Edmundo Senra Brandão, da Lion, está colaborando mais uma vez com M&T. Nesta edição, ele aborda a injeção eletrônica em motores a diesel.
Motores diesel com módulo de controle eletrônico (ECM - Eletronic Control Module), no sistema de injeção de combustível, já são uma realidade no Brasil. Este artigo visa dar uma ideia dos componentes e seu funcionamento dentro do sistema ECM, atualmente utilizado pela Caterpillar.
No sistema convencional utiliza- se bomba injetora, governor, bicos, avanço centrifugo e papa-fumaça pneumático. A dosagem de combustível (rack) e a razão ar/ combustível é feita atuando-se em parafusos.
O sistema utilizado pela Caterpillar elimina várias peças móveis do sistema, controla o ponto de injeção, a razão ar/combustível e o tempo de queima, permitindo uma melhor performance, com um mínimo de consumo de combustível e baixos níveis de emissão de gases.
No ECM não exist
Edmundo Senra Brandão, da Lion, está colaborando mais uma vez com M&T. Nesta edição, ele aborda a injeção eletrônica em motores a diesel.
Motores diesel com módulo de controle eletrônico (ECM - Eletronic Control Module), no sistema de injeção de combustível, já são uma realidade no Brasil. Este artigo visa dar uma ideia dos componentes e seu funcionamento dentro do sistema ECM, atualmente utilizado pela Caterpillar.
No sistema convencional utiliza- se bomba injetora, governor, bicos, avanço centrifugo e papa-fumaça pneumático. A dosagem de combustível (rack) e a razão ar/ combustível é feita atuando-se em parafusos.
O sistema utilizado pela Caterpillar elimina várias peças móveis do sistema, controla o ponto de injeção, a razão ar/combustível e o tempo de queima, permitindo uma melhor performance, com um mínimo de consumo de combustível e baixos níveis de emissão de gases.
No ECM não existem mais bomba injetora, bicos, avanço centrífugo, governor ou papa- fumaça. Nele, tudo é controlado eletronicamente por parâmetros gravados em chips. Uma interfase permite a conexão externa com microcomputador, onde a monitoração do funcionamento ou diagnóstico é facilitada.
Atuando-se num módulo especial de "personalidade" (personality module) é possível mudar os parâmetros, ajustando-se o desempenho do motor àquele trabalho específico requerido pelo cliente.
Sensores de rotação e ponto de temperatura do sistema de arrefecimento, temperatura ambiente, pressão de lubrificação, pressão primária de combustível, pressão do coletor e aceleração, constituem os três grupos de componentes eletrônicos do ECM: Componentes do Sistema (fig. 1)
1. Entrada
Componentes de entrada são quaisquer sensores que enviam sinais eletrônicos para o ECM do sistema. Os sinais podem variar tanto em voltagem quanto em frequência, em resposta à variação de algum sistema específico do equipamento. Um exemplo: o sensor de temperatura do sistema de arrefecimento varia em voltagem e o de rotação e ponto em frequência.
O ECM recebe esses sinais dos sensores de entrada e os decodifica em informações a respeito das condições, ambiente ou operação do equipamento.
2. Controle
Os componentes de Controle recebem os sinais de entrada, avaliam-nos e fornecem energia elétrica para os componentes de saída, em resposta às combinações pré-determinadas dos valores dos sinais de entrada. Determinados parâmetros são comuns à família dos motores e outros devem ser ajustados a um desempenho específico, através do módulo de personalidade.
3. Saída
Componentes de saída são quaisquer componentes operados pelo Módulo de Controle. Eles recebem energia elétrica do grupo de controle e usam essa energia para:
a) executar um trabalho (como movimentar o êmbolo do injetor solenóide, permitindo a injeção de combustível), regulando ou operando uma parte ativa do equipamento.
b) dar informação ou aviso (como transmitir dados ou acender uma lâmpada) ao operador ou outra pessoa em local remoto. Funcionamento do Sistema (fig. 2)
A rotação do motor é controlada pelo ajuste da duração da queima. O anel sensor de rotação e ponto é parte da cremalheira do volante e fornece informações ao Módulo de Controle Eletrônico (através do sinal do “pick-up magnético”) sobre a rotação do motor e a posição do virabrequim a cada instante (ponto).
Estes dados - junto com outras entradas - permitem que o ECM forneça, precisamente, sinais para o solenóide do injetor. A unidade injetora é energizada para iniciar a injeção e desenergizada para terminá-la. A duração da energização determina a duração da queima e, consequentemente, a rotação do motor.
O ponto da injeção (início da queima) varia em função das condições de operação do equipamento, para otimizar a performance na partida, no controle de emissões de gases, nos ruídos, no consumo de combustível e nas respostas rápidas.
Edmundo Senra Brandão, gerente de desenvolvimento de serviços da Lion.
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