A Volkswagen Caminhões e Ônibus deu início à produção de caminhões na Argentina, em parceria com a Volkswagen Group Argentina. Trata-se de mais uma iniciativa da marca que tem como foco a internacionalização. Mas também conquistar liderança de mercado naquele país, como ocorre em caminhões no Brasil.

Seja como for, a VWCO dá início a sua estratégia com a produção inicial de cinco modelos. Delivery 9.170 e 11.180, bem como o caminhão Constellation 17.280, tanto na versão rígida como cavalo-mecânico. E o Volksbus 15.190 OD. Ou seja, modelos Euro 5, que ainda vigoram na Argentina.

A projeção inicial é de produzir 800 veículos neste ano. Todavia, a planta tem capacidade para chegar a 2,7 mil veículos. Os caminhões e ônibus são fabricados em uma linha de montagem construída no Centro Industrial do grupo, em Córdoba. Assim, a planta ocupa uma área de 15 mil metros quadrados.

"Queremos replicar na Argentina a fórmula de sucesso que nos tornou líderes brasileiros em vendas de caminhões. Ao longo dos últimos anos, lançamos produtos sob medida para o transportador argentino. Para isso, contamos com uma rede de concessionários profissional e comprometida. Faltava estabelecer uma produção local. E a nova parceria com a Volkswagen Group Argentina nos permitirá acelerar rumo ao primeiro lugar do mercado", diz o presidente e CEO da Volkswagen Caminhões e Ônibus, Roberto Cortes.

Apesar de a VWCO estar presente no país vizinho há mais de 25 anos, a marca estreia a produção local em um momento desafiador. Primeiro porque as vendas de veículos comerciais estão em queda devido à grave crise econômica.

Nesse sentido, em abril o total de venda de caminhões e ônibus foi de 973 unidades. Ou seja, 12,5% abaixo do ocorrido em abril de 2023, com 1.112 emplacamentos. Os dados são da Acara, entidade que representa todos os concessionários argentinos. Com relação a produção de veículos comerciais, no mesmo período a queda registrada é de 22,6%.

Ademais, o segundo desafio da VWCO é tirar mercado da Mercedes-Benz. A marca da estrela é líder e conquistou a primeira posição com quase o dobro do número de unidades frente à Iveco, que ocupa a vice-liderança. Para se ter uma ideia, a Mercedes-Benz tem 47,7% daquele mercado. Em outras palavras, dos 10 caminhões emplacados, oito são da Mercedes-Benz. Os outros dois são da Iveco.