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Revista M&T - Ed.186 - Dez/Jan 2015
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Momento M&T Expo

Infraestrutura projeta investimento recorde

Com previsão de investir R$ 1,17 tri em mais de 6 mil obras, país espera superar gargalos em segmentos como transporte, energia, óleo & gás, saneamento, habitação, indústria e outros

Nos últimos anos, a área da infraestrutura esteve em evidência nas agendas dos governos federal, estadual e municipal. Foram anunciados programas de fomento, como o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e o PIL (Programa de Investimentos em Logística), que vêm contribuindo para o desenvolvimento do setor. As concessões rodoviárias e aeroportuárias são exemplos de ações que movimentaram as empresas do segmento e trouxeram expectativas importantes para a cadeia construtiva.

Para Mário Humberto Marques, vice-presidente da Sobratema, o programa de concessões rodoviárias acertou ao deixar os investidores dominarem a elaboração dos ‘Planos de Negócios’ e os riscos envolvidos. “O governo tem exercido, cada vez mais, o papel de regulador do processo licitatório, sem interferir na elaboração dos planos”, explica. “E algumas restrições ambientais estão sendo tratadas para dar mais agilidade ao início das obras, como é o caso da simplificação dos processos ambientais para a construção de terceiras faixas ou duplicações.”

No caso das concessões dos aeroportos, Marques analisa que elas deverão seguir o mesmo caminho saudável das rodoviárias. Para 2015, a expectativa é que o governo estabeleça novas concessões de infraestrutura, que se transformarão em obras a partir de 2016. “No entanto, para isso ocorrer, serão necessárias ações de ajuste fiscal e adequações nos programas para que saiam do papel as licitações nas áreas de portos e ferrovias”, avalia o especialista.

De acordo com a “Pesquisa Principais Investimentos em Infraestrutura no Brasil até 2019”, publicada pela Sobratema no final do ano, os aportes financeiros no setor para os próximos cinco anos giram em torno de R$ 1,17 trilhão. Ao todo, são 6.068 obras em andamento, em projeto e intenção, contabilizadas e divididas em oito setores da economia: transportes, energia, óleo & gás, saneamento, infraestrutura de habitação, infraestrutura esportiva, indústria e outros. “Se esses empreendimentos forem realizados, haverá uma mudança positiva no segmento”, afirma Marques. Algumas obras citadas na pesquisa incluem o Superporto do Espírito Santo, o Trem de Alta Velocidade (TAV), a Ferrovia Minas-Bahia, as Usinas Hidrelétricas de Belo Monte, Jirau e S


Nos últimos anos, a área da infraestrutura esteve em evidência nas agendas dos governos federal, estadual e municipal. Foram anunciados programas de fomento, como o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e o PIL (Programa de Investimentos em Logística), que vêm contribuindo para o desenvolvimento do setor. As concessões rodoviárias e aeroportuárias são exemplos de ações que movimentaram as empresas do segmento e trouxeram expectativas importantes para a cadeia construtiva.

Para Mário Humberto Marques, vice-presidente da Sobratema, o programa de concessões rodoviárias acertou ao deixar os investidores dominarem a elaboração dos ‘Planos de Negócios’ e os riscos envolvidos. “O governo tem exercido, cada vez mais, o papel de regulador do processo licitatório, sem interferir na elaboração dos planos”, explica. “E algumas restrições ambientais estão sendo tratadas para dar mais agilidade ao início das obras, como é o caso da simplificação dos processos ambientais para a construção de terceiras faixas ou duplicações.”

No caso das concessões dos aeroportos, Marques analisa que elas deverão seguir o mesmo caminho saudável das rodoviárias. Para 2015, a expectativa é que o governo estabeleça novas concessões de infraestrutura, que se transformarão em obras a partir de 2016. “No entanto, para isso ocorrer, serão necessárias ações de ajuste fiscal e adequações nos programas para que saiam do papel as licitações nas áreas de portos e ferrovias”, avalia o especialista.

De acordo com a “Pesquisa Principais Investimentos em Infraestrutura no Brasil até 2019”, publicada pela Sobratema no final do ano, os aportes financeiros no setor para os próximos cinco anos giram em torno de R$ 1,17 trilhão. Ao todo, são 6.068 obras em andamento, em projeto e intenção, contabilizadas e divididas em oito setores da economia: transportes, energia, óleo & gás, saneamento, infraestrutura de habitação, infraestrutura esportiva, indústria e outros. “Se esses empreendimentos forem realizados, haverá uma mudança positiva no segmento”, afirma Marques. Algumas obras citadas na pesquisa incluem o Superporto do Espírito Santo, o Trem de Alta Velocidade (TAV), a Ferrovia Minas-Bahia, as Usinas Hidrelétricas de Belo Monte, Jirau e Santo Antônio, o Sistema Produtor de Água São Lourenço, entre outras.

A pesquisa ressalta ainda que o Brasil precisa investir mais em infraestrutura para alavancar o crescimento econômico nacional. Há três décadas, o país investe pouco mais de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) ao ano no segmento, uma taxa inferior ao do Chile, Colômbia e Peru, que aportaram anualmente 5%, 3% e 4% dos seus respectivos PIBs nos últimos anos. Em 2013, o índice foi de 2,5%, enquanto a China chegou a 13%. “Em um ano, a China construiu o equivalente a toda a nossa infraestrutura”, diz o estudo.

TRANSPORTES

O levantamento aponta que o setor que mais receberá aportes financeiros até 2019 é o de transportes, com aproximadamente R$ 438,4 bilhões, o que corresponde a 37,49% do valor total estimado. Na sequência, estão as áreas de óleo & gás, com R$ 319,5 bilhões, e de energia, com R$ 191,7 bilhões. “Esses dados refletem a necessidade de fortes investimentos para ampliar e melhorar a qualidade das rodovias, portos, aeroportos e ferrovias, de modo a aumentar a competitividade das empresas brasileiras e, consequentemente, contribuir para um crescimento econômico mais robusto”, opina Marques.

Atualmente, o segmento de transporte e logística representa um dos maiores gargalos na economia nacional. Dados da pesquisa Custos Logísticos no Brasil 2014, da Fundação Dom Cabral, mostram que os custos logísticos no Brasil consomem 11,19% da receita das empresas, que revelam ter um alto nível de dependência de rodovias (85,6%), máquinas e equipamentos (68,5%) e energia elétrica (66,7%). “Em linhas gerais, o transporte continua sendo um fator muito presente na composição do custo logístico, basta ver, por exemplo, que 48,6% das 111 empresas consultadas consideram muito alta a influência dos transportes na formação do preço final de seus produtos”, destaca Paulo Resende, coordenador do Núcleo de Infraestrutura e Logística da Fundação Dom Cabral e responsável pelo estudo. Na indústria da construção, o custo da logística – que equivale a 21,33% do que o setor arrecada – é utilizado principalmente para transportar produtos e matérias-primas.

O agronegócio também sofre com o custo logístico. Segundo o consultor Luiz Antonio Fayet, entre 2003 e 2013, enquanto os custos logísticos na Argentina cresciam de US$ 14 por tonelada (posta no porto) para US$ 20, no Brasil a conta passou de US$ 28, em 2003, para US$ 92 dez anos depois, em um aumento de 228,5%. Para ele, a redução desse custo passa, necessariamente, pela conclusão das obras do chamado “Arco Norte”, uma série de projetos envolvendo ferrovias, hidrovias, terminais portuários e áreas de transbordos que estão em andamento no Centro-Oeste, Norte e Nordeste do país. Nesse sentido, os investimentos em transporte nessas três regiões estão estimados em R$ 80 bilhões até 2019, segundo a Pesquisa da Sobratema.

EQUIPAMENTOS

Esses aportes financeiros destinados aos diversos setores da infraestrutura contribuirão, também, para fomentar o setor de equipamentos para construção e mineração. Por esse motivo, os fabricantes do segmento já confirmaram sua participação na M&T Expo 2015 – 9ª Feira e Congresso Internacionais de Equipamentos para Construção e 7ª Feira e Congresso Internacionais de Equipamentos para Mineração, a ser realizada de 9 a 13 de junho do próximo ano, no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center, nova denominação do Centro de Exposições Imigrantes.

Algumas das empresas já confirmadas são Ammann do Brasil, Astec do Brasil, Atlas Copco, Ausa, BMC-Hyundai, Case Construction Equipment, Caterpillar, Doosan, Gascom, Guiton Socage, Haulotte, Imapi, JCB, JLG, John Deere/Hitachi, Komatsu, LDA Tanques, Liebherr, Lintec-Ixon, Machbert, Manitou Brasil, New Holland Construction, Palfinger, Proton Primus, Putzmeister, Randon Veículos, Romanelli, Rontan, Rossetti, Sany, Schwing-Stetter, Skyjack, Tadano Brasil, Terex Latin America, Volvo Construction Equipment, Wacker Neuson, Wirtgen Group, Wolf, XCMG, XGMA, Yanmar e outras.

 

 

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