Enquanto a reação dos fabricantes de máquinas e equipamentos permanece morna – muito por conta da persistente paralisia da construção e da infraestrutura no país – o agronegócio mantém sua posição de âncora segura para garantir um nível mais saudável de atividade industrial ao setor. A recente realização da Agrishow (cuja cobertura o leitor confere em detalhes nesta edição) mostra isso. Com a presença de um número crescente de expositores da Linha Amarela, o evento deste ano deixou claro que o campo entrou definitivamente nas estratégias das empresas de máquinas pesadas de movimentação de terra, que veem aumentar a participação deste segmento em seus negócios.
Esse “fenômeno” tem suas particularidades. Por um lado, para o segmento da construção, ainda há excesso de oferta e ociosidade significativa de máquinas e equipamentos em locadoras e pátios, o que impacta o desempenho da indústria, mesmo com o aumento da demanda trazido pelo maior número de licitações, o que em outros momentos traria euforia para o setor, não fosse a base muito baixa.
Note-se que, pela projeção do Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção, publicada na edição de janeiro desta Revista M&T, a Linha Amarela avançaria algo como 8% ou 9% em 2018, mas – com a concentração das licitações do primeiro semestre – já se cogita que possa chegar a 36%, como destaca nota r
Enquanto a reação dos fabricantes de máquinas e equipamentos permanece morna – muito por conta da persistente paralisia da construção e da infraestrutura no país – o agronegócio mantém sua posição de âncora segura para garantir um nível mais saudável de atividade industrial ao setor. A recente realização da Agrishow (cuja cobertura o leitor confere em detalhes nesta edição) mostra isso. Com a presença de um número crescente de expositores da Linha Amarela, o evento deste ano deixou claro que o campo entrou definitivamente nas estratégias das empresas de máquinas pesadas de movimentação de terra, que veem aumentar a participação deste segmento em seus negócios.
Esse “fenômeno” tem suas particularidades. Por um lado, para o segmento da construção, ainda há excesso de oferta e ociosidade significativa de máquinas e equipamentos em locadoras e pátios, o que impacta o desempenho da indústria, mesmo com o aumento da demanda trazido pelo maior número de licitações, o que em outros momentos traria euforia para o setor, não fosse a base muito baixa.
Note-se que, pela projeção do Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção, publicada na edição de janeiro desta Revista M&T, a Linha Amarela avançaria algo como 8% ou 9% em 2018, mas – com a concentração das licitações do primeiro semestre – já se cogita que possa chegar a 36%, como destaca nota recente publicada pelo jornal Folha de S.Paulo. Se confirmado, seria o início de uma retomada mais consistente do setor, mas só o tempo dirá.
Enquanto isso não se confirma, a se considerar o ritmo das atividades no campo, a aposta dos fabricantes da Linha Amarela faz todo sentido, pois o agronegócio vem se tornando uma válvula de escape de importância inquestionável para diversos setores da indústria, como o de caminhões. Para os fabricantes de máquinas agrícolas (muitos deles – talvez os principais – com atuação nos dois mercados) as expectativas têm sido cada vez melhores. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a estimativa inicial de crescimento de 3,7% (algo como 46 mil unidades) nas vendas de máquinas agrícolas no país em 2018 deve ser revisada para cima. Pelas projeções, o crescimento pode até chegar a dois dígitos.
Neste contexto de demanda crescente, também sobra espaço para o segmento da Linha Amarela, pois a mecanização do campo atinge igualmente as atividades de abertura e manutenção de vias, montagem de estruturas, transporte e movimentação, tal qual vem ocorrendo para soluções como manipuladores telescópicos, por exemplo, como mostra a reportagem de capa desta edição. Boa leitura.
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