Quando foi inaugurada pela mineradora Vale, no final de 2006, a mina de Brucutu (MG) surgiu como o mais moderno complexo para a produção de minério de ferro do mundo. Quase três anos apos o inicio de suas operações, um detalhe nas linhas de britagem da mina atesta os ganhos que a automação pode proporcionar numa instalação desse porte: todos os britadores cônicos usados nos estágios secundário e terciário são gerenciados automaticamente, o que resulta em menos desgaste dos revestimentos e menor custo operacional dos equipamentos.
Dimensionada para produzir 30 milhões t/ano de minério de ferro, a mina de Brucutu figura entre as instalações de maior capacidade do Brasil, comparável apenas a Carajas. Numa operação desse porte, os britadores trabalham em regime continuo e o desgaste prematuro do revestimento, assim como as paradas para sua troca, representam perda de produção. “Em um processo altamente abrasivo, o revestimento do britador sofre um desgaste natural ao longo do tempo, o que exige ajustes nas aberturas de entrada e saida da maquina, de acordo com a variação da espessura desse revestimento”, diz Tiago Carvalho, gerente de britagem da San
Quando foi inaugurada pela mineradora Vale, no final de 2006, a mina de Brucutu (MG) surgiu como o mais moderno complexo para a produção de minério de ferro do mundo. Quase três anos apos o inicio de suas operações, um detalhe nas linhas de britagem da mina atesta os ganhos que a automação pode proporcionar numa instalação desse porte: todos os britadores cônicos usados nos estágios secundário e terciário são gerenciados automaticamente, o que resulta em menos desgaste dos revestimentos e menor custo operacional dos equipamentos.
Dimensionada para produzir 30 milhões t/ano de minério de ferro, a mina de Brucutu figura entre as instalações de maior capacidade do Brasil, comparável apenas a Carajas. Numa operação desse porte, os britadores trabalham em regime continuo e o desgaste prematuro do revestimento, assim como as paradas para sua troca, representam perda de produção. “Em um processo altamente abrasivo, o revestimento do britador sofre um desgaste natural ao longo do tempo, o que exige ajustes nas aberturas de entrada e saida da maquina, de acordo com a variação da espessura desse revestimento”, diz Tiago Carvalho, gerente de britagem da Sandvik, que forneceu os equipamentos para a Vale.
Com a adoção de sistemas de gerenciamento eletrônico dos britadores, ele explica, o desgaste e compensado automaticamente, de forma que a abertura do equipamento esta sempre na posição ideal. “Isso resulta em maior produtividade e em economia com revestimentos e mão-de-obra, pois não será mais necessária a presença de um técnico avaliando constantemente o estado de conservação do material de desgaste.” O ganho também se deve ao fato de que o processo automático realiza os ajustes sempre no momento necessário, evitando atrasos e imprecisões humanas nesse processo.
Ganhos obtidos
Carvalho ressalta que o sistema de gerenciamento automático ASRi se destina apenas aos britadores cônicos da Sandvik, já que os modelos de mandíbulas não necessitam desse tipo de controle pelo fato de a britagem primaria ser menos critica em relação a regulagem da abertura. “Cerca de 40% dos britadores cônicos fornecidos por nossa empresa já saem de fabrica dotados dessa tecnologia.”
Entre outras vantagens proporcionadas pela tecnologia, ele cita a possibilidade de manobrar rapidamente um aumento na produção. “Se a faixa granulométrica do produto não for muito rigorosa, o usuário pode programar automaticamente a abertura e fechamento do britador para a maior vazão possível, obtendo máxima produção do equipamento.” Todas as decisões, assim como o acompanhamento dos parâmetros do britador, são tomadas no interior de uma sala de controle, que pode ser totalmente montada pela fabricante. Se a mina já possuir essa estrutura, a empresa realiza sua interligação ao sistema de controle automático
No caso da mina de Brucutu, Carvalho não dispõe de números para quantificar os ganhos que a tecnologia proporcionou a mineradora. Mas ele avalia que, diante dos volumes de produção da mina, o investimento de 40 mil euros na aquisição do sistema de cada britador se pagou em menos de um ano de operação. Paulo Barscevicius, gerente de engenharia de britagem da Metso, ressalta que os benefícios oferecidos por esses sistemas variam de uma situação para outra, dependendo da experiência do operador que controla a planta, do seu estado emocional e velocidade de resposta. “Esses fatores são inconstantes, mas observamos ganhos de ate 10% quando migramos de uma operação manual para um sistema de gerenciamento eletrônico”, diz ele.
Instalação integrada
Barscevicius explica que a redução no desgaste das pecas se deve a diminuição das sobrecargas no equipamento em função de uma operação mais ajustada. “Alem disso, ao se adotar fluxos mais corretos, ha uma diminuição de impactos e utilizamos toda a câmara do britador, o que evita desgastes localizados.”
Segundo ele, os sistemas de controle automático estão disponíveis para vários modelos da linha de britadores da Metso, como os cônicos (sistema IC7000), os equipamentos da família Barmac (sistema VOCS) e os conjuntos móveis com sua eletrônica embarcada IC. “Os sensores e controladores eletrônicos modernos permitem uma leitura on line do que ocorre no equipamento e uma atuação imediata para sua proteção ou melhoria de desempenho.”
Alem do gerenciamento individual de um determinado britador, Barscevicius explica que sensores podem ser instalados nas pilhas de material e alimentadores, de forma a se integrar um único sistema de monitoramento e controle. “Isso maximiza o desempenho de toda a instalação”, ele conclui.
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