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Revista M&T - Ed.191 - Junho 2015
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Concreto

Na dose certa

Fabricante sugere mudança de procedimentos para reduzir o tempo e aumentar a eficiência no processo de produção de concreto em centrais dosadoras

Pode até passar despercebido por quem não é do ramo, mas a evolução de centrais dosadoras de concreto já é uma realidade no Brasil. Atualmente, com o rápido avanço tecnológico obtido nos últimos anos, já existem tecnologias e equipamentos que aprimoram a operação desses equipamentos, garantindo maior eficiência e rapidez na produção do material. Porém, ainda restam alguns pontos a melhorar, como em procedimentos, por exemplo.

Segundo Arcindo Vaquero y Mayor, consultor técnico da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem (Abesc), o concreto é o segundo produto mais consumido na Terra, perdendo apenas para a água. “Daí a importância indiscutível de desenvolver novas tecnologias e formas corretas de aplicação deste material”, afirma.

Ainda de acordo com a Abesc, atualmente cerca de 20% do concreto consumido no Brasil são produzidos em centrais dosadoras. Em países com tecnologias mais avançadas, como EUA e Alemanha, o percentual ultrapassa 80%.

Nesse sentido, há também de se considerar o conjunto. Afinal, como explica Henrique Zurita Filho, gerente comerc


Pode até passar despercebido por quem não é do ramo, mas a evolução de centrais dosadoras de concreto já é uma realidade no Brasil. Atualmente, com o rápido avanço tecnológico obtido nos últimos anos, já existem tecnologias e equipamentos que aprimoram a operação desses equipamentos, garantindo maior eficiência e rapidez na produção do material. Porém, ainda restam alguns pontos a melhorar, como em procedimentos, por exemplo.

Segundo Arcindo Vaquero y Mayor, consultor técnico da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem (Abesc), o concreto é o segundo produto mais consumido na Terra, perdendo apenas para a água. “Daí a importância indiscutível de desenvolver novas tecnologias e formas corretas de aplicação deste material”, afirma.

Ainda de acordo com a Abesc, atualmente cerca de 20% do concreto consumido no Brasil são produzidos em centrais dosadoras. Em países com tecnologias mais avançadas, como EUA e Alemanha, o percentual ultrapassa 80%.

Nesse sentido, há também de se considerar o conjunto. Afinal, como explica Henrique Zurita Filho, gerente comercial da divisão de concretos da Liebherr Brasil, a eficácia na produção de concreto por centrais dosadoras está diretamente relacionada à integração de outros equipamentos, como as betoneiras e recicladoras de concreto. “Em toda a América Latina, a mistura do concreto é realizada na betoneira, de modo que são poucas as utilizações em que o concreto é misturado diretamente na central”, diz ele. “Com isso, a betoneira montada sobre o caminhão é uma ferramenta-chave para as concreteiras, tornando a mistura de concreto mais eficiente.”

Esses elementos, diz o especialista, são essenciais para obter-se a redução do tempo de operação, por exemplo, que é o cerne de uma operação mais eficaz. Segundo avaliações técnicas realizadas pela Liebherr, o processo convencional de produção e distribuição em uma central dosadora de concreto normalmente é realizado em um tempo de 26 minutos, que – grosso modo – consiste na chegada da betoneira à central, manobra para limpeza do tambor, procedimento de carga, carregamento da betoneira, manobra para ajuste de água/redosagem e, por fim, o próprio ajuste de água/redosagem.

CONFIGURAÇÃO

Porém, já é possível obter-se um avanço significativo, de modo a garantir um tempo (bem) menor no processo. Segundo a fabricante, com algumas alterações o procedimento pode ser executado em até 14 minutos (ou seja, uma redução de 46,1% no tempo de operação). Para tanto, a Liebherr sugere a eliminação da manobra para ajuste de água/redosagem, além de deixar de realizar o ajuste de água/redosagem.

Isso porque, sem a utilização do redosador, é possível trazer a carga da betoneira já com a água ajustada no caminhão. “Normalmente, leva-se mais tempo ajustando a água do que com a carga propriamente dita”, afirma Zurita. “Ou seja, sem a manobra de redosagem, que é um processo que consome bastante tempo, conseguiríamos realizar o carregamento de uma betoneira em muito menos tempo.”

Mas há ainda outros pontos que ajudam a obter melhores resultados nas centrais. Como foi dito acima, para o bom funcionamento de uma concreteira também é essencial contar com a sinergia e ajuste entre alguns elementos basilares, incluindo controle de pó na carga e no silo de cimento, estrutura robusta e esteira bem dimensionada, além da disponibilidade de balança para agregados e de betoneira com tambor misturador.

Outro aspecto importante em relação às novas tecnologias é a necessidade de se realizar a sucção do pó no momento da carga, além da possibilidade de se montar uma central dosadora com duas balanças de agregados, ao invés de apenas uma. “Com isso, o tempo de ciclo fica mais rápido, sem a necessidade de equipamentos maiores”, explana Zurita. “Com duas balanças, liberamos mais rápido o produto, melhorando a precisão.”

Também é um fator importante a presença de um reciclador de concreto fresco dentro da central. As principais vantagens disso, como explica Zurita, incluem a economia de materiais com a reutilização da pedra e areia separadas do concreto e a reutilização dos finos dissolvidos na água de lavagem das betoneiras e bombas, economizando ainda no descarte e dando destinação correta ao resíduo. “Além disso, a área da concreteira fica mais otimizada, já que não é necessário armazenar o material residual”, finaliza.

Em 2014, 78% das empresas investiram em produção

De acordo com pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), encomendada pela Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto (Abcic), no ano passado 44% das empresas do segmento de pré-fabricados de concreto investiram mais do que em 2013. Na mesma linha, dados da Sondagem de Expectativas da Indústria de Pré-fabricados de Concreto apontam que 31,1% das empresas do segmento planejam investir mais em 2015 do que investiram no ano passado, enquanto 15,6% afirmam que pretendem reduzir os investimentos.

Como mostram os dados do Anuário da Abcic sobre o total aplicado no ano passado pelas empresas do setor, 78% das empresas afirmaram ter destinado recursos para compra de equipamentos para produção, enquanto 53,7% ampliaram suas áreas de produção, 41,5% aplicaram em infraestrutura de equipamentos, 36,6% expandiram as áreas de estocagem e 34,1% investiram em galpões e obras civis.

 

 

 

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