Em outro contexto, o estudo divulgado pelo jornal O Estado de S.Paulo sobre os indícios concretos de retomada econômica poderia representar uma das notícias mais animadoras do país. Produzido pela Tendências Consultoria, o levantamento constata que 27 indicadores econômicos já reverteram a curva negativa, resistindo às oscilações que ainda assombram o campo político.
Mais que isso, como aponta o estudo, a tendência de recuperação em alguns indicadores já vem desde o final do ano passado, abrangendo vetores como crédito para pessoas físicas, massa de renda do trabalho, renda média e produção de bens duráveis. A exceção mais notável, infelizmente, continua sendo o nível de ocupação da força de trabalho, que deverá demorar um pouco mais para reagir.
Tal empuxo, como destacam os pesquisadores, tem forte participação da alta dos preços das commodities no mercado internacional, mas também reflete o impulso significativo de produtividade no agronegócio, que neste ano obterá uma safra quase 25% maior que a anterior. E a demanda por equipamentos pegou carona nesse avanço. Pelos dados do IBGE, o segmento de bens de capital acumula alta de 3,5% no ano, sendo que a produção de maquinário agrícola teve expansão de 24,8% no 1º semestre.
Além disso, em relação ao momento de maior baixa, o desempenho de indicadores sensíveis à renda e ao PIB vem mostrando avanços animadores, incluindo serviços
Em outro contexto, o estudo divulgado pelo jornal O Estado de S.Paulo sobre os indícios concretos de retomada econômica poderia representar uma das notícias mais animadoras do país. Produzido pela Tendências Consultoria, o levantamento constata que 27 indicadores econômicos já reverteram a curva negativa, resistindo às oscilações que ainda assombram o campo político.
Mais que isso, como aponta o estudo, a tendência de recuperação em alguns indicadores já vem desde o final do ano passado, abrangendo vetores como crédito para pessoas físicas, massa de renda do trabalho, renda média e produção de bens duráveis. A exceção mais notável, infelizmente, continua sendo o nível de ocupação da força de trabalho, que deverá demorar um pouco mais para reagir.
Tal empuxo, como destacam os pesquisadores, tem forte participação da alta dos preços das commodities no mercado internacional, mas também reflete o impulso significativo de produtividade no agronegócio, que neste ano obterá uma safra quase 25% maior que a anterior. E a demanda por equipamentos pegou carona nesse avanço. Pelos dados do IBGE, o segmento de bens de capital acumula alta de 3,5% no ano, sendo que a produção de maquinário agrícola teve expansão de 24,8% no 1º semestre.
Além disso, em relação ao momento de maior baixa, o desempenho de indicadores sensíveis à renda e ao PIB vem mostrando avanços animadores, incluindo serviços de armazenagem (8,4%), transporte terrestre (4,4%), fluxo de veículos pesados em pedágios (7,8%) e venda de combustíveis (2,3%), dentre outros.
É verdade que tal quadro contrasta com as advertências de muitos analistas, que reiteram que a crise política pode contagiar e inibir a recuperação econômica. Isso talvez explique por que 80% das empresas de construção venham recebendo pagamentos da administração pública com atrasos, como já apontou a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), ou mesmo que o emprego no setor registre uma redução em 70% das empresas, que atualmente contam com apenas 55% do contingente de que dispunham no ano passado. Ou que a estimativa do PIB para o ano tenha recuado para 0,3%.
Ainda não se sabe qual análise está mais próxima da realidade. Seja como for, do ponto de vista da força produtiva a hora é de trabalhar para consumar a virada, pois – ao menos no setor de máquinas e equipamentos – todos estão mais que preparados para acompanhar um novo fluxo ascendente do mercado, que quiçá esteja mais perto do que muitos acreditam. Boa leitura.
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