Em junho, a Xuzhou Construction Machinery Group (XCMG) celebrou a inauguração da sua aguardada fábrica brasileira. Após 18 meses de obras e com investimento inicial de 200 milhões de dólares, a empresa – que é uma estatal do governo chinês – começa a operar uma das maiores unidades fabris de equipamentos de construção no Brasil, um projeto que demandou o maior investimento da fabricante fora da China.
Aliás, trata-se da primeira fábrica da XCMG fora do seu país de origem. Instalada em um espaço com 800 mil m² (e área construída de 140 mil m²) à beira da rodovia Fernão Dias, entre São Paulo e Belo Horizonte, a fábrica possui quatro unidades industriais para realizar os processos de corte, solda, usinagem, montagem e pintura de máquinas, sendo que a capacidade inicial de produção é de 7 mil equipamentos ao ano, entre guindastes truck crane, escavadeiras, pás carregadeiras, rolos compactadores e motoniveladoras.
LAÇOS
Quinta maior empresa do mercado mundial da construção, a XCMG reúne várias empresas de engenharia da China. Instal
Em junho, a Xuzhou Construction Machinery Group (XCMG) celebrou a inauguração da sua aguardada fábrica brasileira. Após 18 meses de obras e com investimento inicial de 200 milhões de dólares, a empresa – que é uma estatal do governo chinês – começa a operar uma das maiores unidades fabris de equipamentos de construção no Brasil, um projeto que demandou o maior investimento da fabricante fora da China.
Aliás, trata-se da primeira fábrica da XCMG fora do seu país de origem. Instalada em um espaço com 800 mil m² (e área construída de 140 mil m²) à beira da rodovia Fernão Dias, entre São Paulo e Belo Horizonte, a fábrica possui quatro unidades industriais para realizar os processos de corte, solda, usinagem, montagem e pintura de máquinas, sendo que a capacidade inicial de produção é de 7 mil equipamentos ao ano, entre guindastes truck crane, escavadeiras, pás carregadeiras, rolos compactadores e motoniveladoras.
LAÇOS
Quinta maior empresa do mercado mundial da construção, a XCMG reúne várias empresas de engenharia da China. Instalada originalmente na região de Xuzhou, às margens do Grande Canal, no leste do país asiático, a operação da companhia transformou a realidade local, criando um padrão desenvolvimentista que a empresa quer repetir em Pouso Alegre e na região do sul de Minas Gerais, local onde a fábrica foi construída.
“A nova planta da XCMG no Brasil não é só um passo importante para a nossa estratégia de internacionalização, mas também é um laço forte entre Pouso Alegre e Xuzhou e entre o Brasil e a China”, disse Yansong Wang, vice-presidente mundial da empresa.
Em uma primeira fase, a fábrica deve gerar mil empregos diretos, como informa o executivo, que ainda não conseguiu contabilizar os indiretos necessários para abastecer a fábrica, principalmente fornecedores de componentes, transporte e logística. “Em 2013, sem a operação da fábrica nacional, faturamos US$ 150 milhões no Brasil”, diz Wang. “Mas agora, a nossa meta é chegar a US$ 500 milhões anuais a partir de 2017.”
Para o Ministro Interino do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, a fábrica da XCMG de fato é estratégica na relação bilateral entre Brasil e China. Esse aspecto, diz ele, ficaria evidente na reunião dos BRICs, que estava marcada para acontecer um julho no país, logo após a Copa do Mundo. “Com esse ‘cartão de visitas’, certamente teremos bons avanços na busca dos investimentos tecnológicos para outros setores, principalmente na área ferroviária, onde temos incursões importantes e avançadas”, afirma o ministro.
Nesse sentido, vale a recordação de que em maio deste ano uma comitiva brasileira esteve na China para atrair investimentos para o setor ferroviário nacional. Liderada pelo Ministro dos Transportes, César Borges, a comitiva tinha o objetivo de acelerar os projetos do Programa de Investimento em Logística (PIL), lançado em agosto de 2012 e que prevê investimentos da ordem de R$ 99,6 bilhões para construção de novos trilhos no Brasil.
REPRESENTATIVIDADE
Voltando à fábrica recém-inaugurada da XCMG, Mauro Borges disse ainda que a presença da empresa no Brasil completa o rol de fabricantes mundiais instalados nacionalmente. “Isso é importante para o mercado de construção, que agora conta com os principais modelos de equipamentos do mundo à disposição para compra via Finame, do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)”, destacou.
Com 25 anos de história, a XCMG já possui forte presença no Brasil, onde vem conquistando espaço crescente principalmente com a venda de guindastes sobre caminhão, um modelo de equipamento com o qual também é bastante conhecida em outros países do mundo. Outro produto de destaque do portfólio internacional da marca são os rolos compactadores de grande porte, uma categoria de equipamento para construção rodoviária e terraplanagem que pretende igualmente popularizar no Brasil.
Fôlego para tanto certamente não faltará. Em 2012, a empresa faturou 100 bilhões de RMB (valor em rénmínbì equivalente a 16 bilhões de dólares), sendo que 10% desse montante foram oriundos de exportações para 167 países.
Para os próximos anos, Wang revela que uma das principais metas é ampliar a representatividade dos mercados internacionais no faturamento da empresa, sendo que a fábrica brasileira deve representar a principal aposta de negócios nesse sentido.
Empresa já planeja ampliação
Ao inaugurar sua fábrica no Brasil, a XCMG anunciou que já tem planos para duplicar a capacidade de produção dentro de três anos, período em que planeja investir mais 200 milhões de dólares no projeto. “Com isso, nosso objetivo é atender ao mercado brasileiro, à América do Sul e, eventualmente, a países da África”, diz Ednilson Kimura, gerente industrial da XCMG.
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