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Mercado de máquinas no Brasil deve manter curva de crescimento até 2026

Sondagem aponta crescimento anual de 9% nas vendas totais de máquinas para construção em 2024

Assessoria de Imprensa

29/11/2024 16h07 | Atualizada em 02/12/2024 14h01

As perspectivas para o mercado de equipamentos no Brasil são positivas até 2026.

Para 57% construtoras, locadoras, empresas de serviços e dealers entrevistados para a elaboração do inédito Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção, o setor deve continuar crescendo em 2025.

Esse percentual é ainda maior para 2026, chegando a 66%.

“Esses dados mostram que a maioria das empresas avalia que o mercado tende a aumentar no período. E esse crescimento é muito bom para o setor”, afirmou Mario Miranda, coordenador do Estudo de Mercado, durante o 19º Tendências no Mercado da Construç&a

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As perspectivas para o mercado de equipamentos no Brasil são positivas até 2026.

Para 57% construtoras, locadoras, empresas de serviços e dealers entrevistados para a elaboração do inédito Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção, o setor deve continuar crescendo em 2025.

Esse percentual é ainda maior para 2026, chegando a 66%.

“Esses dados mostram que a maioria das empresas avalia que o mercado tende a aumentar no período. E esse crescimento é muito bom para o setor”, afirmou Mario Miranda, coordenador do Estudo de Mercado, durante o 19º Tendências no Mercado da Construção, evento promovido pela Revista M&T e pela Sobratema no dia 28 de novembro.

O consultor acrescentou que 90% das construtoras, locadoras e prestadores de serviços apontam um volume de negócios até setembro de 2024 melhor ou igual a 2023.

“Porém, 71% das empresas entrevistadas informaram haver atingido as metas planejadas”, ponderou.

Para 65% dos dealers, o mercado será estável ou irá crescer até o final do ano. O levantamento releva ainda que 64% dos empresários que participaram da pesquisa estão otimistas para o setor da construção em 2025.

O Estudo de Mercado aponta crescimento de 9% nas vendas totais de máquinas para construção em 2024 em comparação a 2023, alcançando 58,2 mil unidades comercializadas neste ano, contra 53,5 mil unidades no ano passado.

Na Linha Amarela, a alta estimada é de 14%, alcançando 36,6 mil unidades vendidas no ano, contra quase 32,3 mil unidades comercializadas em 2023.

Os setores mais relevantes para o mercado de máquinas neste ano são locação, construção pesada e agronegócio.

Em termos de vendas, os dois segmentos com maior market share – construção (42%) e locação (23%) – somam 65%.

“Desde 2021, esses dois setores assumiram o protagonismo, respondendo por 63% da comercialização de máquinas. Mas ainda há espaço para crescer”, afirmou Miranda durante o evento on-line, que contou com a participação de quase 2 mil profissionais do setor.

Corroborando com a avaliação do coordenador, o vice-presidente da Sobratema, Eurimilson Daniel, ressaltou o potencial do mercado de locação de máquinas, que responde por um percentual importante em relação às vendas de algumas categorias, como plataformas elevatórias (90% a 95%) e caminhões-betoneira (70% a 75%).

O locador mencionou ainda que a queda do percentual de frota parada para 11% em 2024 – em 2023 era de 19% e, em 2017, de 57% – reitera a "crescente confiabilidade das construtoras pela locação de máquinas".

Demanda – A MGM Rental deve crescer cerca de 10% neste ano, mesmo sendo um ano desafiador com alta de juros, tendo investido aproximadamente R$ 50 milhões na aquisição de caminhões e equipamentos de Linha Amarela, visando atender à demanda atual e futura.

“Tivemos um bom do segundo semestre, principalmente com o aumento na demanda por obras de infraestrutura", disse Felipe Frazão, sócio-diretor da MGM Rental.

"Cada vez mais, percebemos a credibilidade de nosso mercado para atender às demandas das construtoras e concessionárias”, pontuou.

Ainda sobre o mercado de rental, Daniel e Frazão afirmaram que as margens mais apertadas e a entrada de novos players são grandes desafios, assim como a falta de mão de obra no setor.

“Além da escassez, a qualificação também está baixa e, por isso, temos investido em treinamento e formação de capital humano para suprir as posições, pois não temos encontrado esses profissionais no mercado”, contou Frazão.

Conjuntura – O Estudo da Sobratema apresenta também as principais preocupações para os empresários em 2024, sendo a principal a dificuldade de obter créditos para investir e os juros altos.

O economista Luís Artur Nogueira salientou que se o governo fizer o ajuste fiscal, haverá condições para ancorar a expectativa inflacionária e, com isso, o Banco Central tem condições de cortar juros a partir do final de 2026.

Em termos de oportunidades, a primeira elencada pelos empresários foi infraestrutura.

Para Nogueira, nos próximos dois anos há uma tendência de se ter mais obras públicas com o avanço do PAC, até por serem os anos finais das atuais gestões estaduais e federal.

“Minha avaliação é que também haverá obras privadas, geradas pelas concessões passadas e por novas concessões”, destacou.

Ele também mencionou outras oportunidades para o setor, como a China impulsionando o setor de mineração, os lançamentos no mercado imobiliário e a retomada do agronegócio.

Renovação – Outro dado relevante do levantamento é o modelo de financiamento utilizado pelas empresas na aquisição de máquinas.

Segundo o trabalho, 33% dos entrevistados utilizaram capital próprio, seguido por Finame, com 23%, e CDC, com 19%.

“Mesmo o Finame sendo mais complicado, ainda é mais barato e atraente, principalmente quando o banco de fábrica se torna o agente desse recurso”, explicou Frazão.

De acordo com Daniel, a compra de equipamentos é motivada por três fatores: demanda direcionada, renovação frota e oportunidades de negócios.

“Esse último é promovido pelo banco dos fabricantes, pelos dealers e pela própria indústria, e vem contribuindo bastante nesse aspecto”, destacou.

Sobre o mercado de usados, Frazão sugeriu que a venda de caminhões em uso é mais fácil, pois é organizado e há a tabela FIPE como referência.

“Já no setor de máquinas não existe uma referência de mercado e o uso é mais restrito”, afirmou.

Confira a íntegra do novo Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção na edição de dezembro/janeiro da Revista M&T, que publica o material com exclusividade no país.

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