projetado em estruturas subterrâneas foi o tema central de uma conferência internacional realizada de 11 a 15 de abril, em Campos do Jordão. A iniciativa partiu da entidade United Engineering Foundation, sediada em Nova Iorque (EUA),econtou com o apoio do Comitê Brasileiro de Túneis (CBT), Instituto Brasileiro do Concreto (IBRACON), a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP)e outras entidades, como o Comitê Brasileiro de Mecânica de Rocha (ABMR) e a Associação Brasileira de Mecânica do Solo (ABMS). A SOBRATEMA também esteve presente através do seu diretor de relações internacionais, e empresário da área de equipamentos para esse segmento,
John Astaldt. Participaram especialistas internacionais de várias partes do mundo e profissionais brasileiros ligados a universidades eempresas fornecedoras e usuárias desse tipo de tecnologia. “Oevento foi fundamental para discutirmos as melhores soluções para o revestimento de túneis e instalações subterrâneas, com a participação de
representantes das principais escolas mundiais, como a austríaca e a sueca”, diz o chairman da conferência, Tarcísio Celestino, doutor em mecânica de rocha, da Themag e professor da Universidade de São Paulo(USP).
Segundo ele, a “Shotcrete for Underground Support”, realizada pela primeira vez no Brasil, e já em sua oitava edição, enfocou aspectos vitais em obras subterrâneas, como a impermeabilidade desse tipo de concreto no revestimento de estruturas subterrâneas - mediante o uso de mantas entre uma camada e outra ou através de sistemas especiais de drenagem. Também surgiram algumas propostas, como o uso de fibras de aço ou poliméricas projetadas junto com o
concreto - no lugar de telas - quando da aplicação do concreto. E, principalmente, o estágio atual no desenvolvimento de aditivos para aumentar a resistência e acelerar o a dosagem adequada de aditivos, é uma alternativa a ser considerada mesmo em tipos de trabalho onde esteja consagrado o uso do concreto moldado”. Tarcísio Celestino cita como maior exemplo o revestimento secundário (acabamento) de instalações subterrâneas, como as estações do Metrô, mas não descarta o seu uso também em obras de contenção de taludes, mesmo que envolvam grandes volumes.
"Porque as estações de Metrô de Estocolmo, na Suécia, tem o revestimento final com concreto projetado e nós nos limitamos a utilizá-lo no interior de túneis e sistemas de adução?”.
Ele lembra que uma das particularidades e vantagens do “produto concreto projetado”, apesar do seu custo inicial maior
(considerando-se o m3 aplicado), é que ele pode ser aplicado imediatamente após a escavação e com maior rapidez. Além disso, tem condições de aderir em todo o perímetro da estrutura. Mesmo porque, ele não precisa de formas, o que, por si só, gera economia e viabiliza a execução de revestimentos com espessuras menores que 30 ou 40 cm — o mínimo que se consegue com o concreto moldado.
Em termos de equipamentos, a conferência revelou uma tendência de substituição gradual dos procedimentos manuais de jateamento por equipamentos que garantam maior velocidade, uma superfície melhor acabada do ponto de vista da homogeneidade, além de proporcionar melhores condições de segurança e salubridade para o operador (o famoso “mangoteiro”) - que poderá passar a trabalhar protegido no interior de uma cabine, ou distanciado do local, através de um equipamento robô com controle remoto.
Apesar do processo convencional de jateamento ainda ser considerado eficiente, a maioria dos especialistas foi unânime em afirmar que equipamentos mais elaborados garantem maior produtividade na execução do revestimento e maior qualidade. "O ideal é que o concreto seja projetado a 90° graus do ponto em que está sendo aplicado, mas no procedimento manual o operador tende a se posicionar meio de lado para se proteger dos respingos de um material que é lançado a 100 Km/h”, diz Celestino.
Ele entende também que o uso de fibras de aço ou poliméricas, já comum nos países nórdicos, só pode ser viabilizado com uma nova nova geração de equipamentos. "Ele deve ter algumas sutilezas, para lançar, por exemplo, a fibras de aço em forma deagulhas, não pode ser um sistema comum de jateamento”.
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