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Revista M&T - Ed.11 - Mai/Jun 1992
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SERVIÇOS

Não Faça Manutenção: Administre-a

Jader Fraga Santos
Presidente da Sobratema

Numa rápida observação do que acontece no mundo da manutenção das construtoras, nos defrontamos com os mais variados sistemas (para atingir, quase sempre, os mesmos objetivos), cada qual marcado por peculiaridades e — por elas — suscetíveis de serem enquadrados em alguns padrões de conduta.

Se o espírito de liderança é forte, existe uma tendência criativa estimulante, capaz de fabricar ferramentas, máquinas e dispositivos para execução de atividades que também demandam manutenção; os melhores exemplos são aqueles que com orgulho afirmam: "Aqui nós fazemos tudo". São artífices da profissão, com freqüência confundindo fins meios.

Se o posto de comando é ocupado por um espírito administrador, tica de trabalho enfatiza a burocracia, exercendo controle e normatiza quase todas as atividades. Sua vada é a parafernália de manua procedimentos, com o controle dendo a "controlar o controle".

O sinal mais evidente desse sistema é o volume de papel sobre as mesas daqueles que deveriam pensar nas soluções a longo alcance. O grande aliado dos representantes desse estilo é o computador. Se o casamento dá certo, não há Beltrão capaz de dissolvê-lo.

Se o comandante não planeja, passamos a assistir a manutenção heróica. Turmas especiais, horas extras abundantes, especialistas imprescindíveis para as exceções e soluções bizarras atentando contra os mais elementares princípios de administração. Os aspectos salientados nestes exemplos deixam transparente a ausência de competência no trato da manutenção.

A primeira função do líder é prever de antemão, sabendo que a única certeza nas previsões é a da ocorrência de imprevistos. A competência é tão mais manifestada quanto maior for o diferencial entre o previsível e o imprevisível.<


Jader Fraga Santos
Presidente da Sobratema

Numa rápida observação do que acontece no mundo da manutenção das construtoras, nos defrontamos com os mais variados sistemas (para atingir, quase sempre, os mesmos objetivos), cada qual marcado por peculiaridades e — por elas — suscetíveis de serem enquadrados em alguns padrões de conduta.

Se o espírito de liderança é forte, existe uma tendência criativa estimulante, capaz de fabricar ferramentas, máquinas e dispositivos para execução de atividades que também demandam manutenção; os melhores exemplos são aqueles que com orgulho afirmam: "Aqui nós fazemos tudo". São artífices da profissão, com freqüência confundindo fins meios.

Se o posto de comando é ocupado por um espírito administrador, tica de trabalho enfatiza a burocracia, exercendo controle e normatiza quase todas as atividades. Sua vada é a parafernália de manua procedimentos, com o controle dendo a "controlar o controle".

O sinal mais evidente desse sistema é o volume de papel sobre as mesas daqueles que deveriam pensar nas soluções a longo alcance. O grande aliado dos representantes desse estilo é o computador. Se o casamento dá certo, não há Beltrão capaz de dissolvê-lo.

Se o comandante não planeja, passamos a assistir a manutenção heróica. Turmas especiais, horas extras abundantes, especialistas imprescindíveis para as exceções e soluções bizarras atentando contra os mais elementares princípios de administração. Os aspectos salientados nestes exemplos deixam transparente a ausência de competência no trato da manutenção.

A primeira função do líder é prever de antemão, sabendo que a única certeza nas previsões é a da ocorrência de imprevistos. A competência é tão mais manifestada quanto maior for o diferencial entre o previsível e o imprevisível.

Sua segunda função é definir, de forma inequívoca, a manutenção como um sistema capaz de fazer as máquinas operarem de forma segura, produtiva e econômica. Este trinômio deve ser reavaliado toda vez que se necessitar tomar decisões, envolvendo a estrutura ou objetivo do sistema.

A terceira — e mais penosa — de suas funções é ter que fazer manutenção. De preferência, o mínimo possível de manutenção, de tal forma que a simplicidade não comprometa a efetividade. Quando afirmamos "fazer o mínimo possível", não estamos sugerindo deixar de fazer qualquer das mais simples intervenções. Estamos sugerindo que alguém pode fazê-la por você.

Um exemplo típico de conduta inadequada é você possuir enormes estoques próprios de peças de reposição quando estiver trabalhando junto ao seu fornecedor. Da mesma forma, é inadequado montar um sistema de manutenção preventiva adquirindo um ferramenta! oneroso e contratando numerosos funcionários, para utilizá-los de tempos em tempos, com ociosidade elevada, havendo na região um distribuidor ou representante capaz de atendê-lo satisfatoriamente.

No roteiro básico para análise ou mesmo para implantação de um sistema, devem forçosamente, constar os seguintes itens:

1. Qual o tamanho do seu problema? frota, local de obra, recursos humanos, materiais, catálogos etc.

2. Os elementos do item anterior permitem que você planeje o ataque de forma eficiente, usando todas as armas possíveis, de tal sorte que a cada batalha seja observada uma vantagem de 3 para 1 a favor de seu exército (equipe).

3.Escolha adequadamente seus comandantes (auxiliares), segundo os critérios McArthur quanto à iniciativa de cada um deles, ou seja: a) se competente e dotado de iniciativa, coloque-o no posto mais avançado, onde o inimigo se mostra mais resistente; b) se competente mas sem iniciativa, faça-o assessor; c) se incompetente e sem iniciativa, dê-lhe trabalhos repetitivos; e d) se incompetente e com iniciativa, demita-o; os deste tipo são capazes de fazê-lo perder a guerra.

4. Controle todas as batalhas, apurando os ganhos e as perdas, de maneira que as informações, em forma de "feedback", sejam capazes de modificar os efeitos que possam provocar resultados indesejáveis.

Isto feito, dissemine o princípio do seu trabalho, dizendo a todos que "manutenção é também um processo de aperfeiçoamento das máquinas, onde um reparo não somente restitui a capacidade anterior de trabalho, mas , se necessário, eleva tal capacidade a um nível superior, espaçando cada vez mais os intervalos entre uma intervenção e outra".

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