O advento da automação, da eletrônica e da telemetria pode ser visto como um divisor de águas na evolução das máquinas em todo o mundo.
Isso vale ainda mais para o Brasil, onde o avanço tecnológico sempre foi visto como uma forma de encarecer o produto e, atualmente, tornou-se sinônimo de produtividade, economia e eficiência, resultando em aumento do desempenho operacional.
Conforme a tecnologia evolui, todavia, os cuidados diários devem ser ainda maiores. Procedimentos como lubrificação adequada, drenagem de água do combustível e verificação regular de filtros e componentes se tornaram regras básicas para maximizar a disponibilidade das frotas.
Quando se fala em pás carregadeiras, especificamente, o segredo para reduzir o índice de máquina parada é estabelecer uma abordagem proativa em relação à manutenção e a operação. Esse aspecto
O advento da automação, da eletrônica e da telemetria pode ser visto como um divisor de águas na evolução das máquinas em todo o mundo.
Isso vale ainda mais para o Brasil, onde o avanço tecnológico sempre foi visto como uma forma de encarecer o produto e, atualmente, tornou-se sinônimo de produtividade, economia e eficiência, resultando em aumento do desempenho operacional.
Conforme a tecnologia evolui, todavia, os cuidados diários devem ser ainda maiores. Procedimentos como lubrificação adequada, drenagem de água do combustível e verificação regular de filtros e componentes se tornaram regras básicas para maximizar a disponibilidade das frotas.
Quando se fala em pás carregadeiras, especificamente, o segredo para reduzir o índice de máquina parada é estabelecer uma abordagem proativa em relação à manutenção e a operação. Esse aspecto resulta, inclusive, em economia de custos no longo prazo.
Quem segue um cronograma rigoroso de manutenção e recomendações do manual consegue assegurar a disponibilidade da carregadeira, implementando uma rotina diária de verificação de desgastes e níveis de óleo e fluídos antes mesmo de iniciar o turno.
Isso é o básico, mas os fabricantes recomendam o uso de sistemas de telemetria para monitorar o desempenho em tempo real e identificar problemas antes de falhas.
Caso ocorram patologias, é crucial identificar o componente com rapidez e atuar para reduzir o tempo de máquina parada.
Manter um estoque adequado de peças de reposição com os itens de maior giro, além de fluídos, óleos, graxa, dentes e outros, também garante agilidade na realização dos reparos.
“Para garantir a disponibilidade contínua, oferecemos um conjunto robusto de soluções e práticas”, conta Etelson Hauck, diretor de estratégia e soluções de produto da JCB.
“Nossa rede passa por treinamentos periódicos rigorosos, capazes de fornecer entrega técnica personalizada, ajustada às condições de operação de cada cliente.”
Segundo Hauck, esse suporte especializado é essencial, pois ajuda os clientes na adoção de melhores práticas, desde o primeiro dia.
“Além disso, contamos com o sistema LiveLink, que permite monitoramento em tempo real”, observa o diretor.
“Por meio desse sistema, distribuidores e clientes podem acompanhar indicadores críticos como horas de uso, consumo, temperatura do motor e alertas de manutenção.”
MONITORAMENTO
Atualmente, a maioria das marcas disponibiliza sistemas de telemetria como item de série. Contudo, para quem opta por não aderir a esse serviço, a Hyundai recomenda a realização diária de um checklist da pá carregadeira, seguindo as informações do manual.
“O cliente precisa entender os pontos críticos da operação”, ressalta Amaury de Oliveira, coordenador de pós-venda e suporte ao produto da Hyundai.
“Com isso, é possível realizar um planejamento mais assertivo de verificações e manutenções, evitando possíveis falhas durante a operação.”
Por sua vez, Hauck acrescenta que a JCB fornece planos de manutenção preventiva que vão além das revisões regulares.
Junto às melhores práticas, o acompanhamento de indicadorescríticos
é essencial para a durabilidade e eficiência de pás carregadeiras
“Durante esses procedimentos, coletamos amostras de óleo para análise buscando identificar tendências de falha”, explica. “Além disso, os técnicos realizam uma série de testes seguindo as especificações do fabricante, minimizando o risco de falhas inesperadas.”
De acordo com Raphael Silva, especialista de marketing tático da divisão de construção da John Deere para a América Latina, o John Deere Operations Center representa um passo à frente nesse monitoramento. Sem custo adicional para os clientes, o produto está disponível para todas as máquinas de construção da marca.
“Isso significa que a tecnologia está acessível a todos, proporcionando uma forma eficiente de monitorar o desempenho da máquina”, acentua.
“Os clientes podem compartilhar esses dados com os distribuidores, permitindo uma gestão mais integrada.”
O especialista ressalta que a plataforma também pode ser utilizada para máquinas de outras marcas, com acesso a informações relevantes, independentemente do modelo.
“Os clientes têm o mesmo nível de informação que os distribuidores, permitindo que façam a gestão de frota por meio de dispositivos móveis ou computadores”, diz.
Já Marcelo Barbosa, gerente de serviços da New Holland Construction, salienta que, além de manter uma rede altamente capacitada, a fabricante conta com um programa de máquinas paradas junto à rede de concessionárias, que dá suporte remoto quando necessário e prioriza o envio de peças, inclusive com fretes dedicados ou aéreos.
Planejamento de verificações e manutenções evita falhas potenciais durante a operação
O programa está disponível para máquinas em período de garantia e equipamentos com plano de manutenção.
“Todos os equipamentos saem de fábrica com o FleetConnect instalado e habilitado por dois anos”, explica Barbosa.
“Através do monitoramento remoto, o sistema emite alertas técnicos aos concessionários quando o equipamento apresenta comportamento irregular. Esses alertas podem ser críticos, que demandam verificação imediata, ou preventivos, que requerem um monitoramento mais próximo”, completa.
A Liebherr também oferece um serviço de telemetria como padrão, no caso, o LiDAT.
“Entretanto, outros aspectos relevantes não devem ser deixados em segundo plano, como inspeções, serviços diários e planejamento de manutenções segundo as recomendações”, observa Jabur Mansur, coordenador de inteligência de mercado da Liebherr.
“Além de prover treinamento contínuo de técnicos e operadores e respeitar as capacidades do equipamento.”
LUBRIFICANTES
A troca de lubrificantes é um procedimento fundamental para garantir a vida útil e o desempenho em carregadeiras.
As equipes devem consultar o manual para obter as recomendações específicas sobre esse procedimento.
Os intervalos são calculados cuidadosamente para garantir um funcionamento seguro e eficiente da máquina.
As carregadeiras da Case CE, por exemplo, não utilizam lubrificantes específicos para cada site de trabalho, pois – segundo a empresa – são projetadas e construídas para atender a requisitos exigentes.
“Mas as condições de tempo no horímetro e as especificações de fluídos e lubrificantes descritas no manual devem ser observadas com rigor”, orienta Marcelo Rohr, especialista de marketing de produtos da empresa.
Descritas no manual, especificações de fluídos
e lubrificantes devem ser observadas com rigor
Contudo, a troca de lubrificantes pode variar conforme o setor e o tipo de operação, que apresentam diferentes níveis de criticidade e severidade.
“Sugerimos que os operadores sigam as diretrizes do manual, com recomendação de intervenções a cada 500 h de operação”, norteia Hauck, da JCB.
“Em operações mais críticas, como o uso de martelos rompedores na mineração, é aconselhável reduzir os intervalos de troca.”
De acordo com ele, também é importante considerar essa redução para equipamentos que operam em alta carga ou turnos prolongados, como ocorre em pedreiras e na agricultura. “Nessa avaliação, o especialista de aplicação do distribuidor é crucial”, sublinha Hauck.
“Afinal, analisa as condições de cada operação e recomenda intervalos de troca personalizados, garantindo que os equipamentos funcionem de maneira otimizada e com menor risco de falhas.”
Uma boa análise de óleo permite, inclusive, identificar a performance de componentes não visíveis.
“É possível se antecipar a possíveis problemas ou desgastes excessivos dos componentes hidráulicos”, informa Oliveira, da Hyundai.
“Seja realizando parada planejada para verificações ou mesmo a troca de alguns componentes, é possível evitar uma possível quebra futura.”
AVANÇOS
Outra ajuda bem-vinda é oferecida pela tecnologia. Para Hauck, da JCB, os avanços tecnológicos têm um impacto significativo no aumento da vida útil dos componentes.
Entre os principais desenvolvimentos recentes para carregadeiras, ele cita a incorporação de controles hidráulicos e eletrônicos sofisticados, que permitem gerenciamento mais eficiente da potência.
Isso resulta em uso otimizado da transmissão e do sistema hidráulico, afirma o diretor, reduzindo o desgaste e melhorando a eficiência.
“O uso de materiais mais leves e resistentes, como ligas metálicas de alta resistência, também contribui para a durabilidade dos componentes”, adiciona.
“Esses materiais são projetados para suportar condições extremas de trabalho, prolongando a vida útil de partes essenciais da máquina.”
Quando combinados, os avanços não apenas melhoram o desempenho de carregadeiras, mas também garantem que os componentes tenham uma vida útil mais longa, resultando em maior confiabilidade e menor custo de propriedade para os usuários.
Na linha da Liebherr, por exemplo, as máquinas incorporam décadas de experiência no desenvolvimento e produção de componentes, que prometem qualidade e desempenho.
Entre os avanços da marca, Mansur cita o sistema de arrefecimento inteligente, localizado diretamente atrás da cabine, um dos pontos menos sujeitos a poeira e sujidades. “Garante um arrefecimento constante, confiável e que propicia uma maior vida útil à carregadeira”, diz o coordenador.
Atuando preventivamente, opcionais tecnológicos
auxiliam na manutençãodos equipamentos
“Além disso, a transmissão hidrostática reduz o desgaste em freios e pneus.”
A fabricante também vem aprimorando seus sistemas de apoio, como posicionamento automático de caçamba e braço de elevação, balança integrada e monitoramento de pneus, entre outros.
A tecnologia garante que a máquina trabalhe na capacidade máxima, ao mesmo tempo que reduz o desgaste da operação.
“As carregadeiras possuem opcionais que auxiliam na manutenção diária, como o sistema de lubrificação centralizada automática”, descreve Mansur, destacando que, em cenários de pouco acesso à telemetria, as informações permanecem sempre visíveis ao operador.
“Todos os principais níveis de óleo são dispostos no display, assim como informações de possíveis erros”, salienta.
Já o sistema Load Sense é um dos destaques da Hyundai. Capaz de garantir a performance da carregadeira, o sistema ajuda a reduzir a demanda de potência do motor e o desgaste de alguns componentes.
Programas de máquinas paradas das fabricantesfornecem suporte remoto e peças
“Outra inovação é o sistema Ride Control, que oferece um ‘amortecimento’ dos movimentos da caçamba no deslocamento da máquina”, explica Otávio Martins, coordenador de pós-vendas e peças de reposição da Hyundai. “Isso evita a queda de material, gerando economia de tempo e melhorando a performance.”
PRECAUÇÕES
Que a tecnologia possibilita avanços inéditos na produtividade, parece não haver dúvidas. Por outro lado, também exige cuidados para evitar danos, tornando fundamental a adoção de procedimentos cautelosos.
O primeiro é a entrega técnica adequada, que assegura ao operador a compreensão do funcionamento da carregadeira, assim como sua utilização. Essa fase é crucial para prevenir erros que podem causar danos futuros.
Além de utilizar os manuais como guias, os operadores precisam atentar ainda para as condições de operação e realizar inspeções regulares. Isso inclui monitorar níveis de fluídos, verificar o estado de componentes e garantir que as preventivas sejam realizadas conforme as recomendações.
Nesse ponto, Martins, da Hyundai, observa que os cuidados com manutenção e utilização de fluídos tornaram-se ainda mais importantes nas carregadeiras modernas.
Como qualquer outro componente, o mau uso pode ocasionar problemas sérios, demandando profissionais especializados para solucionar a falha. “Atualmente, o equipamento já possui muita tecnologia embarcada, que agrega valor e melhora a performance”, diz ele.
“Porém, o cuidado com a manutenção e o manuseio ainda é e sempre será essencial para os equipamentos.”
Além disso, o treinamento operacional contínuo é indispensável. Investir no aprendizado de operadores ajuda a evitar práticas inadequadas.
Mas é igualmente importante oferecer treinamento aos técnicos dos próprios clientes, capacitando na realização de manutenções e diagnósticos básicos, o que contribui para uma operação mais independente.
“É natural que alguns usuários expressem preocupações sobre a dependência do distribuidor, mas essa relação deve ser vista de maneira diferente”, avalia Silva, da John Deere.
“A ideia é empoderar o cliente, permitir que resolva a maior parte dos problemas de forma autônoma. Isso reduz o tempo de inatividade e aumenta a eficiência.”
Mansur, da Liebherr, entende que a dependência do fabricante por parte do cliente pode ser reduzida com treinamento e capacitação de técnicos e operadores. “Para isso, oferecemos cursos in loco ou em nossas instalações, que podem ser adquiridos a qualquer momento, inclusive na compra da máquina”, arremata.
LANÇAMENTO
John Deere lança versão P de carregadeiras no Brasil
A John Deere acaba de lançar no Brasil a versão P de pás carregadeiras com sistema exclusivo de refrigeração em formato de caixa, que otimiza a circulação de ar, melhora o desempenho térmico e facilita a limpeza dos radiadores.
As novas máquinas também incorporam avanços significativos em tecnologia, que prometem impactar diretamente na durabilidade dos componentes.
Segundo a fabricante, novas máquinas incorporam avanços tecnológicos significativos
Os modelos 524 P, 544 P, 624 P, 644 P e 724 P foram projetados com a promessa de oferecer maior conforto ao operador, diz a empresa, com detalhes como assento diferenciado e coluna ajustável de direção.
O novo design das caçambas também se destaca, diz o especialista Raphael Silva, ao melhorar a retenção de material e reduzir a necessidade de ciclos adicionais. “
Já a balança de fábrica permite registrar e monitorar a produtividade diretamente no John Deere Operations Center”, descreve.
“Essa funcionalidade oferece dados em tempo real sobre a carga transportada, facilitando o gerenciamento das operações e contribuindo para uma melhor alocação de recursos.”
Saiba mais:
Case CE: www.casece.com/pt-br
Hyundai CE: www.hyundai-ce.com.br
JCB: www.jcb.com/pt-br
John Deere: www.deere.com.br
Liebherr: www.liebherr.com/pt-br
New Holland Construction: https://construction.newholland.com/pt-br/southamerica
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