O ano de 2015 apresenta um cenário desafiador para a área da construção no Brasil. Por um lado, a economia brasileira deve passar por ajustes a fim de recuperar o equilíbrio econômico e a confiança dos investidores. Por outro, o mercado imobiliário deve seguir em fase de ajuste, com expectativas de que as contratações de novos investimentos ligados à infraestrutura ocorram com maior intensidade a partir do segundo semestre.
Apesar do cenário desafiador, o presidente da Sobratema, Afonso Mamede, está confiante para 2015. “Desde a fundação de nossa entidade, em 1988, temos vivenciado períodos de instabilidade econômica, mas o setor de equipamentos para construção e mineração sempre cresceu”, afirma.
De fato, a avaliação é reforçada pelas projeções do Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção, que preveem um salto na comercialização de equipamentos para quase 68 mil unidades. “Isso representa um crescimento linear de 8,1% ao ano”, explica Mamede. “Em 2015, o Estudo projeta mais de 64 mil unidades vendidas, ou seja, ainda mais
O ano de 2015 apresenta um cenário desafiador para a área da construção no Brasil. Por um lado, a economia brasileira deve passar por ajustes a fim de recuperar o equilíbrio econômico e a confiança dos investidores. Por outro, o mercado imobiliário deve seguir em fase de ajuste, com expectativas de que as contratações de novos investimentos ligados à infraestrutura ocorram com maior intensidade a partir do segundo semestre.
Apesar do cenário desafiador, o presidente da Sobratema, Afonso Mamede, está confiante para 2015. “Desde a fundação de nossa entidade, em 1988, temos vivenciado períodos de instabilidade econômica, mas o setor de equipamentos para construção e mineração sempre cresceu”, afirma.
De fato, a avaliação é reforçada pelas projeções do Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção, que preveem um salto na comercialização de equipamentos para quase 68 mil unidades. “Isso representa um crescimento linear de 8,1% ao ano”, explica Mamede. “Em 2015, o Estudo projeta mais de 64 mil unidades vendidas, ou seja, ainda mais do que o dobro do que foi vendido em 2007.”
Outro ponto levantado por Mamede é que ainda há muito a ser construído no país. “Existem as concessões para o desenvolvimento de obras e as parcerias público-privadas – tanto do governo federal como dos governos estaduais, que gerarão investimentos”, pontua. “Uma confirmação dessas expectativas é o interesse de grupos internacionais nas concessões para infraestrutura brasileira”, analisa. Além disso, o Ministério do Desenvolvimento Agrário já tem novas encomendas para 2015. “Esse programa vem sendo um importante vetor de vendas no mercado de equipamentos”, enfatiza o presidente.
VISÃO
A visão de Mamede é compartilhada por importantes fabricantes de máquinas para construção e mineração, como a Komatsu. “Acreditamos na continuidade dos investimentos em infraestrutura por parte do governo e na continuidade de obras, que demandam equipamentos”, destaca Aguinaldo Lopes, vice-presidente de vendas e marketing da empresa. “Quem está no mercado há muitos anos já vivenciou diversas situações e passou por altos e baixos. E, hoje, com todos os problemas que enfrentamos, estamos passando por um ótimo período de demanda comparado com quinze anos atrás.”
De acordo com Afrânio Chueire, presidente da Volvo CE Latin America, a empresa vê 2015 como um ano desafiador. “Certamente, teremos diversas questões a serem endereçadas em relação a nossa economia, que trarão alterações importantes a que cada agente desse mercado, seja distribuidor, fabricante ou cliente, terá de se adaptar”, avalia “Portanto, enxergamos um ano de muito trabalho, desafios importantes e capacidade de adaptação, mas também de oportunidades.”
Líder da divisão de Construção e Florestal da John Deere no Brasil, Roberto Marques pondera que o ano deve iniciar de uma forma um pouco difícil. “As turbulências geram mudanças, criatividade e inovação, e a John Deere tem crescido desde o momento que iniciamos nossas atividades no Brasil”, afirma. “Em 2015, projetamos crescimento ainda maior, pois investir em infraestrutura é um caminho sem volta para atender à produção de alimento e, ainda, ao aumento da população urbana. Em 2015, será o ano da retomada”.
Para David Randon, presidente da Randon, o Brasil está permanentemente em construção, especialmente na área de infraestrutura, com um imensurável potencial a ser explorado de maneira produtiva e sustentável. Isso faz com que o grupo invista constantemente em expansão e capital humano. “Nos últimos tempos, temos transformado crises em oportunidades”, apregoa o executivo.
IMPULSO
O que deve impulsionar a retomada é a realização da M&T Expo (9ª Feira e Congresso Internacionais de Equipamentos para Construção e 7ª Feira e Congresso Internacionais de Equipamentos para Mineração), que ocorrerá de 9 a 13 de junho no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center.
Segundo Mamede, são 20 anos de crescimento ininterrupto, sendo que o evento representa 10% do total de vendas no mercado brasileiro. “Estrategicamente, a feira é realizada no final do primeiro semestre, de forma que fabricantes e compradores possam encontrar as melhores negociações para suas necessidades, que irão se configurar no segundo semestre”, explica.
Essa situação já ocorreu antes. Em 2009, a feira foi um divisor de águas para o setor, com a realização recorde de negócios, que impulsionaram um mercado até então parado. “Agora não será diferente, pois a M&T Expo cumprirá novamente seu papel, promovendo negócios para o segmento”, prevê Mamede. “Com os principais fabricantes já confirmados, a feira será o momento da virada.”
A importância da M&T Expo também pode ser medida pela afluência de jornalistas na primeira coletiva de imprensa do evento, transmitida via internet em meados de novembro. Participaram mais de 80 jornalistas das regiões Norte, Nordeste, Sul e Sudeste do Brasil e de dez países (Argentina, Chile, Colômbia, Cuba, Espanha, Estados Unidos, Peru, Portugal, Uruguai e Venezuela). “Foi uma estratégia bem-sucedida, uma vez que tivemos um alto nível de participação ao final de cada fase”, finaliza Mamede.
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