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Revista M&T - Ed.177 - Março 2014
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Rental

Em busca da consolidação

Facilidades na compra de máquinas atraem players de todos os portes e matizes, mas locadores tradicionais apostam em uma rápida reconfiguração do mercado

Um ano de consolidação no setor. Esta é a perspectiva para 2014 de algumas das principais locadoras nacionais de equipamentos, que nos últimos anos vêm sobrevivendo em meio a um cenário de canibalismo comercial e árdua competição por espaço o que inclui desde players tradicionais, passando por novos protagonistas de pequeno porte até grandes locadoras aqui aportadas via fundos financeiros internacionais. Obviamente, cada tipo de empresa aponta um motivo diferente para acreditar na consolidação do mercado, mas no limite todas elas esperam um ano ligeiramente melhor do que 2013, que, diga-se, não foi exatamente ruim para o setor.

É o caso da quase quarentona Escad. Na avaliação de seu diretor comercial, Eurimilson Daniel, o setor de rental manteve uma significativa representatividade de 25% a 30% em negociações de equipamentos da Linha Amarela para o mercado privado. “Esse é um dado importante, principalmente se considerarmos que o mercado nacional vendeu cerca de 30 mil unidades no total, sendo dez mil diretamente para o governo, por meio do Ministério do Desenvolvimento Agrário”, diz ele. “Mas esse índice de locação foi alcançado graças à pulverização do setor em todo o território brasileiro, com a chegada de novos entrantes e um expressivo crescimento de empresas menores, além da renovação de frota das empresas maiores.”

Para Daniel, outro fator que impulsiona fortemente a aquisição de equipamentos por parte das locadoras é o crescente oferta de produtos com propostas atrativas, estimulada pela concorrência cada vez mais acirrada entre os fabricantes com operação no Brasil. “Basicamente, essa oferta expandiu pela atuação de dois grupos de competidores: os importadores, com preços competitivos graças à política macroeconômica e tributária, e os que produzem aqui no Brasil, que obtêm financiamentos com baixas taxas de juros via BNDES (Finame)”, explica.

READEQUAÇÃO

Na mais recente sondagem realizada pelo Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção, cerca de 40 construtoras e locadoras foram ouvidas durante o ano de 2013. Um dos resultados que mais chamam a atenção neste estudo é a convicção – expressa pel


Um ano de consolidação no setor. Esta é a perspectiva para 2014 de algumas das principais locadoras nacionais de equipamentos, que nos últimos anos vêm sobrevivendo em meio a um cenário de canibalismo comercial e árdua competição por espaço o que inclui desde players tradicionais, passando por novos protagonistas de pequeno porte até grandes locadoras aqui aportadas via fundos financeiros internacionais. Obviamente, cada tipo de empresa aponta um motivo diferente para acreditar na consolidação do mercado, mas no limite todas elas esperam um ano ligeiramente melhor do que 2013, que, diga-se, não foi exatamente ruim para o setor.

É o caso da quase quarentona Escad. Na avaliação de seu diretor comercial, Eurimilson Daniel, o setor de rental manteve uma significativa representatividade de 25% a 30% em negociações de equipamentos da Linha Amarela para o mercado privado. “Esse é um dado importante, principalmente se considerarmos que o mercado nacional vendeu cerca de 30 mil unidades no total, sendo dez mil diretamente para o governo, por meio do Ministério do Desenvolvimento Agrário”, diz ele. “Mas esse índice de locação foi alcançado graças à pulverização do setor em todo o território brasileiro, com a chegada de novos entrantes e um expressivo crescimento de empresas menores, além da renovação de frota das empresas maiores.”

Para Daniel, outro fator que impulsiona fortemente a aquisição de equipamentos por parte das locadoras é o crescente oferta de produtos com propostas atrativas, estimulada pela concorrência cada vez mais acirrada entre os fabricantes com operação no Brasil. “Basicamente, essa oferta expandiu pela atuação de dois grupos de competidores: os importadores, com preços competitivos graças à política macroeconômica e tributária, e os que produzem aqui no Brasil, que obtêm financiamentos com baixas taxas de juros via BNDES (Finame)”, explica.

READEQUAÇÃO

Na mais recente sondagem realizada pelo Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção, cerca de 40 construtoras e locadoras foram ouvidas durante o ano de 2013. Um dos resultados que mais chamam a atenção neste estudo é a convicção – expressa pelos players – de que alguns dos locadores menores e com pouco tempo de operação tendem a desaparecer nos próximos anos. A justificativa é a endêmica falta de profissionalismo dessas empresas, o que dificultaria sua atuação em um mercado progressivamente mais maduro e competitivo, como tende a se tornar a locação nacional no curto prazo.

Segundo o executivo da Escad, grande parte dos locadores menores não tem conhecimento preciso do custo-hora dos seus equipamentos e isso, evidentemente, prejudica o setor como um todo. Em momentos de baixa no mercado, por exemplo, as locações são feitas com valores muito inferiores aos custos efetivos, desestabilizando os valores de locação no mercado. “A facilidade de compra de máquinas nos últimos anos culminou num mercado oportunista e sem know-how”, crava Daniel. “Tanto que, em 2013, muitas empresas desse tipo entraram em processo de insolvência, o que traz perspectivas de reconfiguração do mercado, com uma ‘limpeza’ no nosso setor.”

PRESSÕES

Há, porém, outros pontos a considerar. Expandindo a análise das tendências, uma das locadoras entrevistadas pelo Estudo Sobratema avalia que – na atual conjuntura – pode haver uma acomodação acelerada do mercado entre os grandes grupos.

Para esse entrevistado, que preferiu não se identificar, tal rearranjo será incitado pela perda de rentabilidade dos grupos financeiros internacionais que recentemente aportaram em locadoras de grande porte. “Ao invés de eficiência e rentabilidade, eles se guiam por indicadores que não levam em consideração a sustentabilidade do negócio, como faturamento e market share, o que leva à prática de valores irreais e insustentáveis”, diz ele, sugerindo resultados negativos para esse tipo de empresa “oportunista” em 2014. “Como o ‘prazo de validade’ de alguns desses fundos já está chegando ao fim e não há perspectivas de melhora no mercado acionário que possibilite uma ‘porta de saída’, as pressões por resultados tendem a crescer.”

Se isso realmente acontecer, empresas como A Geradora – que desde 2012 é controlada parcialmente pela Angra Partners, um fundo de gestão de investimentos em private equity – não querem estar entre os prejudicados. Para isso, a locadora vem ampliando o seu ramo de atuação nos últimos anos e pretende investir R$ 70 milhões na compra de novas máquinas. “Acreditamos no mercado, pois boa parte das construtoras e usuários de equipamentos já entende que o custo-benefício da locação é mais atrativo que o da compra”, explana Cândido Terceiro, diretor comercial de marketing do grupo. “Portanto, a representatividade da locação nas compras anuais de equipamentos só tende a subir, chegando a índices próximos dos 60%, como já ocorre em países mais desenvolvidos.”

Recentemente, A Geradora – que já teve outro fundo de investimentos em seu quadro societário – comprou a Poliservice, passando a atuar também no fornecimento de energia e climatização para eventos. “Enxergamos a locação como um negócio que, cada vez mais, exige escala e capilaridade para atuação”, diz Terceiro. “Por isso, já possuímos 19 unidades de negócios no Brasil e queremos expandir ainda mais em 2014, aumentando também a frota de equipamentos, que atualmente ultrapassa as 10 mil unidades”, completa, explicando que esse volume inclui grupos geradores, plataformas aéreas, torres de iluminação, rolos compactadores, equipamentos compactos e outros.

OPORTUNIDADES

Com matriz em Belo Horizonte (MG) e filiais em outras sete capitais, a Lafaete também aposta no mercado para 2014. A perspectiva otimista baseia-se no resultado positivo obtido pela empresa com a locação de equipamentos da Linha Amarela nos últimos dois anos. “Contudo, tivemos como alavanca outras linhas de produtos que oferecemos para locação, como os módulos habitacionais para canteiros de obras, caminhões, grupos geradores, tendas e torres de iluminação”, informa a assessoria de imprensa.

Neste ano, a empresa pretende ampliar o número de filiais em outras capitais brasileiras, em uma estratégia diretamente atrelada ao crescimento da frota. “A questão logística é um fator decisivo para o cliente de locação”, pondera a Lafaete. “Portanto, estar próximo à obra faz a diferença, uma vez que, em alguns casos, o custo do frete tem um peso consideravelmente maior na decisão de locação pelo cliente.”

A Mills Rental é outra empresa de locação que pertence a um grupo de negócios, a Mills. Em 2010, o grupo abriu o capital por meio de uma oferta pública de ações (IPO) de R$ 685 milhões e, desde então, se apoia nessa estratégia para crescer. Segundo Sérgio Kariya, diretor da Mills Rental, em 2014 a divisão planeja um aporte de R$ 71 milhões na compra de novas plataformas aéreas de trabalho, o principal tipo de máquinas locado pela empresa. De fato, o momento é mais que oportuno, pois, como mostram os números divulgados pela Sobratema, só em 2013 foram vendidas 7,9 mil máquinas desse tipo.

“No ano passado, todos os modelos de plataformas tiveram um aumento significativo, sendo que a frota total chegou a cerca de 30 mil unidades”, diz Kariya. “O motivo é que as plataformas aéreas têm contribuído significativamente na melhoria da segurança, mobilidade e produtividade das obras e o mercado locador entendeu isso, oferecendo maior flexibilidade para locações menores, sejam diárias, semanais ou mensais.”

 

 

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