Como todo gestor de frotas competente tem plena noção, o combustível representa uma das mais importantes parcelas que compõem o custo operacional de um equipamento.
Por isso, uma atuação adequada sobre as variáveis do processo de produção pode reduzir significativamente o consumo, além de elevar a produtividade, baixar o custo operacional e reduzir as emissões de poluentes.
Como base de análise, o consumo de combustível por hora trabalhada (ou tonelada transportada, em alguns casos) deve ser controlado diariamente (litros consumidos / horas trabalhadas) para cada equipamento, observando-se as discrepâncias em relação à média das máquinas de mesmo modelo e buscando assim analisar suas causas.
Em sua maior parte, as medidas gerais de redução de consumo envolvem a operação e a manutenção dos equipamentos, como está detalhado a seguir.
OPERAÇÃO
Como todo gestor de frotas competente tem plena noção, o combustível representa uma das mais importantes parcelas que compõem o custo operacional de um equipamento.
Por isso, uma atuação adequada sobre as variáveis do processo de produção pode reduzir significativamente o consumo, além de elevar a produtividade, baixar o custo operacional e reduzir as emissões de poluentes.
Como base de análise, o consumo de combustível por hora trabalhada (ou tonelada transportada, em alguns casos) deve ser controlado diariamente (litros consumidos / horas trabalhadas) para cada equipamento, observando-se as discrepâncias em relação à média das máquinas de mesmo modelo e buscando assim analisar suas causas.
Em sua maior parte, as medidas gerais de redução de consumo envolvem a operação e a manutenção dos equipamentos, como está detalhado a seguir.
OPERAÇÃO
Deve-se dar prioridade ao treinamento dos operadores nas técnicas voltadas para reduzir o consumo, face aos resultados positivos que isso irá trazer no prazo curto.
De modo geral, deve-se evitar aumentos ou reduções bruscas da aceleração e da carga de trabalho do equipamento, bem como impedir o motor de permanecer em marcha lenta por períodos prolongados (acima de 5 min), como frequentemente acontece, por exemplo, entre um ciclo e outro de produção ou mesmo nos intervalos de descanso.
Adicionalmente, não se deve jamais manter o motor funcionando quando não houver necessidade.
Consumo de combustível por hora trabalhada deve ser
controlado diariamente para cada equipamento individualmente
No rol de boas práticas, deve-se evitar trabalhar o tempo inteiro com o sistema hidráulico próximo da pressão máxima, ou seja, quando a solicitação do serviço tende a fazer a escavação parar, mesmo que o motor esteja sendo acelerado, muitas vezes próximo de sua rotação máxima (estol do conversor de torque), o que causa o acionamento frequente da válvula de alívio de pressão, quando o motor trabalha para que somente o óleo circule diretamente da bomba para o tanque, através das linhas de retorno, sem nenhuma contribuição para a produção.
Como referência, pode-se dizer que uma redução de apenas 6 minutos no tempo de acionamento da válvula de alívio em uma escavadeira da classe 20 t representa uma redução potencial da ordem de mais de 800 l/ano no consumo.
Já uma redução de 30 minutos diários no acionamento da válvula de alívio do sistema hidráulico ou no estol do conversor de torque de uma carregadeira equipada com caçamba de 3,5 m3 resulta em uma economia diária de 45 l de combustível.
Evitar permanecer com o sistema hidráulico próximo à pressão
máxima é uma das técnicas que permitem poupar combustível
Por outro lado, a rotação mais baixa reduz a produção. Assim, o trabalho otimizado de gerenciamento reside em encontrar a melhor alternativa entre a rotação de trabalho do motor e a economia de combustível, ou seja, otimizar a produtividade.
Em máquinas de pneus, também é importante evitar a patinagem, que tende a ocorrer quando se aplica um esforço excessivo na escavação, acelerando o motor para tentar fazer a máquina avançar.
Nessa situação, o combustível é gasto para fazer os pneus girarem em falso, o que de quebra irá encurtar significativamente a vida útil desse componente crítico da planilha de custos.
Se for percebida a tendência de patinagem dos pneus e a máquina não contar com controle de tração, deve-se desacelerar um pouco e voltar a pressionar gradualmente o pedal, permitindo dessa maneira a penetração da caçamba no solo.
TÉCNICAS
Uma técnica de carregamento bastante difundida é o posicionamento da escavadeira em bancada, em uma cota acima do caminhão. Nesse caso, a altura da bancada deve ser igual ou ligeiramente maior que a altura da caçamba do caminhão. Uma variante interessante dessa técnica é a escavação em duas etapas.
Faz-se a escavação da parte superior e, em seguida, da parte inferior, resultando em um ciclo de trabalho menor que a escavação em uma única etapa, o que também tem potencial de reduzir o consumo de combustível por metro cúbico escavado na operação.
Da mesma forma, uma redução do ângulo de giro entre a posição de escavação e a de carregamento permite reduzir o tempo de ciclo e, consequentemente, o consumo de combustível. Em pás carregadeiras, é importante minimizar o percurso de carregamento e utilizar o menor ângulo possível de manobra.
Na descarga da caçamba, deve-se manter o motor a cerca de 80% da rotação máxima, pois isso irá causar uma redução de consumo da ordem de 45% em relação à descarga com aceleração total. Note-se que a redução da velocidade de elevação da caçamba não traz perda considerável de tempo no ciclo.
Outra situação que pode levar a desperdícios desnecessários é o uso de velocidades mais altas no deslocamento da máquina de um ponto para outro. Nessa situação, o procedimento fundamental é avaliar a velocidade mais adequada para cada caso, de modo que se gaste somente o combustível necessário.
É importante lembrar ainda que, muitas vezes, um deslocamento mais rápido pode significar apenas uma espera maior no local de carregamento, ou seja, maior consumo devido à maior aceleração no percurso e possível consumo adicional em marcha-lenta na espera.
Adicionalmente, a velocidade de locomoção deve ser sempre uniforme, pois trafegar em velocidade constante obviamente consome menos combustível que uma operação com acelerações, desacelerações e frenagens frequentes.
No caso de caminhões, o consumo em descidas é reduzido quando se usa o freio-motor, sem pressionar o pedal do acelerador. Portanto, deve-se aplicar esse recurso sempre que possível, usando a compressão do motor para reduzir a velocidade.
Todavia, o freio-motor deve ser desligado quando o veículo trafegar em terreno plano.
Boas práticas de manutenção dão a chave para redução de desperdícios de consumo
MANUTENÇÃO
Inicialmente, quando se fala no impacto da manutenção no consumo de combustível é preciso lembrar que o motor geralmente utiliza uma mistura de ar e óleo diesel.
Assim, os principais aspectos relacionados à manutenção, no tocante a fluidos e filtros, estão relacionados principalmente com o sistema de admissão de ar, o sistema de combustível e o sistema de arrefecimento.
Desse modo, a condição do elemento de filtro de ar é fundamental: um elemento obstruído reduzirá a vazão de entrada de ar, causando excesso de combustível na injeção.
E esse combustível será desperdiçado, além de diluir o óleo lubrificante das paredes do cilindro, aumentando o desgaste. Nessa situação, os gases de escapamento ganham uma cor mais escura.
O purificador de ar é formado por dois elementos, interno e externo. O elemento externo deve ser limpo ou substituído (conforme orientação do fabricante) toda vez que o indicador de restrição acusar a necessidade.
A limpeza, quando recomendada, deve ser feita no sentido inverso ao do fluxo, com ar comprimido a uma pressão máxima de 7 kg/cm2. Já o elemento interno não deve ser limpo, devendo ser trocado quando apresentar problema ou sempre que for feita a troca do elemento externo.
Com boa qualidade, isento de água e impurezas, o combustível precisa ser dosado corretamente e deve ser injetado no momento adequado. Se isso não ocorrer, há perda de potência e aumento do consumo, além de emissão de fumaça escura. Portanto, a sincronização do tempo de injeção deve ser conferida periodicamente.
O tanque deve ser completado no final do turno de trabalho, drenando-se a água do reservatório antes de dar nova partida. Com isso, não há possibilidade de admissão de vapor d’água devido à contração do fluido ocorrida com a redução da temperatura ambiente durante a noite.
Medidas simples e eficientes podem contribuir para a economia de combustível
Os filtros de combustível (tela do bocal do tanque e os elementos primário e secundário) devem ser substituídos de acordo com as recomendações do fabricante.
Elementos obstruídos por impurezas reduzem o fluxo de combustível, alterando a dosagem da mistura e afetando a eficiência. Para preservação do motor, também é preciso usar óleos lubrificantes de qualidade e viscosidade compatíveis com as especificações do fabricante, indicados para a faixa de temperatura ambiente do local de trabalho.
Dentre os demais cuidados, também é preciso manter uma regulagem correta da folga das válvulas, por onde é feita a admissão de ar e a saída dos gases após a combustão.
Se a folga estiver muito alta, a admissão de ar será insuficiente e a combustão será incompleta, com as consequências descritas acima. Já se estiver abaixo do especificado, a câmara de combustão não se fechará completamente, deixando de ocorrer a queima completa do combustível.
Por fim, outro item com grande influência no consumo de combustível é a pressão dos pneus. Sempre que possível, recomenda-se o uso de pneus radiais, que oferecem menor resistência ao rolamento.
Além disso, pressões inadequadas também aumentam o consumo. Sabe-se que uma redução de 10% ou aumento de 20% na pressão de calibragem causa uma perda de 12% no rendimento da máquina. Pense nisso.♦
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