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Revista M&T - Ed.285 - Julho 2024
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MOTONIVELADORAS

Aderência na medida certa

Com características distintas de tração, equipamentos 6x4 e 6x6 atendem necessidades específicas de aplicação, permitindo obter o máximo em qualidade, segurança e produtividade na terraplenagem

A exemplo das picapes, enquanto as tradicionais mo-toniveladoras 6x4 possuem tração apenas nas rodas traseiras, as máquinas do tipo 6x6 apresentam essa característica também nas dianteiras e, assim, podem operar em condições mais adversas.

Com isso, o equipamento é empregado, por exemplo, em terrenos com lama ou material solto (que exige melhor aderência ao solo).

Outra diferença é que o modelo 6x6 oferece maior peso operacional – podendo chegar a 1 t adicional e, dessa maneira, proporcionar aumento da potência total (hp).

“Teoricamente, a configuração de 6x6 é indicada para terrenos com alta probabilidade de patinação”, explica Fernando Dávila, engenheiro de vendas da Komatsu.

“Dependendo do modelo, essa condição faz com que a máquina tenha perda de manobrabilidade, e a tração dianteira contribui para evitar isso.”

De acordo com Augusto Montragio, especialista da Caterpillar, além de locais mais severos, o uso desse tipo de tração “ocorre em sites com piso sem flutuação e por solicitação de clientes que atuam em pendentes”.

O especialista de produto da Sany, Vinícius Filipe de Lima, acrescenta que a utilização da opção 6x4 costuma ocorrer em áreas mais regulares. “Mas também é comum em cenários urbanos e estradas sem exigência de maior tração e aderência”, complementa.

O representante de produtos e segmentos da SDLG, Guilherme Ferreira, destaca que, devido às características de solo do mercado latino-americano, a tração 6x4 atende a grande parte das aplicações de forma eficiente e com menor custo de manutenção.

“Usos em obras de estradas, espalhamento de material e curva de nível na agricultura são os mais comuns”, descreve.


Avaliação das condiç&oti


A exemplo das picapes, enquanto as tradicionais mo-toniveladoras 6x4 possuem tração apenas nas rodas traseiras, as máquinas do tipo 6x6 apresentam essa característica também nas dianteiras e, assim, podem operar em condições mais adversas.

Com isso, o equipamento é empregado, por exemplo, em terrenos com lama ou material solto (que exige melhor aderência ao solo).

Outra diferença é que o modelo 6x6 oferece maior peso operacional – podendo chegar a 1 t adicional e, dessa maneira, proporcionar aumento da potência total (hp).

“Teoricamente, a configuração de 6x6 é indicada para terrenos com alta probabilidade de patinação”, explica Fernando Dávila, engenheiro de vendas da Komatsu.

“Dependendo do modelo, essa condição faz com que a máquina tenha perda de manobrabilidade, e a tração dianteira contribui para evitar isso.”

De acordo com Augusto Montragio, especialista da Caterpillar, além de locais mais severos, o uso desse tipo de tração “ocorre em sites com piso sem flutuação e por solicitação de clientes que atuam em pendentes”.

O especialista de produto da Sany, Vinícius Filipe de Lima, acrescenta que a utilização da opção 6x4 costuma ocorrer em áreas mais regulares. “Mas também é comum em cenários urbanos e estradas sem exigência de maior tração e aderência”, complementa.

O representante de produtos e segmentos da SDLG, Guilherme Ferreira, destaca que, devido às características de solo do mercado latino-americano, a tração 6x4 atende a grande parte das aplicações de forma eficiente e com menor custo de manutenção.

“Usos em obras de estradas, espalhamento de material e curva de nível na agricultura são os mais comuns”, descreve.


Avaliação das condições operacionais é crucial para evitar erros de especificação

DIMENSIONAMENTO

No que tange à tração, conhecer as condições reais de aplicação é fundamental para dimensionar corretamente a motoniveladora.

“Dependendo das condições do solo, o usuário pode aumentar a produtividade em até 30% devido à melhor distribuição do peso e da tração, evitando que o equipamento patine”, reforça Thomás Spana, gerente de marketing da divisão de construção da John Deere. “Isso traz mais eficiência de consumo e assertividade à operação.”

Considerando que a especificação tem relação direta com o desempenho do equipamento, o primeiro passo para evitar erros consiste na avaliação das condições operacionais.

Caso seja constatada que as características do terreno pedem uma máquina com mais aderência, a seleção de um modelo 6x6 com certeza fornece desempenho superior.

De todo modo, é fundamental que o distribuidor seja consultado. Isso porque a empresa pode recomendar a melhor alternativa com base na operação que será realizada.

Nessa etapa, o conhecimento técnico é sempre importante, o que aumenta a necessidade de dar preferência às marcas estabelecidas no mercado, que geralmente oferecem esse tipo de consultoria.

Outra dica importante é considerar a frequência de uso da máquina (para trabalhos mais constantes é recomendável o modelo 6x6, que proporciona maior durabilidade devido à capacidade de lidar com condições adversas).

O prazo do projeto também deve constar entre as variáveis. Com essas informações em mãos, é possível definir as melhores configurações do equipamento, incluindo a tração, mas também lâmina, pneu, potência e peso operacional.

Por outro lado, se a seleção for feita sem cuidado, podem ocorrer problemas. “Caso seja usado um equipamento 6x4 em locais onde se recomenda um 6x6, há risco de perda de desempenho, redução de produtividade, aumento de custos com manutenção e falhas na segurança”, enumera Lima, da Sany.

Em contrapartida, a complexidade operacional aumenta quando uma máquina 6x6 trabalha no lugar da 6x4, com elevação dos gastos envolvidos e impactos ao meio ambiente.

Além desses, Dávila, da Komatsu, cita outro contratempo. “Se a motoniveladora não contar com uma placa de empuxo no chassi dianteiro ou se tornar ‘flutuante’ durante a penetração da lâmina, pode sofrer perda de manobrabilidade da direção”, adverte.

IMPLEMENTOS

Lidar com motoniveladoras exige, ainda, entender como os implementos funcionam. Entre os principais componentes está o ripper, utilizado para romper materiais duros, como solo compactado e rochas, além da remoção de raízes e pedras grandes.

Outro exemplo é o escarificador, empregado para raspar e soltar a superfície do solo, quebrando crostas duras e preparando o terreno para o nivelamento. Há ainda a lâmina, que exerce a função de nivelar, cortar e espalhar o material.

Sobre esses acessórios, Dávila comenta que é necessário identificar o tipo de atividade e, a partir disso, o momento mais propício de utilizá-las.

“A lâmina é usada, por exemplo, em manutenções de estradas, taludes, espalhamento e curva de nível, entre outros”, descreve o engenheiro da Komatsu.

“Durante o uso, principalmente no corte e quando o terreno é bastante duro, deve-se ter o apoio do ripper para fazer o rompimento do solo e permitir que o equipamento realize o trabalho sem grandes esforços que desgastem a lâmina.”

Para manter o desempenho dos componentes, alguns cuidados são indispensáveis, como o monitoramento das peças de desgaste (dentes do ripper / escarificador, por exemplo, além das bordas cortantes da lâmina).


Frequência de uso da máquina e prazo do projeto constam entre as variáveis de seleção

“Motoniveladoras são produtos de precisão e acabamento fino”, observa Montragio, da Caterpillar. “Devido a isso, é necessário que o conjunto esteja com os calços da mesa do círculo ajustado e todas as bordas cortantes e dentes em boas condições.”

Segundo ele, essa precaução é fundamental, mas evitar problemas com esses itens passa ainda por outras ações. Nesse rol, está a regulação da profundidade do escarificador (para mitigar os danos ao solo subjacente e o desgaste excessivo dos dentes), assim como a operação em velocidades que permitam ao escarificador quebrar a superfície do solo com eficiência (sem vibrações excessivas ou danos ao equipamento).

A atenção vale ainda para o ajuste da lâmina (ângulo, inclinação e rotação), que deve ser feito em função de cada tarefa. Além disso, antes de usar o ripper deve-se verificar se o terreno tem condição adequada para o rompimento.

Durante o uso da motoniveladora, o operador também precisa evitar obstáculos no terreno, capazes de danificar a lâmina.

“Outros cuidados incluem evitar impactos da lâmina com o equipamento em alta velocidade, não fazer o giro com a lâmina carregada durante a operação de corte (o que pode causar falhas prematuras no pinhão de giro do círculo), trabalhar com ripper / escarificador em baixa velocidade e jamais fazer curvas com ambos em posição de ataque – quando se encontram penetrados no piso”, enumera Montragio.

Na opinião de Dávila, os cuidados devem se estender ao monitoramento do nível de deterioração da lâmina móvel e dentes do ripper. “Se estiverem desgastados a ponto de fazer com que a base entre em contato com o solo, isso pode gerar danos diretos ao equipamento, elevando o custo de manutenção”, comenta o especialista, lembrando que a máquina fica inoperante durante o reparo.

Ainda sobre os acessórios, a qualidade do ripper, do escarificador e da lâmina também depende das rotinas de manutenção, que começam com inspeções regulares.

“É essencial fazer avaliação semanal para verificar a necessidade de substituição, assegurando o desempenho e a durabilidade dos componentes”, recomenda Spana, da John Deere.

Nas análises, é importante verificar sinais de desgastes, rachaduras e outros danos potenciais. Além disso, é necessário manter articulações e pontos de montagem da lâmina, ripper e escarificador bem-lubrificados – o que garante ajustes mais suaves e evita o risco de desgastes prematuros.

Outra tarefa crucial consiste em apertar regularmente os parafusos que prendem lâmina e dentes à motoniveladora, garantindo que se mantenham firmes. “É preciso levar em consideração as recomendações do fabricante, para evitar paradas não planejadas da máquina”, acentua Ferreira, da SDLG.

INOVAÇÕES

Por conta de aspectos técnicos e operacionais, o uso da motoniveladora é uma atividade mais complexa do que em outros equipamentos.

Nesse trabalho, o operador precisa manter controle dos comandos para realizar várias funções simultaneamente, o que inclui direção, controle de altura e posição da lâmina e do escarificador traseiro. Isso torna a ação desafiadora e exige elevado nível de experiência, atenção e destreza, garantindo a segurança.

Boa visão periférica e conhecimento para avaliar o terreno – identificando o melhor equipamento para cada aplicação – são outras habilidades exigidas do operador, que também deve ter coordenação múltipla, mantendo-se atualizado em relação às normas e regulamentos, além de mostrar a capacidade de aprendizado sobre novas tecnologias.

Quando o tema é tecnologia, Lima diz que as máquinas da Sany “têm estrutura robusta e confiável, com ambiente confortável para a operação”.

Segundo ele, a linha oferece sistema hidráulico sensível à carga, o que garante movimento mais preciso, além de trazer motor Cummins capaz de reduzir o consumo e as emissões de CO2.

“O círculo de giro é vedado com rolamento, o que reduz a quantidade de manutenções e aumenta a vida útil do componente”, assegura. “Já o escarificador traseiro apresenta cinco dentes grandes e nove pequenos, enquanto câmera traseira e telemetria são opcionais.”

Na Caterpillar, o destaque fica por conta de configurações apropriadas para cada aplicação. “A tecnologia que mais chama a atenção é o sistema opcional GPS 3D mastless”, fala Montragio.


Sistema GPS 3D Mastless é um dos destaques recentes da indústria OEM para o segmento

“O equipamento sai de fábrica com o sistema configurado e calibrado, sem mastros externos.” De acordo com Ferreira, as motoniveladoras da SDLG oferecem “excelente distribuição de peso – com maior penetração da lâmina”. “Além disso, o trem de força é bem-dimensionado e confiável”, acrescenta.

Já a cabine é ampla, com visibilidade de toda a área de trabalho e comandos posicionados ergonomicamente, para maior conforto do operador.

A linha também inclui sistema de giro de lâmina, com acionamento de dois pistões e sistema hidráulico sensível à carga, o que permite a execução de movimentos mais precisos. “Outro ponto importante é a facilidade de manutenção, por meio de acesso mais simples aos principais componentes”, descreve Ferreira.

Por sua vez, Dávila conta que a configuração das motoniveladoras GD535-5 e GD655-5 inclui transmissão com modo duplo. De acordo com ele, o recurso permite trabalhar tanto no modo manual como no automático, com o conversor de torque.

“O equipamento altera automaticamente para o automático quando se depara com uma resistência no solo”, explica.

Quando essa mudança ocorre, a máquina continua operando, ou seja, sem a necessidade de desligar o motor devido a um estol por motivos de diminuição de velocidade e baixa rotação.

“Esse recurso faz com que o equipamento tenha mais potência na transmissão para vencer a resistência do solo, retomando a velocidade de deslocamento e o rpm do motor – o que evita a perda de produtividade”, destaca Dávila, citando outros recursos como modo automático de aceleração, hélice reversível e filtro ciclone de fábrica, bloqueio no diferencial, cabine hexagonal e configuração de potência no modo P ou E.


Configuração hexagonal aumenta a visibilidade da área de trabalho a partir da cabine

Já a John Deere utiliza a transmissão Powershift EBS, um sistema exclusivo que faz a mudança da marcha baseada em eventos.

“Essa solução permite que a motoniveladora altere as marchas de acordo com a velocidade e a carga da lâmina, garantindo uma transição mais suave e eficiente sem perda de potência”, explica Spana, destacando que as novas motoniveladoras da versão P possuem transmissão Auto-Shift Plus, com trocas da 1ª até a 8ª marcha sem a intervenção do operador.

Nas máquinas da versão P, a marca introduziu controles por joystick e minialavancas, opcionais que habilitam a instalação de pacotes de automação e eliminam ações repetitivas.

“Esse pacote inclui funcionalidades distintas, como controle automático da inclinação da lâmina, alinhamento da direção dianteira e da articulação traseira com uso de botão único e proteção para evitar contato da lâmina e da mesa de giro com as demais peças”, descreve.

Outro destaque é o modem JDLink M para conexão de máquinas de Linha Amarela, que permite a coleta de dados em tempo real via Operations Center. O recurso possibilita desbloqueio automático do diferencial, o que eleva a vida útil das correntes do tandem e do próprio diferencial.

Já o Premium Circle – que substitui as pastilhas de desgaste por rolamentos – promete 40% de torque adicional e 15% a mais velocidade de giro em comparação ao sistema convencional. “Esse recurso foi um dos destaques apresentados na M&T Expo 2024”, arremata Spana.


Recursos como o Premium Circle prometem torque adicional e maior velocidade de giro


LANÇAMENTO
De fabricação nacional, motoniveladora atende exigências de mercado

Recentemente, a XCMG lançou a versão nacional da motoniveladora GR1905BR, na categoria de 16 t.

Segundo a empresa, o projeto foi desenvolvido com base em necessidades indicadas pelo mercado, contendo inovações como bomba de pistão axial de vazão variável, maior precisão e sensibilidade dos comandos, alavancas de comando com posicionamento padrão e ripper em sistema de paralelogramos com redimensionamento dos dentes.


Além do tipo de tração, especificação considera potência, peso, lâmina, pneus e implementos

O gerente de produto da XCMG, Rubens Brito, afirma que o dimensionamento da linha leva em conta fatores como especificações de trabalho, tempo de execução, produtividade almejada, volumes e especificações de materiais, além de densidades, resistências mecânicas, condições de aplicação e mobilização, entre outros.

“Com as especificações de projeto em mãos, é possível selecionar o modelo com os recursos apropriados ao trabalho, como potência e peso operacional, além de tipo de tração, largura de lâmina, pneus e implementos”, reforça

Saiba mais:
Caterpillar:
www.caterpillar.com/pt
John Deere: www.deere.com.br/pt
Komatsu: www.komatsu.com.br
Sany: https://sanydobrasil.com
SDLG: https://www.sdlgla.com
XCMG: www.xcmg-america.com

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